Entre as tradicionais casas unifamiliares isoladas no lote, que definem áreas de expansão urbana de baixa densidade, e as torres em altura que definem centros urbanos de densa ocupação, há uma infinidade de outras arquiteturas possíveis que ficam em um ponto “médio” entre estes dois extremos.
Um estudo realizado pela plataforma “Missing Middle Housing” aponta que a maioria dos habitantes de nossas cidades, pessoas diferentes gerações e que vivem em contextos bastante diversos, têm preferido ao longo das últimas décadas um estilo de vida mais “mediano”, ou seja, um meio termo entre os bairros de casas isoladas e os centros densamente ocupados. Quase ⅓ dos boomers (pessoas nascidas entre 1946 e 1964) e ¾ dos millennials (nascidos entre 1981 e 1996) preferem viver em bairros onde tudo o que eles precisam está ao alcance de uma caminhada.
Em bairros de moradia média encontramos uma ampla gama de diferentes perfis de casas e apartamentos além de uma grande diversidade de serviços públicos, comércio e opções de transporte—e tudo isso a um passo da porta de casa. Algumas cidades já estão reconhecendo a necessidade de se investir mais em bairros de moradia média e já estão começando a implementar novas políticas públicas e leis de zoneamento para promover o estabelecimento de novos bairros deste tipo no futuro próximo.
A ideia é que essas novas leis de zoneamento poderão abrir caminho a uma nova maneira de se construir cidades no país, promovendo não apenas o acesso universal à moradia digna, mas principalmente o direito à cidade e todos os seus benefícios. Neste futuro, não precisaremos mais ter que escolher entre a vida isolada em um bairro suburbano e a agitada vida na cidade grande—poderemos finalmente ter as duas coisas ao alcance de apenas alguns poucos passos.
VIA ARCHDAILY
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Editora: Maria Karolina Milhomens
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