domingo, 20 de março de 2022

A outra face da arquitetura islâmica: mesquitas da África Subsaariana

A África Subsaariana é um lugar onde coexistem muitas religiões e, consequentemente, um grande número de fiéis. Edifícios icônicos, estandartes de diferentes culturas e crenças, podem ser encontrados espalhados pelos quatro cantos do continente, como a famosa Basílica da Sagrada Família no centro de Nairóbi ou o impressionante Templo Hare Krishna na África do Sul. Seja qual for o credo que estes edifícios representem, o que é evidente é que a arquitetura religiosa hoje constitui uma parte fundamental do tecido urbano das cidades da África Subsaariana. Em muitos casos, estas estruturas simbólicas e representativas operam ainda como um terreno fértil para a experimentação na arquitetura.

Um exemplo disso pode ser visto nos recentes projetos de mesquitas construídas na África Subsaariana. A arquitetura islâmica, emprestando nome da própria religião que representa, teve suas origens no século 7, quando antigos ritos e práticas religiosas passaram a ser associadas também a uma forma construída. Essa forte conexão entre forma e função significa que, a maioria das mesquitas assume uma forma bastante similar, com marcadas influências da arquitetura romana, bizantina, persa e mesopotâmica. Embora muitas das mesquitas contemporâneas construídas na África Subsaariana sigam sendo pojetadas segundo o tradicional modelo do Oriente Médio, a marcante presença de outras tipologias de mesquita no continente exige de nós uma revisão ou atualização do que o termo “arquitetura islâmica” possa significar ou abranger.

Um ótimo exemplo disso é o Complexo Secular e Religioso HIKMA na vila de Dandaji, no Níger, projetado pelo atelier masōmī. Ao invés de simplesmente importar o modelo de mesquita padrão característico do Oriente Médio, o qual faz uso de uma série de materiais dificilmente encontrados no Níger, a equipe do atelier masōmī optou pelo uso de tijolos de barro fabricados no local, uma solução construtiva bastante comum no país e que demanda pouquíssima manutenção.

Neste sentido, ao tratar de projetos de arquitetura de mesquitas, seria melhor nos referirmos ao termo no plural, ou seja, “arquiteturas islâmicas” em contraparte ao limitante caráter do termo no singular. As mesquitas de estilo “sudanês” — construídas majoritariamente em uma região conhecida de Sudão Ocidental. Enquanto a tradicional arquitetura islâmica é caracterizada essencialmente pela presença de enormes cúpulas e interiores altamente ornamentados, o sistema construtivo adotado nas mesquitas sudanesas resulta em estruturas mais compactas de coberturas substancialmente planas e interiores desprovidos de ornamentação.

As mesquitas — contemporâneas e antigas — construídas na África Subsaariana, assumem uma variedade de estilos arquitetônicos, incorporando diferentes materiais e sistemas construtivos. Ao longo de sua vasta história no continente, a arquitetura islâmica africana adotou distintas soluções tecnológicas, sendo influenciada por diversos outros estilos e fazendo uso de uma enorme variedade de materiais e soluções construtivas.

Com o passar dos anos e o desenvolvimento econômico da região, algumas mesquitas passaram a ser construídas com cimento e aço em substituição a materiais locais como a argila e a pedra. Com o crescimento e expansão do islamismo na África Subsaariana, e observando os muitos exemplos atípicos de suas mesquitas, é importante ressaltar o caráter e a história altamente diversa do islamismo na região.


VIA ARCHDAILY
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Editora: Maria Karolina Milhomens

Repensando o papel das cidades experimentais no combate às mudanças climáticas

Na busca incessável para combater as mudanças climáticas, é cada vez mais fácil encontrar soluções grandes e ousadas, como a visão conceitual "water smart city", a proposta do ecologista Allan Savory para tornar os desertos do mundo mais ecológicos, e até mesmo o plano, do presidente da câmara de Nova York, Bill de Blasio, para transformar parte da Governors Island num "laboratório vivo" para a investigação climática. A restauração dos recifes de ostras ocorre em quase todos os cruzamentos críticos ao longo da costa leste, desde a Florida até ao Maine. Esforços valiosos, no entanto, quando considerados coletivamente, o ônus de resolver a nossa crise climática foi deixado em grande parte aos governos municipais, e aos atores privados, tornando a maioria das soluções fragmentadas. O sucesso de uma abordagem tem pouca ou nenhuma correlação com a de outra. Mas o que aconteceria se todas as soluções relacionadas pudessem ser aplicadas num ecossistema único e controlado, quando o meio ambiente e o urbanismo, não estão em desacordo, mas trabalham em conjunto?

Para conhecer essa cidade experimental, Vale o Clique!


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Editora: Maria Karolina Milhomens

sábado, 19 de março de 2022

As cidades e seus rios no curso da história


Tâmisa, Danúbio, Sena, Nilo, Hudson, todos esses nomes nos rementem imediatamente a cidades especificas. Isso porque discorrer sobre a história do urbanismo é também abordar a relação entre a urbe e o rio, já que este é um elemento natural fundamental em torno do qual muitas cidades se formaram. Tal fato se deve, principalmente, ao caráter utilitário dos cursos d’água que, além de delimitar – e consequentemente proteger – as cidades, serviam para o abastecimento hídrico e transporte de matérias-primas e produtos. O rio assumia, portanto, a função de um estruturador urbano, oportunizando atividades nas suas margens e favorecendo o desenvolvimento econômico e social.

A partir desse momento, cria-se uma relação pautada pela necessidade de domesticação da paisagem e dominação da força da água, como pode ser visto já no século V a.C., nas planícies mesopotâmicas do rio Nilo, onde surgiram pequenas vilas com complexos sistemas de irrigação, demostrando os primeiros esforços do homem em regular o acesso e uso da água.

Para saber mais,  Vale o Clique!



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Editora: Maria Karolina Milhomens

sexta-feira, 18 de março de 2022

Projetos icônicos que usam materiais reutilizados


Reciclar materiais na arquitetura não se trata apenas de buscar soluções mais sustentáveis, mas também em se desdobrar no passado, no uso de materiais descartados, se opondo à lógica de construção que há tempo se ensina na nossa disciplina. Através do reuso de elementos é possível ressoar o contexto histórico e cultural através da materialidade e símbolos que cada um deles carrega, enaltecendo ainda mais o conceito do próprio projeto.

Para ilustrar essas colocações, o Archdaily selecinou cinco edifício que são referências quando se trata de reutilizar materiais na arquitetura. Em diversas escalas e programas, demonstra-se que a inovação a partir do desejo de reciclar pode brindar soluções únicas e transformadoras, que respeitam seu entorno não apenas ao criar um diálogo com as formas arquitetônicas, mas trazendo os materiais que ali já existem, ou que ali seriam descartados, para criar uma nova visão projetual.

Vale apena conferir!


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Editora: Maria Karolina Milhomens

quinta-feira, 17 de março de 2022

A corrida rumo aos céus do Brasil

Judith Dupré, em seu livro sobre a história dos skyscrapers, se refere aos arranha-céus como “divas elevadas”, “ícones da cidade”, “estrelas de cinema”, “símbolos do poder” que comandam a cena urbana de nossas metrópoles.

Por vezes, são protagonistas premiados como eficientes poupadores do espaço urbano, em outras ocasiões, vilões do consumo de luz e ar. Adjetivos como esses permitem antever a complexidade que abrange o imaginário da tipologia arranha-céu.

No Brasil não é diferente. Uns veneram e julgam necessários os arranha-céus enquanto outros condenam a tipologia como o que há de pior no ambiente urbano. Mas há um fato a ser dito: estes “ícones” estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano. Segundo o Council On Tall Building and Urban Habitat (CTBUH), a cada ano se constroem mais arranha-céus.

Recentemente, circularam imagens nas redes sociais de uma possível edificação ultrapassando os 500 metros de altura, com 154 pavimentos, em Balneário Camboriú, Santa Catarina. O grupo FG Empreendimentos pretende construir o arranha-céu residencial mais alto não só do Brasil mas do mundo.

Isso leva à seguinte pergunta: o que ocorreu com o arranha-céu brasileiro para não estar presente nas grandes capitais do país e sim virar notícia em uma cidade de cerca de 150 mil habitantes?

Para responder essa pergunta, Vale o Clique!


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Editora: Maria Karolina Milhomens

quarta-feira, 16 de março de 2022

Relações de poder e desigualdade em mapas: uma análise urbana através da cartografia



A humanidade como a conhecemos hoje é resultado de séculos e mais séculos de fenômenos naturais e migratórios complexos responsáveis por forjar a aparência geográfica e humana do planeta no qual habitamos. Humanos são seres sensoriais, e como tais, se relacionam com o mundo através de suas experiências vividas, mas, além disso, há outra forma pela qual podemos compreender o mundo no qual vivemos, isto é, através da uma representação bidimensional inventada pelo homem — os mapas. A cartografia, muitas vezes, é utilizada para delinear fronteiras e estabelecer limites, e desta forma têm sido utilizada historicamente como uma ferramenta de opressão e segregação.

Embora muito úteis para aqueles que navegam ou para os que procuram localizar determinadas coordenadas em um território, além de nos permitir compreender melhor a vasta escala de nossas cidades, países e continentes, mapas também têm muitas limitações. A projeção cilíndrica do globo terrestre, ou Projeção de Mercator, é um ótimo exemplo de como a cartografia bidimensional distorce fortemente a realidade física e visível.

Este efeito é responsável por uma série de imprecisões geográficas, como a Groenlândia, que nos mapas de projeção cilíndrica, parece equiparável à América do Sul, quando na verdade, possui apenas um oitavo de sua área. No que se refere ao planejamento urbano, mapas são utilizados como uma ferramenta auxiliar para determinar a forma e a maneira como construimos nossos espaços urbanos. Entretanto, esses mapas tendem a ser vistos apenas como estruturas auxiliares e representativas, completamente desconectados da miríade de experiências “reais” que compõe um determinado território físico.

Nos dias de hoje, felizmente, temos testemunhado uma completa mudança de direção em relação ao planejamento urbano e as políticas públicas em diversas cidades e países. Mapas representativos são complementados com informações coletadas “in loco”, dados oriundos também de uma maior participação e engajamento das comunidades locais afetadas. Vemos nas sociedades de hoje um número quase infinito de ferramentas legais à disposição dos planejadores e urbanistas mas não só, permitindo ainda que os cidadãos possam criar seus próprios mapas desde o conforto de suas casas. 

Para melhor compreendermos como funcionam os assentamentos urbanos, precisamos observar com atenção as imagens de satélite que nos mostram como uma determinada cidade é e opera. E mais do que isso, devemos procurar entender também a história do lugar e das experiências das pessoas que ali vivem em primeiro lugar, e não apenas confiar cegamente no que nos diz o primeiro mapa que encontramos pelo caminho.

Posto isso, o Archdaily separou e analisou algumas cartografias que mostram a importancia desses elementos. Vale a pena conferir!



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Editora: Maria Karolina Milhomens

terça-feira, 15 de março de 2022

Expansão urbana e cidades fantasmas: o impacto da mineração no ambiente construído

Muitas das cidades que conhecemos hoje, não apenas foram fundadas a séculos mas cresceram e floresceram devido a uma série de diferentes razões. Alguns dos mais importantes assentamentos humanos e urbanos se desenvolveram devido à sua proximidade com a água, como no o caso de Dar es Salaam, atualmente uma das mais importantes cidades portuárias da África Oriental. Outras famosas capitais do mundo foram planejadas e construídas do zero muito mais recentemente, como no caso do Brasil e também da Nigéria. Existem ainda cidades e até regiões criadas para servir a um determinado setor da economia ou industria, como é o caso do Vale do Silício, no estado americano da Califórnia. Entre a infinidade de distintas razões que podem provocar o surgimento ou o desenvolvimento de uma determinada cidade, existe uma que no entanto, foi capaz não apenas de criá-las da noite para o dia, mas também de destruí-las em um curto espaço de tempo.

A descoberta de um mineral precioso na superfície ou nas profundezas da terra têm sido, historicamente, uma das principais razões pelas quais cidades foram fundadas, floresceram e desapareceram em um breve período de tempo. Nos Estados Unidos, podemos encontrar um grande número dessas cidades, a maioria delas tendo sido fundada ao longo dos séculos XIX e XX, à medida que o país passava pela Corrida do Ouro—uma descoberta que provocou um intenso processo migratório, principalmente de homens jovens e solteiros em busca de fortuna.

Décadas depois, muitas das cidades que haviam surgido durante os fartos anos dourados, foram completamente abandonadas após o esgotamento das jazidas ou devido também aos desastres naturais provocados por uma atividade predatória e precária. A cidade de Berlim, no estado americano de Nevada, é um ótimo exemplo da má fortuna das cidades fundadas por corporações. Acontece que as demandas dos trabalhadores por melhores salários e condições de trabalho não foram atendidas pela empresa, e aquilo que deveria ser apenas uma greve momentânea se transformou e um êxodo em massa e a consequente ruína da cidade.

No entanto, esta não é uma regra sem exceções e nem todas as cidades mineradoras acabam sucumbindo, sendo abandonadas ou esquecidas. Muitas das grandes metrópoles do mundo hoje, em algum momento de sua vasta história, tiveram relações diretas com algum tipo de atividade de mineração. A história da cidade de Joanesburgo, na África do Sul, está profundamente conectada com a descoberta de ouro em seu território.

Economicamente, Joanesburgo não sofreu tanto como outras cidades fundadas na época da corrida do ouro na África do Sul. No entanto, a transformação de Joanesburgo em uma nova metrópole baseada em práticas exploratórias desiguais, provocaram a marginalização das populações nativas africanas, induzindo um aumento substancial nos assentamentos informais espalhados pela cidade.  A atividade extrativa predatória na cidade de Joanesburgo provocou uma série de danos ambientais irreversíveis e que ainda hoje permanecem presentes na paisagem urbana de Joanesburgo. Este ambiente urbano degradado, por sua vez, é um prato cheio para a precariedade da vida cotidiana de muitas famílias de toda a cidade.

Recentemente muito tem se falado sobre as práticas de mineração antiéticas que ainda hoje são uma realidade em diversos países ao redor do mundo. Dito isso, é imperativo melhor compreender de que maneira os assentamentos humanos foram estabelecidos ao redor de uma indústria extrativista como a mineração, para que possamos então cobrar uma abordagem distinta das cidades corporativas do presente e do futuro.


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Editora: Maria Karolina Milhomens

segunda-feira, 14 de março de 2022

Arquitetura como articuladora de transformações sociais: entrevista com a ONG Fazendinhando


O Arquicast convidou para uma conversa uma equipe que é a expressão de uma nova visão sobre a arquitetura e seu poder articulador para idealizar e executar projetos transformadores. São pessoas que fazem parte de uma geração de profissionais que, sem dúvida, irá mudar o eixo de interesse pelo nosso ofício e serão exemplos para muitos jovens brasileiros que sonham em cursar uma faculdade de arquitetura e urbanismo ou mesmo outras disciplinas que podem contribuir para uma nova prática nos seus lugares de origem e afeto. 

Estamos falando de Ester Carro, da ONG Fazendinhando, criada no Jardim Colombo em Paraisópolis, São Paulo. Participam também o diretor financeiro da ONG, Erik Luan e Kamilla Bianca responsável pelo marketing do projeto.

A história de construção da Fazendinhando é, por si só, uma vitória. O fato de a Arquitetura, enquanto um campo cultural, ser associada a uma classe privilegiada, foi quase um desestímulo para a Ester escolher cursar a faculdade. Mas ela teve alguns incentivos e exemplos de profissionais que a ajudaram a romper com os paradigmas que sempre estruturaram socialmente a disciplina.

O projeto do Parque Fazendinha surge com o envolvimento da população da Vila, mas não aconteceu de forma instantânea. Foi uma confiança que veio crescendo ao longo do tempo e precisou de uma série de iniciativas, como os mutirões e os festivais de cultura, até que se tornasse uma colaboração consolidada. A diversidade de pensamento e a participação comunitária são princípios fundamentais de projetos sociais bem-sucedidos, mas de difícil implementação efetiva. É preciso querer ouvir e é preciso querer muito!



VIA ARCHDAILY
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Editora: Maria Karolina Milhomens

domingo, 13 de março de 2022

Aedas projeta Garden City em Xangai

Aedas revelou seu projeto para um empreendimento de uso misto em Shanghai, um edifício médio de alta densidade que compreende vários blocos de escritórios, espaços comerciais e um hotel conectado por uma extensa rede de espaços públicos. Uma espinha de circulação central que percorre todo o local conecta os diversos programas e, em conjunto com uma série de espaços verdes, recria a atmosfera do tecido urbano orgânico. Localizado próximo ao centro de transportes a oeste de Xangai, BU Center reinterpreta a tipologia do escritório por meio de uma série de pátios abertos e espaços intersticiais que incentivam a interação social e o intercâmbio entre os programas. Com uma massa de construção projetada para formar um novo horizonte, sem obscurecer o contexto do distrito de Qingpu, o projeto visa criar um novo modelo de desenvolvimento para Shanghai, caracterizado por espaços verdes e foco cívico.

"O conceito é concretizado com a Garden City, um casamento entre um Garden Office e um Retail Parkland. Ao adotar a clássica estratégia dos jardins para mudança de cenário, o projeto instala espaços verdes públicos prósperos para incentivar as interações entre os trabalhadores, ao mesmo tempo em que se funde com jardins na cobertura e passarelas vegetadas criando um lugar onde os clientes podem relaxar e socializar." - Christine Lam, Diretora de Design Global da Aedas. O empreendimento reinterpreta elementos do desenho clássico de jardins, enquanto “a fachada baixa é derivada das telas dobráveis chinesas antigas”. Uma escada rebaixada remete à topografia do terreno natural, e uma ponte aérea conecta o empreendimento com a estação de metrô vizinha.


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Via: Archdaily 
Editora: Carolina Tomazoni Siniscarchio

País - como a produção de alimento molda o territórioagens rurais




O cultivo de alimentos foi um dos grandes eventos históricos que marca a evolução da nossa sociedade. O domínio de técnicas de agricultura foi fundamental para a evolução de uma sociedade nômade para a sedentária. Séculos mais tarde, a produção agrícola se torna uma das principais forças a moldar o território. O fenômeno pode ser visto nas imagens aéreas que selecionamos a seguir.Nos primórdios da humanidade, humanos se organizavam em grupos nômades que migravam de território em território sazonalmente, em busca de água e alimentos. Essa forma de organização social foi sendo transformada à medida que se descobriam técnicas de cultivo e criação de animais, as quais abriam a possibilidade de grupos se fixarem no território, trocando a vida nômade pela organização sedentária. 

A introdução da agricultura como prática humana implicou na ocupação e transformação do território natural, buscando plantar e extrair da terra aquilo que era necessário para a sobrevivência. É a partir da agricultura que se desenvolvem as primeiras civilizações.

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Via Archdaily 
Autor: Giovana Martino
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Editora: Eryka Letycia

sábado, 12 de março de 2022

Explorando os princípios do reurbanismo: reuso adaptativo na escala da cidade

Cidades ao redor do mundo adotaram amplamente o conceito de reuso adaptativo e a importância de investir em locais históricos e trazê-los para os dias atuais. Em vez de se concentrar em uma construção totalmente nova, muitos estão vendo o valor em reaproveitar a antiga estrutura para novos programas. igrejas estão se tornando restaurantes, fábricas são transformadas em museus e apartamentos e armazéns são projetados para se tornarem espaços para escritórios icônicos. Mas, além de edifícios individuais, alguns urbanistas e preservacionistas estão reimaginando o que significa revitalizar de maneira semelhante, mas em escala de cidade, e como podemos determinar os edifícios que beneficiariam nossos bairros se eles fossem reaproveitados.


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Via Archdaily 
Escrito por Kaley Overstreet | Traduzido por Camilla Sbeghen
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Editora: Eryka Letycia




sexta-feira, 11 de março de 2022

Urbanismo e cinema: sete cidades em documentários



Detroit, Berlim, Seul, Los Angeles, Sarajevo, Nova York e Brasília. O ArchDaily selecionou documentários que apresentam parte da história e do desenvolvimento de cada uma dessas cidades para você explorar o mundo pelo cinema, sem sair de casa. Confira a lista completa. Vale o Clique!




Via Archdaily 
Autor: Ágatha Depiné
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Editora: Eryka Letycia

quinta-feira, 10 de março de 2022

A primeira torre Supertall da Adjaye Associates poderia ser construída em Hudson Yards?



Uma equipe que está competindo para preencher o Site K, um lote de terreno vazio em frente ao Jacob K. Javits Center em Manhattan entre as ruas 35 e 36 oeste, revelou um projeto para uma torre que, se construída, seria Adjaye O mais alto dos associados até o momento.

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Via Archdaily 
Autor: Jonathan Hilburg
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Editora: Eryka Letycia

OMA / Reinier de Graaf e Buro Happold revelam projeto autônomo para distrito de saúde no Qatar

OMA / Reinier de Graaf e Buro Happold revelaram seu projeto para o Distrito Sanitário de Al Daayan em Doha , Qatar. O projeto explora o "potencial de modularidade, pré-fabricação e automação em relação às rápidas mudanças na ciência médica" em um terreno de 1,3 milhão de m² com unidades modulares em forma de cruz de baixo custo pré-fabricadas no local. Além da pré-fabricação das unidades, uma fazenda local de alta tecnologia fornecerá alimentos e plantas medicinais para a produção de medicamentos, e uma fazenda solar permitirá que o distrito funcione de forma autônoma.

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Via Archdaily 
Autor: Dima Stouhi
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Editora: Eryka Letycia

quarta-feira, 9 de março de 2022

Tecnologia presente nas cidades inteligentes é aliada em tempos de isolamento social

Na Smart City Laguna, primeira cidade inteligente inclusiva do mundo, em construção no Ceará pela Planet Smart City, um aplicativo vem revolucionando a forma de se relacionar com vizinhos e comunidade como um todo. Desenvolvido pela Planet Smart City, líder global em cidades inteligentes inclusivas, o aplicativo o Planet App, é o painel de controle da cidade inteligente e foi criado para estimular a sustentabilidade, a interatividade e a economia compartilhada, barateando o custo de vida, reduzindo o desperdício de alimentos, água e energia e otimizando tempo e recursos.

Além de monitorar a casa, outras funções do aplicativo permitirão a consulta da qualidade do ar e ainda acesso amplo aos diferentes serviços digitais da cidade. Facilitará, ainda mais a interação social, como troca de serviços e produtos, venda e compra de itens novos e usados, caronas compartilhadas, ações solidárias e oferta de serviços delivery.

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Via Engenharia é
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Editora: Geovana Silva

terça-feira, 8 de março de 2022

MAD Architects divulga proposta para o "Escritório do Futuro" inspirado em Hollywood

MAD Architects anunciou "The Star", um novo marco que irá promover cultura, criatividade e inspiração em Los Angeles, Califórnia. Aninhado no coração de Hollywood, a arquitetura reflexiva do Star dialoga com as características glamorosas do bairro e incorpora a natureza em sua estrutura com iluminação natural, vegetação e locais de trabalho que atendem ao bem-estar físico e mental dos funcionários. No topo de seus 22 andares, os níveis superiores da estrutura gradualmente se estreitam, criando uma forma orgânica marcada por uma vegetação luxuriante que não se impõe fortemente no horizonte do bairro.


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Via Archdaily
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Editora: Geovana Silva

segunda-feira, 7 de março de 2022

A moradia média como solução para o futuro das cidades

O planejamento urbano e a maneira como o espaço construído afeta a vida cotidiana de seus habitantes são dois elementos que não podem ser considerados separadamente ao analisar a qualidade de vida em uma determinada cidade. Estratégias de planejamento urbano incluem a construção de moradias acessíveis, instalações e serviços públicos, sistemas de mobilidade, áreas verdes etc. Ainda assim, gerir uma cidade não é tarefa fácil, e muitos dos motivos pelos quais as cidades de hoje estão se tornando cada vez mais caras, densas e desiguais, têm a ver com regras de zoneamento desatualizadas e pouco flexíveis, as quais, consequentemente, não facilitam em nada o acesso à moradia digna e o direito à cidade de forma equitativa a todos os seus habitantes.

O termo “middle housing” ou “moradia média”, é um conceito que tem sido muito debatido recentemente, aplicável tanto às famílias de renda média—que historicamente têm enfrentado certas dificuldades de acesso à moradia.

Entre as tradicionais casas unifamiliares isoladas no lote, que definem áreas de expansão urbana de baixa densidade, e as torres em altura que definem centros urbanos de densa ocupação, há uma infinidade de outras arquiteturas possíveis que ficam em um ponto “médio” entre estes dois extremos.

Um estudo realizado pela plataforma “Missing Middle Housing” aponta que a maioria dos habitantes de nossas cidades, pessoas diferentes gerações e que vivem em contextos bastante diversos, têm preferido ao longo das últimas décadas um estilo de vida mais “mediano”, ou seja, um meio termo entre os bairros de casas isoladas e os centros densamente ocupados. Quase ⅓ dos boomers (pessoas nascidas entre 1946 e 1964) e ¾ dos millennials (nascidos entre 1981 e 1996) preferem viver em bairros onde tudo o que eles precisam está ao alcance de uma caminhada.

Em bairros de moradia média encontramos uma ampla gama de diferentes perfis de casas e apartamentos além de uma grande diversidade de serviços públicos, comércio e opções de transporte—e tudo isso a um passo da porta de casa. Algumas cidades já estão reconhecendo a necessidade de se investir mais em bairros de moradia média e já estão começando a implementar novas políticas públicas e leis de zoneamento para promover o estabelecimento de novos bairros deste tipo no futuro próximo.

A ideia é que essas novas leis de zoneamento poderão abrir caminho a uma nova maneira de se construir cidades no país, promovendo não apenas o acesso universal à moradia digna, mas principalmente o direito à cidade e todos os seus benefícios. Neste futuro, não precisaremos mais ter que escolher entre a vida isolada em um bairro suburbano e a agitada vida na cidade grande—poderemos finalmente ter as duas coisas ao alcance de apenas alguns poucos passos.


VIA ARCHDAILY
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Editora: Maria Karolina Milhomens

domingo, 6 de março de 2022

"Natureza e estrutura se conectam ...": Marc Mimram sobre sua nova ponte na Áustria

"Natureza e estrutura se conectam para transformar nossas paisagens e até o clima": Marc Mimram sobre sua nova ponte na Áustria.

Seja figurativamente ou em um contexto urbano, as pontes são um símbolo forte e muitas vezes se tornam projetos icônicos nas cidades. Construir pontes pode significar criar conexões, novas oportunidades. Mas elas também representam infraestruturas fundamentais para resolver problemas específicos em um contexto urbano. Por se tratarem de equipamentos altamente técnicos, com construções complexas e superando exigências estruturais ousadas, exigem projetos que não requeiram uma integração total entre arquitetura e engenharia e, em muitos contextos, trata-se de um programa no qual os arquitetos acabam não se envolvendo tanto.

Marc Mimram Architecture & Engineering é um escritório com sede em Paris, composto por uma agência de arquitetura e um escritório de design estrutural. No seu portfólio de projetos, existem várias pontes, bem como várias outras tipologias de projetos. Conversamos com Marc Mimram sobre seu último projeto na Áustria, a ponte de Linz, com ensaio fotográfico de Erieta Attali.

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Via Archdaily 
Autor: Eduardo Souza
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Editora: Eryka Letycia

O que a arquitetura pode aprender com Paulo Freire?

Um dos teóricos mais importantes do século XX, o educador brasileiro Paulo Freire faria 100 anos em 19 de setembro de 2021, não fosse seu falecimento em 1997. Um mês depois, o Brasil comemora o Dia dos Professores no dia 15 de outubro, ao mesmo tempo em que a educação pública enfrenta cortes massivos no orçamento federal. Dentro desse contexto, Freire se tornou um dos teóricos mais lidos e citados no mundo na área das humanas. Apesar do reconhecimento mundial, sua teoria ainda não foi totalmente incorporada à bibliografia da arquitetura e urbanismo. 

Partindo da ideia de que era importante se conectar com as histórias daqueles que se pretendia ensinar e, a partir disso, fazê-los se entenderem como indivíduos atuantes e parte da sociedade. Freire entende a educação como um ato político que busca libertar os indivíduos por meio da percepção crítica da realidade. 

As práticas hegemônicas da arquitetura implicam, normalmente, em um distanciamento e passividade diante dos clientes e futuros usuários, bem como na separação do trabalhador da obra como ser executor e no arquiteto como ser pensante.

Em relação à produção da arquitetura, o canteiro de obras da modernidade é organizado a partir da separação dos processos de construção, entre os trabalhos de projeto, do pensar, e os trabalhos físicos, do construir, abraçando uma hierarquia técnica, ignorando a possibilidade de trocas de experiências e revertendo aquela que era a lógica do canteiro medieval, um espaço de aprendizado de ofícios. Ao mesmo tempo, essa estrutura hierárquica também dificulta que os trabalhadores tenham autonomia e pensamento crítico, afastando-se ainda mais das teorias freireanas.

Dentro do escopo da teoria da arquitetura, a Arquitetura Nova, formada por Rodrigo Lefèvre, Flávio Império e Sérgio Ferro, buscou refletir sobre essa produção arquitetônica. Em sua pesquisa intitulada Projeto de um acampamento de obras: uma utopia, Lefèvre traz uma reflexão na qual os técnicos se integrariam aos operários em uma espécie de acampamento de trabalho, buscando resgatar a ideia da construção como um espaço de formação popular.  Apesar das dificuldades de se conceber um modelo de canteiro que seja anti-hegemônico na nossa sociedade atual, é importante ter em mente que é a partir da formação crítica que se encontram meios para transformações sociais, segundo Freire.

Ao mesmo tempo, a lógica hegemônica também apresenta consequências espaciais: na arquitetura escolar, por exemplo, em sua maioria, a lógica dos edifícios, apesar das muitas pedagogias e das tantas teorias e modelos educacionais, ainda reproduz a organização jesuíta da lousa à frente e as carteiras dispostas em fileiras ortogonais como o espaço principal de ensino.

Dessa forma, a teoria Freireana inspira uma articulação onde a prática pedagógica se entrelaça com a atuação do arquiteto na sociedade, possibilitando a construção participativa de projetos e espaços.

O empoderamento trazido pelas teorias de Freire representam oposição à realidade hegemônica, não à toa foi perseguido e isolado durante a Ditadura Militar. Ao mesmo tempo, a teoria da arquitetura se acomodou em reproduzir as lógicas e relações de trabalho, ao mesmo tempo que o mercado da construção civil, bem como as políticas públicas e burocracias envolvidas nas construções e reformas de habitação, escolas etc. são também amarradas a esta lógica, restando ainda poucos espaços onde é possível estudar e praticar outras formas de produção de arquitetura. 


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Editora: Maria Karolina Milhomens

sábado, 5 de março de 2022

Como as cidades estão assumindo um papel central no combate à crise climática

Desde que o acordo de Paris foi firmado em 2015, minimizar os efeitos e consequências das mudanças climáticas em curso no planeta tem sido, pelo menos declarativamente, um objetivo comum em todo o mundo; no entanto, as ações que estão sendo tomadas variam amplamente de país para país. Pensando nisso, as principais grandes cidades do planeta decidiram se posicionar e partir para a ação ao invés de apenas esperar ordens de cima. Fato é que muitas das iniciativas levadas a cabo pelas administrações municipais e regionais acabam sendo neutralizadas pelo consequente aumento das emissões de carbono em outras regiões do país e do mundo. Além disso, é importante ressaltar que a vulnerabilidade e a capacidade de adaptação frente às consequências do agravamento da crise climática varia muito de lugar para lugar. Procurando esclarecer e discutir o conceito de desigualdade ambiental, este artigo chama a atenção para o fato de que a crise climática só pode ser combatida de maneira eficaz através de um esforço global conjunto, coordenado e transdisciplinar.

Desigualdade ambiental pode ser definida como a carga de exposição de uma determinada sociedade aos possíveis riscos ambientais inerentes à sua situação desfavorável. Como um conceito bastante abrangente, a ideia de desigualdade ambiental permeia uma ampla gama de escalas e condições socioeconômicas de determinadas comunidades ou nações. Não é nenhuma novidade que o aquecimento global foi responsável pelo agravamento de muitas das desigualdades presentes em nosso planeta—a crise climática, por sua vez, deverá afetar ainda mais as principais regiões subdesenvolvidas do globo. Por outro lado, embora os investimentos em desenvolvimento de novas tecnologias de energias renováveis seja uma realidade bastante palpável em muitos países, o atual descompasso entre os países mais ricos e as nações menos desenvolvidas é abissal.

O Archdaily desenvolve alguns tópicos que nos motram soluções para as problemáticas. Vale a pena conferir!


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Editora: Maria Karolina Milhomens

sexta-feira, 4 de março de 2022

Biblioteca Nacional da França finalmente é concluída após 10 anos em reforma

Anteriormente conhecido como Bibliotheque du Roi, o Richelieu da Biblioteca Nacional da França, perto do Palais-Royal, finalmente concluiu a construção após quase 10 anos de reformas. A transformação do local de 300 anos incluiu restaurações de fachadas, instalação de um jardim interno e manutenção de instalações, promovendo inovação, modernidade e abertura para um público mais amplo. O projeto, que é uma biblioteca e um museu, continuará a abrigar um enorme campus para a história das artes e do patrimônio, e proporcionará aos visitantes um local para caminhadas, descobertas e intercâmbios. O local está previsto para ser aberto ao público no verão de 2022.

O trabalho realizado na biblioteca é considerado um dos principais projetos liderados pelo Ministério da Cultura e Comunicação da França com o apoio do Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Pesquisa. Os arquitetos responsáveis pela reforma foram o Atelier Bruno Gaudin, junto com EGIS, CASSO e 8’18. Os visitantes podem acessar a biblioteca em uma rota do Louvre à Ópera, perto do Palais-Royal e da Comédie Française. Suas duas entradas na rue Vivienne e rue de Richelieu se tornarão um ponto focal da cidade, convidando os visitantes a descobrirem um patrimônio excepcional no coração de Paris. O site de Richelieu oferecerá ao público espaços totalmente redesenhados, incluindo um novo museu com um percurso que contará a história da antiguidade até os dias atuais de forma cronológica e temática.

A estrutura monumental foi reformada para preservar seu acervo histórico e manter os padrões internacionais de segurança e acessibilidade. Após a reforma, mais de 20 milhões de documentos foram conservados na nova biblioteca. 30.000 m² do total de 58.000 m² do edifício foram reformados ao longo de 10 anos. A primeira fase da obra, que decorreu de 2011 a 2016, incluiu remodelações na metade do edifício localizado ao longo da Rue de Richelieu, que inclui espaços expositivos, livraria, um café, espaços educativos e lojas comerciais. De 2017 a 2021, foram realizadas obras de renovação na metade do edifício que se encontra ao longo da Rue Vivienne, que inclui a galeria Mazarine, a sala oval, o Gabinete do Rei, o jardim Vivienne e o museu.

Para saber mais, Confira! 


Via: Archdaily 
Editora: Carolina Tomazoni Siniscarchio

Adaptabilidade vital: hospitais de campanha no contexto da pandemia


A cidade sempre foi um palco de transformações. Mudam-se os direcionamentos, os fluxos, as formas como as pessoas se apropriam dos espaços, alteram-se os desejos, surgem novas demandas, novos lugares. Tal abundância, ao mesmo tempo em que permite um caráter inovador e mutável à cidade, tende também a exigir da arquitetura uma flexibilidade programática e estrutural. No último ano, especialmente, pudemos acompanhar – em vertiginosa velocidade – grandes mudanças nas cidades e nos seus espaços.

A pandemia trouxe consigo novos paradigmas, desestruturando repentinamente ordens há muito estabelecidas. As casas viraram escritórios, os escritórios viraram desertos, hotéis deram lugares a leitos médicos e estádios se transformaram em hospitais. A arquitetura, em meio a tudo isso, teve de mostrar sua flexibilidade abrigando usos que antes eram inimagináveis. Uma adaptabilidade que parece ser cada vez mais a chave para a criação de espaços coerentes com o modo (e a velocidade) como vivemos.

Essa adaptabilidade, apesar de ter sido evidenciada pela pandemia, principalmente porque a situação impôs um ritmo muito mais veloz de adequações, permeia toda a história da arquitetura. Projetos emblemáticos como o SESC Pompeia ou a Pinacoteca de São Paulo carregam camadas de outras épocas e outros usos, simbolizando uma preocupação sustentável em relação à arquitetura, entendendo a imobilidade da edificação como potencialidade.

Neste processo, há uma ressignificação dos lugares que influencia o imaginário urbano e o sentido de pertencimento ao espaço. Entretanto, diferentemente das obras permanentes citadas acima, que conferem uma sobrevida aos antigos espaços ociosos, o processo de adaptabilidade urbana frente à pandemia surgiu com mais complexidade, não somente pelo perfil temporário das apropriações, mas também pela carga psicológica e emocional que essas mudanças de uso trouxeram. 

No contexto da pandemia, os estádios foram escolhidos para abrigar os hospitais de campanha, principalmente, por seu porte e sua complexa estrutura preparada para receber grande fluxo de pessoas. A localização também foi um ponto positivo, já que estão devidamente inseridos dentro da malha e da logística urbana. Dentro de poucos dias os campos se transformaram em centenas de leitos. A unidade do Ginásio do Ibirapuera com 268 camas, por exemplo, foi implantada em apenas 15 dias. Para atingir essa velocidade impressionante, a escolha do processo construtivo ideal se tornou imprescindível. No Brasil, a grande maioria dos hospitais temporários foi feita por meio do sistema tênsil, o mais característico quando se fala em arquitetura efêmera emergencial. Sua estrutura é formada por peças rígidas em metal, madeira ou até plástico com rápida montagem e sistema flexível. Essas estruturas, muito comuns em eventos e feiras, foram adaptadas a este fim em um emaranhado labiríntico de tendas em lona antichama, divisórias e pisos elevados.

Esses exemplos mostram como a pandemia, em poucas semanas, exigiu a construção de dezenas de arquiteturas temporárias, mas não somente hospitais de campanha, como também unidades de quarentena, depósitos de equipamentos médicos e até cemitérios, desafiando projetos e edifícios a irem muito além das funções para as quais foram originalmente destinados. 

Entretanto, a pandemia apenas evidenciou uma situação cada vez mais recorrente. O próprio conceito de arquitetura de emergência tem sido abordado com frequência, envolvendo equipes multidisciplinares na busca por criar soluções emergenciais. Vivemos assolados por crises humanitárias, migrações em massa, terrorismo, mudanças climáticas, catástrofes ambientais, entre tantos outros problemas.


VIA ARCHDAILY

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Editora: Maria Karolina Milhomens

quinta-feira, 3 de março de 2022

Museu da Academia Internacional de Cinema é inaugurado

O Academy Museum of Motion Pictures, localizado em Los Angeles e projetado por Renzo Piano, é o maior museu da América do Norte dedicado a filmes e a cultura cinematográfica.

Criado pelo arquiteto Renzo Piano, vencedor do prêmio Pritzker, e Renzo Piano Building Workshop em colaboração com Gensler como arquiteto executivo, o museu em Wilshire Boulevard e Fairfax Avenue combina duas estruturas contrastantes: o renovado e ampliado May Company Building, um marco moderno de 1939 agora renomeado como The Saban Building – em homenagem aos benfeitores Cheryl e Haim saban -, e um novo edifício esférico de vidro e concreto.
Academy Museum possui sete andares e utiliza os recursos exclusivos da academia de artes e ciências do cinema. Ele será aberto com a exposição Stories of Cinema – histórias do cinema em português – oferecendo perspectivas comemorativas, críticas e pessoais sobre as disciplinas e o impacto da produção de filmes, no passado e no presente.
A exposição temporária Hayao Miyazaki também estará em exibição, sendo a primeira retrospectiva em museu na América do Norte do trabalho do aclamado cineasta e cofundador do Studio Ghibli. Três outras exposições: O Caminho para o Cinema: Destaques da coleção Richard Balzer; Pano de Fundo: Uma arte invisível; e as Experiências dos Oscars® também farão parte da inauguração.
O espaço também oferece educação contínua e programas para a família ocorrerão em todo o museu, em galerias de exposições, teatros e no estúdio educacional do templo Shirley.
VIA CASA ABRIL _________________________________ Editora: Maria Karolina Milhomens

quarta-feira, 2 de março de 2022

Conteúdo CAU/BR: O CAU Brasil na promoção da equidade de gênero



Tem tomado força nos últimos anos o chamado por mais equidade e por maior representatividade, a partir da consciência de que os espaços de decisão na arquitetura e no planejamento urbano representam historicamente visões e interesses de grupos restritos e pouco diversos, que não refletem completamente as reais necessidades da maioria dos cidadãos e cidadãs.

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), enquanto promotor da arquitetura e urbanismo para todos e todas, tem ampliado a percepção de seu papel no fomento à equidade como vetor de transformação social. Como descrito nas diretrizes da União Internacional dos Arquitetos (UIA):

"É fundamental que os arquitetos tenham a capacidade de compreender e responder às diversas necessidades dos clientes e da comunidade como um todo. Esse objetivo será mais facilmente alcançado quando todas as esferas da profissão refletirem a diversidade da sociedade.” (UIA)

Desde os primeiros levantamentos realizados pelo Conselho sobre a presença da mulher na arquitetura e urbanismo, a participação feminina na profissão tem sido crescente e tende ainda a aumentar, considerando que quanto menor a faixa etária, maior a proporção de mulheres.

Atualmente 2  , do total de 196.825 profissionais registrados no CAU, 126.638 são mulheres (64,34%) e 70.187 homens (35,66%). Na faixa de até 29 anos, as mulheres chegam a representar 76% dos profissionais ativos.

As mulheres são também maioria em 25 das 27 Unidades da federação, lideradas por Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Alagoas, onde elas representam 73% dos profissionais ativos. Em todos os estados e no Distrito Federal, esse percentual aumentou no último ano.

A decisão de uma rede de mulheres em ocupar os espaços decisórios da profissão fez com que o número de conselheiras estaduais eleitas para o triênio 2021-2023 aumentasse 17% em relação à gestão anterior. As mulheres já são maioria na maior parte dos Plenários estaduais e houve um aumento global da representatividade feminina nos quatro primeiros mandatos desde a criação do Conselho.

Pela primeira vez na história, seis das sete entidades são presididas por mulheres. No caso do CAU Brasil e do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), que este ano completa 100 anos de história, a presidência feminina é um fato inédito.

Ademais, a Revista Projeto trás mais discussões sobre o tema em seu artigo. Vale apena conferir!


VIA REVISTA PROJETO
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Editora: Maria Karolina Milhomens

terça-feira, 1 de março de 2022

Imagens mostram como o aumento do nível do mar pode afetar as cidades brasileiras




A organização Climate Central desenvolveu uma série de imagens e vídeos que trazem uma simulação de como diversas cidades ao redor do mundo podem ser afetadas pelo aumento do nível do mar caso o mundo não cumpra as metas de redução de emissões. 

Os cientistas da Climate Central examinaram onde as populações são mais vulneráveis ​​nos próximos 200 a 2.000 anos e em diferentes cenários de aquecimento. Os resultados são alarmantes:

A linha da maré alta pode invadir terras ocupadas por cerca de 10% da população global atual (mais de 800 milhões de pessoas) após 3 °C de aquecimento. Muitas pequenas nações insulares estão ameaçadas de perda quase total.

Cumprir as metas mais ambiciosas do acordo climático de Paris poderia reduzir a exposição ao aumento do nível do mar em cerca de metade. Mas o mundo não está a caminho de limitar o aquecimento global a 1,5°C, conforme descrito no acordo de Paris de 2015. Com base nas emissões atuais, espera-se que a Terra alcance e até mesmo exceda o aquecimento de 3°C até 2100.

As imagens (em formato de foto, vídeo e mapa) mostram quais áreas podem ser salvas e quais podem ser totalmente perdidas, levando consigo o patrimônio e a história dessas comunidades costeiras. O Archdaily fez uma seleção das imagens de pontos turísticos, cidades e regiões brasileiras. Confira!


VIA ARCHDAILY
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Editora: Maria Karolina Milhomens

Casas mínimas e espaços coletivos: comunidades de Tiny Houses ao redor do mundo

Não é nenhum segredo que as Tiny Homes (casas de pequena escala) tornaram-se extremamente populares nos últimos anos - um significante da vida boêmia minimalista em resposta aos excessos dos dias atuais. De trailers reformados a casas Muji pré-fabricadas e cápsulas Nestron futurísticas, o mundo da arquitetura viu uma variedade de pequenas casas ganharem atenção viral na última década. 

À medida que essa tipologia se espalha mais pelo mundo, as comunidades dessas casas também proliferaram, surgindo na América do Norte, Nova Zelândia, Leste Asiático e muito mais. Essas comunidades combinam o estilo de vida pitoresco de vida minimalista com espaços coletivos para interação social, reunindo famílias e indivíduos com interesses semelhantes em vizinhanças da moda. Examinaremos várias dessas comunidades abaixo.


Para saber mais, Vale o Clique!





Via Archdaily 
Escrito por Lilly Cao | Traduzido por Eduardo Souza
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Editora: Eryka Letycia