domingo, 30 de maio de 2021

Placas solares no deserto do Saara poderiam suprir todo o consumo mundial

Hoje, milhões de pessoas ao redor do globo já produzem a sua própria energia por meio de painel solar próprio, mas apenas um único projeto instalado no maior deserto do mundo poderia suprir todo o consumo mundial.

Segundo o professor e PhD em matérias nucleares Mehran Moalem, em entrevista concedida para o site da revista americana Forbes, seria possível atender toda a demanda elétrica do planeta com apenas 1,2% do território do Saara coberto por placas fotovoltaicas.

Moalem explica que a extensão territorial do deserto, em conjunto com seus fatores climáticos únicos, torna o Saara o local perfeito para a instalação de uma usina solar fotovoltaica mundial.

Afinal, energia do sol é o que não falta no Saara. Segundo os cálculos da NASA, a forte e longa incidência solar diária no deserto entrega cerca de 2 a 3 kilowatts-hora de energia por m².

Dessa forma, Moalem calcula que um espaço de 355 km² do deserto, que se estende por mais de 9 milhões de km², seria suficiente para gerar 17,4 Terawatts de energia, equivalente ao consumo elétrico da população do planeta em 2018.

Mesmo com o potencial da fonte solar e a viabilidade das placas solares, no entanto, o especialista alega que o projeto ainda enfrentaria várias barreiras.

A primeira delas seria o dinheiro necessário para a construção da usina de dimensões faraônicas, que teria um custo total aproximado de 5 trilhões de dólares.

Uma vez que tal projeto dificilmente deve sair do campo teórico, mais pessoas a cada ano investem no seu painel solar como forma de economizar os gastos e, de quebra, contribuir para a sustentabilidade do nosso planeta.

No Brasil, por exemplo, mais de 600 mil consumidores já aproveitam a energia produzida pelo sol, especialmente consumidores residenciais cansados das altas contas de luz, e os quais encontram na fotovoltaica a solução perfeita de como economizar energia em casa.

Com a crise do setor elétrico causada pela pandemia do covid-19 e os novos aumentos nas faturas previstos para os próximos anos, sem contar as incessantes bandeiras tarifárias, o cenário é alarmante e mais consumidores são esperados entre os proprietários de telhados solares no país.

De acordo com o último Plano Decenal de Expansão de Energia, elaborado pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), até 2030 esse público da energia solar no Brasil pode chegar a 3 milhões de consumidores.

Via The Greenest Post

sábado, 29 de maio de 2021

Sistema modular é abrigo seguro para abelhas




Um sistema modular composto por vários tubos furados que dão abrigo seguro para abelhas – inseto que é essencial para a produção global de alimentos. Esta é a proposta da designer australiana Amelia Henderson-Pitman, que já recebeu vários prêmios pelo seu projeto. 

Na Austrália existem mais de 1.700 espécies de abelhas nativas, mas somente 11 espécies vivem em colmeias e produzem mel. Cerca de 70% vivem no solo e as demais fazem ninhos em gravetos e buracos na madeira. A perda de habitat é uma das razões para o declínio das abelhas e Amelia resolveu dar uma forcinha projetando o Pollen: sistema que fornece o abrigo perfeito para as abelhas.


Repleto de orifícios com diâmetros variados, diversas espécies de abelhas podem se beneficiar. Os tubos possuem formato hexagonal, imitando colmeias, e são encaixáveis, de forma que pode ser extensível ao tamanho que a pessoa desejar. A composição ainda pode embelezar o ambiente ao redor. 

O sistema pode ser instalado em qualquer local, desde ambientes internos, como na parede do jardim residencial, até estruturas externas de edifícios. O importante é incentivar o cuidado e manutenção das abelhas em áreas urbanas. 

A ideia é que os módulos sejam feitos com madeira, bambu e PET reciclado. O sistema ainda é composto por um espaço onde pode ser realizado um pequeno plantio. Junto ao produto, um livreto é disponibilizado com instruções sobre a montagem e também sobre a identificação das abelhas nativas, comportamento e as melhores espécies de flores a serem plantadas para atrair as abelhas. 

O sistema Pollen ganhou o Prêmio Frank Fisher 2019 de Design Mais Sustentável da Universidade de Tecnologia de Swinburne, foi nomeado um dos 10 projetos mais inovadores do Festival de Design Virtual 2020 e também foi nomeado para Graduado do Ano de 2020 pelo Instituto Australiano de Design, além de participar do Prêmio James Dyson de 2020.

Via Ciclo Vivo

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Caneta feita de prata dispensa uso de tinta e promete durar para sempre

Ter uma caneta sempre à mão, que não precise ser carregada porque a tinta dura para sempre. Essa ideia foi colocada em prática por uma startup inglesa e ganhou o nome sugestivo de ForeverPen.

Medindo pouco mais de dois centímetros de comprimento, a caneta foi feita para escrever sobre qualquer tipo de superfície. Em vez de tinta líquida, ela possui uma substância sólida que permite uma escrita uniforme e não sofre a ação do tempo.

Ela só não garante uma letra bonita, nem um traçado perfeito, já que esses fatores dependem da habilidade — ou da falta dela — na hora de usar o equipamento.

Técnica antiga x tecnologia

A inspiração para criar a caneta que nunca acaba veio da técnica centenária de desenho conhecida como ponta de prata. Com ela, antigos artesãos e escribas traçavam contornos arrastando um haste ou fio de prata sobre uma superfície macia, geralmente cera ou casca de árvore.

A ForeverPen segue o mesmo princípio e utiliza um composto de prata misturado a outros metais como titânio, cobre e zinco, que dão resistência e fazem dela um utensílio multifuncional e, no mínimo, curioso.

A ideia é que a caneta também seja usada em outras tarefas do dia a dia, como abrir tampas, cortar papéis ou rasgar envelopes. Além de inquebrável, ela também é antiferrugem e à prova d’água.

Financiamento coletivo

O projeto está sendo financiado por uma vaquinha virtual na plataforma Kickstarter, onde já arrecadou mais de US$ 377 mil (cerca de R$ 2 milhões). Cada caneta custa 29 libras esterlinas, ou R$ 218 na conversão direta.

A entrega mundial do produto está prevista para acontecer em agosto deste ano.“Estamos extremamente empenhados em minimizar o nosso trabalho diário e fazer tudo o que pudermos para tornar a ForeverPen uma realidade o mais breve possível”, disse o responsável pelo projeto, Pascal Friedmann.

Meio ambiente

Como a caneta foi projetada para durar para sempre, os idealizadores esperam poupar o meio ambiente das milhares de canetas comuns que são jogadas no lixo diariamente ao redor do planeta.

Sem metais pesados na composição de sua tinta, a ForeverPen não apresenta risco de contaminação. Além disso, as embalagens que serão utilizadas para enviar cada unidade aos compradores são 100% de material reciclado.

“Estamos fazendo a nossa parte criando e entregando um produto pensado para ser ecologicamente amigável desde a sua concepção, reduzindo o impacto produtivo a praticamente zero”, completa Friedmann.

Via Canal Tech

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Portugal inaugura maior ponte suspensa de pedestres do mundo


Portugal inaugurou no fim de abril a maior ponte suspensa de pedestres do mundo. Com 516 metros de extensão e que une dois desfiladeiros a 175 metros de altura, a nova atração turística fica em Arouca, norte do país.

A ponte sobre o rio Paiva foi constituída com 127 placas de aço e grades metálicas de 1,20 metros de largura, fixadas por cabos de aço a pilares em forma de “V” localizados em cada extremidade.

A 516 Arouca superou em 22 metros a ponte Charles Kuonen, nos Alpes suíços, e que tem 494 metros de extensão.

A atração fica dentro do Arouca Geopark, reconhecido em 2009 pela Unesco como área de conservação em razão do seu patrimônio geológico.

Os ingressos para a 516 Arouca custam a partir de de € 12 (cerca de R$ 77, para adultos entre 18 a 65 anos). É preciso reservar com antecedência o passeio.

A ponte levou cerca de dois anos para ser construída e custou cerca de US$ 2,8 milhões (mais de R$ 15 milhões).

Via Catraca Livre 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Concreto sem cimento?

Pesquisadores japoneses desenvolveram um novo método de produção de concreto - sem usar cimento.

Eles ligaram diretamente as partículas de areia por meio de uma reação simples em álcool, na presença de um catalisador.

Se puder ser escalonada economicamente do laboratório para a indústria, a descoberta tem potencial para mudar não apenas todo o setor de construção civil, mas também reduzir drasticamente as emissões de carbono originadas da produção de cimento.

O material de construção mais utilizado hoje no mundo é o concreto, que é uma mistura de agregados (areia e brita), água e cimento. E a produção de cimento responde por 95% da pegada de CO2 do concreto - para cada quilograma de cimento produzido, 0,7 kg de CO2 são liberados para a atmosfera.

Além disso, apesar de haver uma grande quantidade de areia no mundo, a disponibilidade de areia para a produção de concreto é bastante limitada porque as partículas de areia devem ter uma distribuição de tamanho específica para fornecer fluidez ao concreto - não dá para usar a areia do Saara para fazer concreto usando cimento, por exemplo.

Assim, uma nova abordagem para produzir concreto, sem usar cimento, e a partir de materiais inesgotáveis, pode ser revolucionária.

Substituto do cimento

Yuya Sakai e Ahmad Farahani, da Universidade de Tóquio, fizeram um paciente trabalho de alquimia para encontrar um composto que conseguisse unir os grãos de areia sem precisar do cimento.

Eles acharam o candidato ideal no tetraalcoxissilano, um composto capaz de induzir um processo conhecido como transição sol-gel - o resultado final é um gel.

"Os pesquisadores podem produzir tetraalcoxissilano a partir da areia por meio de uma reação com álcool e um catalisador por meio da remoção da água, que é um subproduto da reação. Nossa ideia era deixar a água para fazer a reação alternar reversivelmente de areia para tetraalcoxissilano, para unir as partículas de areia entre si," explicou Sakai.

Parece simples, mas a ideia foi apenas o primeiro passo da alquimia.

Os pesquisadores colocaram um copo feito de folha de cobre dentro de um reator com areia, álcool e os silanos, e então variaram paciente e sistematicamente as condições de reação: Quantidades de areia, de álcool, do catalisador e dos agentes de desidratação, além da temperatura de aquecimento e do tempo de reação.

Segundo eles, obter um produto com resistência suficiente para funcionar como concreto envolveu principalmente encontrar a proporção certa de areia, silanos e álcool.

"Nós obtivemos produtos suficientemente fortes com, por exemplo, areia de sílica, contas de vidro, areia do deserto e areia da Lua simulada," contou Farahani. "Essas descobertas podem promover um movimento em direção a uma indústria de construção mais verde e econômica em todos os lugares da Terra. Nossa técnica não requer partículas de areia específicas usadas na construção convencional. Isso também ajudará a resolver as questões de mudança climática e desenvolvimento espacial."

Construções mais duráveis, aqui e no espaço

Como a nova técnica não depende do formato das partículas de areia, ela pode permitir construir edifícios e estruturas em regiões desérticas - até mesmo na Lua ou em Marte.

Além disso, embora a equipe não tenha realizado testes de resistência, eles acreditam que o concreto sem cimento pode ter uma durabilidade melhor do que o concreto convencional porque a pasta de cimento comum é relativamente fraca contra o ataque químico e apresenta grandes variações de volume devido à temperatura e umidade, o que faz o concreto trincar e rachar com facilidade.

Via Inovação Tecnológica

terça-feira, 25 de maio de 2021

Governo italiano revela design da nova reforma da arena do Coliseu


A Itália desde o fim do ano passado tem planos de reformar a arena do Coliseu, uma de suas principais atrações turísticas, mas até então o projeto se mantinha numa fase de prospecção – ou melhor, encontrar engenheiros que apresentassem a melhor proposta. Esta semana, o governo do país enfim apresentou ao mundo o novo design do “chão” do monumento, que deve dessa vez ocupar toda a área superior para dar aos turistas e visitantes um gostinho de como era a vida dos gladiadores no passado.

Concebido pela firma de engenharia Milan Ingegneria, o projeto apresentado pelo ministro da Cultura Dario Franceschini usa um sistema de treliças de ripas de madeira para revestir os mais de três mil metros quadrados da arena, a fim de não apenas permitir que o público passeie pelo espaço mas também tenha a oportunidade de conferir o sistema de labirintos do subsolo. É uma resolução que expande a proposta anterior, que restringia consideravelmente a área de visitação para deixar a céu aberto o que vinha debaixo. Você pode conferir o design no vídeo acima.

Além de confirmar que a reforma vai usar apenas materiais sustentáveis – as ripas serão feita de madeira Accoya – o CEO da Milan Ingegneria, Massimiliano Milan, diz à CNN que a estrutura é toda reversível, permitindo que o governo possa modificá-la ou reformá-la sem maiores problemas nos próximos “30, 50 ou 100 anos”.

A expectativa é de que a reforma comece ainda este ano e termine até 2023, com a arena podendo servir de espaço para eventos e novas atrações turísticas.

Via B9

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Ícone metabolista Nakagin Capsule Tower corre risco de ser demolida em Tóquio

O destino de um dos exemplos mais icônicos da arquitetura metabolista, a Nakagin Capsule Tower de Kisho Kurokawa, pode ter tido selado, encaminhando-a à demolição. O edifício foi vendido pela associação responsável pela gestão do condomínio, segundo informações publicadas pelo jornal Japan Forward. A demolição da Torre tem sido intensamente especulada nos últimos anos devido ao estado precário da estrutura e incompatibilidade com os atuais padrões estruturais para resistir a terremotos.

Proposta ousada de crescimento orgânico e extrema flexibilidade, a torre de Nagakin enfrenta um momento de incertezas, apesar de seu reconhecimento internacional e lugar de prestígio na história da arquitetura moderna. Nenhum anúncio oficial sobre a possível demolição foi feito até o momento, no entanto, o resultado parece inevitável, já que ao longo dos anos as iniciativas de preservação não conseguiram realizar ações concretas contra o envelhecimento da estrutura, e a falta de manutenção ocasionou danos irreversíveis nas tubulações de água e esgoto. Vale notar, ainda, que embora o projeto tenha sido especificamente concebido para permitir a substituição das cápsulas, o recurso não foi explorado.

Construída em 1972, a Torre Nakagin é um dos primeiros projetos de arquitetura baseado em cápsulas de que se tem registro, concebido a partir da ideia de uma arquitetura adaptável, dinâmica e em constante mudança, onde módulos podem ser conectados ao núcleo central. As cápsulas foram projetadas para um público jovem que trabalhava no centro de Tóquio, portanto, cada unidade de 10 metros quadrados contém o necessário para acomodar apenas uma pessoa. Todos os recursos e acessórios foram pré-fabricados e trazidos ao canteiro apenas para serem montados. 

O movimento metabolista surgiu no Japão na década de 1960 em torno da ideia de espaços urbanos flexíveis e transformáveis. Noções como crescimento orgânico e impermanência eram centrais para o movimento, assim como a afinidade com os avanços tecnológicos.

Via ArchDaily

Cimento agora conduz eletricidade e gera calor

Cimento funcionalizado

Uma colaboração entre pesquisadores dos EUA e da França está desenvolvendo um cimento que conduz eletricidade e produz calor.

A condutividade elétrica pode trazer novas funcionalidades, por exemplo permitindo que o concreto seja aproveitado para aplicações que vão desde o autoaquecimento dos edifícios até o armazenamento de energia.


A técnica se baseia na introdução controlada no cimento de carbono tratado em nanoescala. Esses "nanocarbonos" são altamente condutores, como é o caso de seus similares altamente purificados, como o grafeno e os nanotubos.

"Este é um modelo de primeira ordem do cimento condutor. E ele trará [o conhecimento] necessário para encorajar o aumento de escala desses tipos de materiais multifuncionais," disse a pesquisadora Nancy Soliman, do MIT.

Cimento com aquecimento interno

Nancy e seus colegas optaram por gerar o nanocarbono a partir do negro de fumo, um material de carbono barato e com excelente condutividade.

Incorporar o nanocarbono até 4% do volume do cimento foi suficiente para atingir o limite de percolação, o ponto em que as amostras conseguem transmitir uma corrente elétrica.

E fazer uma corrente elétrica passar pelo cimento condutor tem outro resultado interessante: Ele gera calor, devido ao efeito Joule.

"O aquecimento Joule (ou aquecimento resistivo) é causado pelas interações entre os elétrons e átomos em movimento no condutor," explicou Nicolas Chanut, membro da equipe. "Os elétrons acelerados no campo elétrico trocam energia cinética cada vez que colidem com um átomo [do cimento], induzindo a vibração dos átomos na rede [cristalina], que se manifesta como calor e aumento da temperatura do material. "

Mesmo uma pequena tensão - 5 volts - foi suficiente para aumentar a temperatura da superfície das amostras de cimento (com aproximadamente 5 cm3) para até 41 ºC. Embora um aquecedor comum possa atingir temperaturas comparáveis, é importante considerar que a estrutura inteira de uma construção poderia funcionar como aquecedor sem custos adicionais de equipamentos e instalações.

"Essa tecnologia pode ser ideal para aquecimento radiante de pisos internos," explicou Chanut. "Normalmente, o aquecimento radiante interno é feito circulando água aquecida em tubos que passam abaixo do piso. Mas esse sistema é difícil de construir e manter. Quando o próprio cimento se torna um elemento de aquecimento, no entanto, o sistema de aquecimento se torna mais simples de instalar e mais confiável. Além disso, o cimento oferece uma distribuição de calor mais homogênea devido à ótima dispersão das nanopartículas [de carbono] no material."

Tortuosidade

Obter a condutividade elétrica e a capacidade de aquecimento no cimento e no concreto não é tão simples quanto parece.

Acontece que seria inviável alinhar as nanopartículas de carbono no volume do cimento e do concreto para formar fios e um circuito de transmissão - conhecido como fiação volumétrica. Para garantir uma fiação volumétrica funcional, os pesquisadores investigaram então uma propriedade conhecida como tortuosidade.

"Tortuosidade é um conceito que introduzimos por analogia com o campo da difusão," explicou o professor Franz-Josef Ulm. "No passado, ele descreveu como os íons fluem. Neste trabalho, nós o usamos para descrever o fluxo de elétrons através da fiação volumétrica."

Ulm ilustra a tortuosidade com o exemplo de um carro viajando entre dois pontos de uma cidade: Embora a distância entre esses dois pontos em linha reta possa ser de três quilômetros, a distância real percorrida será maior devido ao circuito das ruas.

Acontece o mesmo com os elétrons que viajam pelo cimento: O caminho que eles devem seguir dentro do material é sempre maior do que o comprimento da própria amostra. O grau em que esse caminho é mais longo é a tortuosidade.

Alcançar a tortuosidade ideal significa equilibrar a quantidade e a dispersão do nanocarbono. Se o carbono estiver muito disperso, a fiação volumétrica se tornará esparsa, levando a uma tortuosidade muito alta. Da mesma forma, sem carbono suficiente, a tortuosidade será muito grande para formar uma fiação direta e eficiente com alta condutividade.

Mesmo a adição de grandes quantidades de carbono pode ser contraproducente. Em um determinado ponto, a condutividade deixará de melhorar e, em teoria, só aumentaria os custos de produção. Como resultado dessas complexidades, a equipe buscou otimizar suas misturas.

"Descobrimos que, ajustando o volume de carbono, podemos chegar a um valor de tortuosidade de 2," contou Ulm. "Isso significa que o caminho que os elétrons percorrem tem apenas o dobro do comprimento da amostra."

Via Inovação Tecnológica

domingo, 23 de maio de 2021

Morre Paulo Mendes da Rocha aos 92 anos





Um dos maiores nomes da arquitetura brasileira e mundial, Paulo Mendes da Rocha, faleceu ao 92 anos. O arquiteto estava com câncer de pulmão e encontrava-se internado em São Paulo. Ele nos deixou na madrugada deste domingo (23 de maio), conforme informou seu filho Pedro Mendes da Rocha.

Paulo Mendes da Rocha será lembrando pelo grande papel formador que possuía. Sua criação arquitetônica debatia sobretudo a vida, levantando indagações que questionam as ideias prontas e o conformismo. Consolidou uma influência além da linguagem ou estética, formada principalmente pelo modo de agir e de pensar, no qual cada projeto era uma oportunidade de transformação. Suas ideias e desenhos transbordavam os limites do programa, lote e materialidade, trazendo sempre um novo olhar para uma simplicidade revolucionária. 

Nascido em Vitória, Espírito Santo, em 1928, muda-se jovem para São Paulo, onde titula-se pela FAU-Mackenzie, em 1954. Em poucos anos de atuação consegue consolidar um conjunto de obras, sobretudo residenciais, de grande qualidade, onde prevalece a materialidade do concreto aparente. Sua carreira sempre esteve vinculada ao ensino da arquitetura. Foi professor de projeto da FAU-USP de 1961 a 1999.

Referência da arquitetura moderna e contemporânea, durante seus estudos na Universidade Mackenzie de São Paulo, Paulo Mendes formou, juntamente com outros colegas, um grupo interessados na arquitetura moderna, o que acabou influenciando, anos mais tarde, seu primeiro grande projeto: o Ginásio do Clube Atlético Paulistano.

Entre 1961 e 1969, foi professor na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, sendo cassado pelo governo militar por sua postura sobre o papel social que devem ter os arquitetos. Curiosamente, nesse mesmo ano, Paulo Mendes da Rocha ganha o concurso para o Pavilhão do Brasil na Expo’70 em Osaka, em equipe com Jorge Caron, Júlio Katinsky e Ruy Ohtake. Em 1980 retorna como professor de Projeto Arquitetônico na mesma Faculdade, onde permanece até 1999, ano em que se aposenta.

Em 2001, recebe o II Prêmio Mies van der Rohe de arquitetura latino-americana pelo seu projeto da Pinacoteca de São Paulo, em que intervém em um importante edifício neoclássico. Em 2006, recebe o Prêmio Pritzker pelo conjunto de sua obra. Dez anos mais tarde, em 2016, é reconhecido com mais dois prêmios do mais alto nível da arquitetura mundial: o Leão de Ouro da Bienal de Veneza e o Prêmio Imperial do Japão. Em 2017 é laureado com a RIBA Gold Medal. Ainda em 2021 foi premiado com a Medalha de Ouro da União Internacional de Arquitetos.

Hoje, o acervo do arquiteto - cerca de 8.800 itens, relativos a mais de 320 projetos - está na Casa da Arquitectura, instituição portuguesa com sede em Matosinhos que se dedica a preservar e difundir documentações de arquitetura.

Nossos mais sinceros sentimentos à toda família, parentes e amigos.


Via ArchDaily

domingo, 16 de maio de 2021

Casarão histórico de 120 anos vira espaço de coworking em Manaus

Até alguns meses atrás, o antigo Hotel Cassina em Manaus estava marcado no imaginário da população manauara como um edifício em ruínas, que havia sido tomado pela vegetação e pelo abandono há décadas. Era difícil de imaginar que o local já havia sido um dos hotéis mais luxuosos da capital do Amazonas durante a Belle Époque. Hoje, a vegetação exuberante e a típica fachada avermelhada ainda estão lá, mas quem avista o casarão já encontra uma imagem completamente diferente: a de um espaço de coworking moderno e fluído, que combina elementos contemporâneos à preservação do patrimônio histórico. “Transformar um espaço com uma história tão carregada, ainda mais sendo um edifício que está em uma das praças principais do centro histórico de Manaus, foi um desafio muito grande porque ele é um prédio que faz totalmente parte do imaginário manauara”, afirma à Casa Vogue o arquiteto Laurent Troost, à frente do escritório que leva seu nome.


O prédio surgiu no final da década de 1890 e foi batizado como Hotel Cassina em homenagem a seu antigo proprietário, o italiano Andrea Cassina. “Ao longo dos anos, o local mudou de nome várias vezes, mas funcionou como hotel durante cerca de 30 anos. Depois, durante outros 30 anos, até 1960 mais ou menos, ele funcionou como um local de cabaré, prostituição e jogos de azar, ou seja, atividades que não eram bem vistas pela sociedade — ao contrário de quando era um hotel: ele já foi o hotel mais luxuoso de Manaus, durante o ciclo da borracha”, conta Laurent. Já nos anos 1960, a edificação começou a ser desocupada e a ruir. Com o passar do tempo, a vegetação tomou conta das ruínas. Em 1990, a Prefeitura realizou um reforço estrutural para evitar que as fachadas tombassem para fora, mas quase nada havia sido feito desde então e, novamente, a vegetação voltou a crescer.

“"O aspecto carregado de história nos obrigou a adotar uma atitude muito respeitosa. Por isso, optamos por manter a fachada como elemento que conta esse passado. Ou seja, não a reconstruímos como era originalmente, nós deixamos com a marca do tempo. Ela tem essa argamassa muito peculiar, já que esse prédio é o último exemplar em Manaus que tem sua fachada revestida com argamassa pigmentada com pó de pedra jacaré”, afirma o arquiteto. Atualmente, a extração da pedra é proibida e, portanto, seria impossível reconstruí-la usando a mesma técnica. Além disso, manter a estrutura como estava evidencia a passagem do tempo, e as diferentes funções já exercidas pelo prédio.

O projeto para requalificação do local vem sendo planejado pelo time desde 2013, mas só saiu do papel no final de 2020. De lá para cá, os arquitetos pensaram em transformar o Cassina em um novo hotel e até em um museu, até chegarem na versão atual que transformou o casarão em um espaço de trabalho moderno. “Quando adentramos no local, encontramos apenas as três fachadas, algumas paredes de contenção no subsolo e três colunas em ferro fundido que são históricas. E só. Portanto, era uma planta muito livre e muito apropriada para qualquer uso. E o coworking moderno, que é uma função que requer muita flexibilidade, adapta-se perfeitamente a essa liberdade deixada por uma estrutura tão antiga”, explica Laurent.

O principal desafio do time ao realizar o reuso adaptativo do casarão, segundo o profissional, foi adaptar uma estrutura de 1900 às condições climáticas atuais, quando o calor é muito mais intenso. Entraram em ação estratégias de sustentabilidade passiva, como o uso de duas camadas de vidro nas janelas (para que somente o vidro exterior esquente), ventilação cruzada, e, claro, a rica vegetação que já fazia parte do imaginário da população e precisava ser mantida. “Era importante para gente também [manter a vegetação] como uma espécie de manifesto, para dizer que a natureza é algo com o qual temos que conviver. Ainda mais quando moramos na capital do Amazonas: temos que conviver com essa vegetação, com essa floresta e ter mais respeito por ela”, diz Laurent. “Em muitos casos, ela é vista como um problema quando ela deveria ser enxergada como uma solução. Uma solução de diminuição da temperatura, de criação de microclima, de reinserção de uma vida mais natural”.

Para os interiores, os arquitetos chegaram a uma paleta de cores que transmitisse um pouco da elegância que o edifício já teve durante a Belle Époque. Os espaços são marcados por uma base cinza escuro e pelo preto intenso. Além disso, existem pontos de cor em tons terrosos, para remeter à fachada, e o mobiliário acrescenta tonalidades de verde em homenagem à vegetação.

Hoje, o Casarão da Inovação Cassina marca — além de uma vida nova ao prédio histórico — a primeira construção física de um novo polo de tecnologia que se pretende criar em Manaus. A Prefeitura incentivará a instalação de startups na região oferecendo descontos de até 60% no ISS (Imposto sobre Serviços) para as empresas. “Esta foi a quinta versão que criamos para este projeto, e ela tem mais a ver com o planejamento urbano pensado para aquela região” explica o arquiteto. “O Casarão foi pensado para ser o marco inaugural do distrito de inovação. Então além de uma requalificação arquitetônica, ele representa o renascimento urbanístico dessa região do centro de Manaus”.

“Foi um processo extremamente complexo, em termos de aprovação, e de realização. Recebemos muitos ataques políticos e também de arquitetos que pensam de uma outra forma a respeito do patrimônio”, relembra Laurent. “Porém, hoje vemos o edifício entregue, e vemos também a forma com a qual ele está sendo abraçado e elogiado pela população. Enxergar como esse projeto deixa as pessoas felizes é, sem dúvida, o que deixa o maior orgulho”.

Via Casa Vogue

sábado, 15 de maio de 2021

Prédio residencial terá interiores modulares


O estúdio de arquitetura holandês UNStudio revelou um novo projeto para um prédio residencial que terá interiores adaptáveis. O edifício Van B, como é denominado, contará com móveis modulares que permitirão que cada morador personalize o espaço interno conforme suas necessidades. Situado em Munique, na Alemanha, o prédio terá seis andares e 142 apartamentos.

O edifício projetado pelo estúdio foi pensado para oferecer um novo estilo de habitação para os centros urbanos. Cada um dos apartamentos poderá guardar módulos personalizáveis e adequados para funções distintas, como espaço de home office, cama e até academia. Quando não estiverem sendo utilizados, estes módulos podem ser retirados do caminho e utilizados até como divisórias entre um cômodo e outro.

O sistema utilizado permitirá que os moradores mudem rapidamente um cômodo. Assim, será possível transformar um escritório em um quarto, por exemplo, em poucos minutos. O prédio contará ainda com espaços comuns compartilhados pensados para ampliar ainda mais as possibilidades de uso. De acordo com os arquitetos, este modelo permitirá que um apartamento de 40 m² seja aproveitado como um imóvel de 60 m².

A fachada do prédio também foi pensada para reforçar a identidade moderna do edifício. A parte externa conta com janelas curvas que parecem saltar da estrutura. Além disso, o edifício recebeu ainda superfícies de metal que contrastam em meio ao concreto aparente que reveste o exterior.






Via Casa Vogue

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Ecocasa - funcionalidade e economia

Para muitas pessoas, o sonho da casa própria parece algo inatingível. Quando falamos em uma construção sustentável, com um projeto diferenciado desde o início, a ideia é que os valores sejam ainda menos acessíveis. Mas, esta ecocasa mostra que essas crenças podem ser desfeitas.

Feita com materiais naturais, projetada a partir de princípios bioclimáticos da arquitetura, de baixo custo e design moderno, a casa foi projetada para a produtora cultural Ana Paula e seu companheiro Jotappe, músico da banda Quarteto São Jorge. 

Além do orçamento enxuto, um outro desafio foi incluir no mesmo espaço duas funções, a residência e um local de eventos culturais usado como fonte de renda pelo casal.

Graças a colaboração de uma equipe multidisciplinar de design e outros agentes da construção, coordenados pela Encaixe Soluções Alternativas, foi possível realizar uma residência com dupla função, em São Roque, à 70km da capital paulista.

Situada no cerne da Rota do Vinho, cercada por vinícolas, plantações de alcachofra e impressionantes fauna e flora, a residência desfruta do melhor de dois mundos, o conforto e conveniência da cidade e a bucólica e pacata vida no campo.

Menos impacto e mais eficiência
Mas como foi possível construir um sonho com baixo orçamento e levando em consideração as características específicas do lugar escolhido? Com o intuito de gerar o menor impacto e a maior eficiência foram usados materiais e mão de obra locais sob a metodologia do Design-Build.

A materialidade da casa é sustentável, pois apresenta uma manutenção fácil a médio e longo prazo, extrema eficiência do ponto de vista da limpeza cotidiana e baixo impacto socioambiental. Tudo isso foi possível através da fusão de metodologias convencionais e naturais, sempre considerando o que estava disponível na região e da capacidade de trabalho da mão de obra local.

A luz do sol e o céu também puderam entrar no projeto, graças a um espaço transformado em pátio central. A área foi coberta por uma clarabóia de 3×7 m garantindo luz natural no ambiente. 

O bambu usado na varanda, veio de um fornecedor da cidade vizinha, Ibiúna. “Além de ser um material natural extremamente resistente e maleável, o bambu é lindo”, explica Brianna Bussinger, Fundadora da Encaixe.

Outras escolhas com impacto positivo foram os tijolos de solocimento, que garantem conforto térmico e acústico nos quartos, os blocos estruturais de concreto, que baratearam a construção das áreas molhadas, a taipa de pilão, produzida com terra do próprio terreno, que se integra organicamente com a paisagem local, unindo, estética, praticidade e conforto a responsabilidade ecológica.

Outro exemplo é o ciclo das águas completo na propriedade (poço semi-artesiano, tratamento de esgoto com biodigestor e bacia de infiltração).  

Construir a própria casa

A construção se tornou ainda mais especial com a participação dos próprios moradores. Durante a execução da varanda de bambu, Ana Paula e Jotappe optaram por testar a vocação da casa para receber eventos realizando um curso de design e construção com bambu, os construtores e alunos participaram desde o projeto até a execução final desta incrível varanda.

Com a topografia acidentada, o terreno pode ser aproveitado para este mirante, voltado para onde o sol se põe. Uma área externa de 85 m² ficou reservada para este espetáculo diário.

Via Ciclo Vivo

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Maior observatório marinho do mundo será construído na Austrália



O escritório de arquitetura britânico Baca Architects divulgou o projeto de um centro aquático que deverá se tornar o maior observatório marinho natural do mundo. O Australian Underwater Discovery Centre (AUDC), como é chamado o local, será construído na região de Busselton, no oeste da Austrália. O espaço terá uma estrutura em formato de baleia e contará com trilhas subaquáticas. 

O observatório será construído no final do cais Busselton Jetty, que possui 1.841 metros de extensão e é considerado o mais longo cais com pilhas de madeira do hemisfério sul. A região é conhecida pela migração de baleias entre os meses de setembro e dezembro.

O espaço, avaliado em US$ 30 milhões (cerca de R$ 166 milhões), permitirá que os visitantes vivam uma experiência imersiva no oceano e observem de perto a vida marinha por meio de grandes janelas de vidro. No local, os turistas poderão visitar também galerias de arte e um centro destinado à experiências gastronômicas. 

O observatório funcionará ainda como um centro de pesquisa que promoverá estudos relacionado à limpeza dos mares. O espaço, que pretende atrair visitantes de todo o mundo, será pensado para levar informações e educar o público à respeito das mudanças climáticas e dos impactos ambientais.

A construção do AUDC será feita em colaboração com a empreiteira marítima Subcon e com os engenheiros do projeto Coremarine. Além disso, o observatório será financiado pelos governos federal e estadual do país e receberá contribuições da Busselton Jetty Inc, responsável por operar o cais. O centro está previsto para ser inaugurado entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023.

Via Casa Vogue

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Vila flutuante em Amsterdã tem 46 casas

A concentração da população mundial em centros urbanos torna os terrenos cada vez mais caros nas grandes cidades. Além disso, com as mudanças climáticas, o aumento do nível do mar coloca em risco a moradia de milhões de pessoas em todo o mundo – calcula-se que 800 milhões de pessoas estarão em risco até 2050.

A vida sobre a água pode ser uma solução para estes dois grandes problemas. Esta ideia deu origem a um bairro em Amsterdã, capital da Holanda, país que sempre se adaptou muito bem às adversidades e tem um quarto do seu território abaixo do nível do mar.

Resultado de uma parceria entre moradores e arquitetos, o Schoonschip (navio limpo, em holandês) é um bairro com 46 casas flutuantes e sustentáveis que servem de moradia para cerca de 100 pessoas.

Os idealizadores contrataram o escritório de arquitetura Space & Matter para desenvolver um plano urbano inteligente. Uma equipe multidisciplinar criou o projeto com um cais inteligente ligando diferentes casas e desenvolveu a infraestrutura técnica necessária. 

Depois, cada morador escolheu um arquiteto para ajudar a projetar a própria casa, o que explica a grande diversidade de materiais, estilos e tipos de construção da vila.

Em pequena escala, o bairro oferece soluções para os desafios impostos pelas mudanças climáticas e também possibilidades de uma vida mais sustentável. A vila foi projetada para ser autossuficiente e ter o menor impacto ambiental possível e esta decisão está presente no dia a dia de quem vive lá.

Resiliência e circularidade

Além da inovação espacial, a vila flutuante quer ajudar a solucionar as causas dos problemas que nos levaram à crise climática. Do ponto de vista estrutural, existem soluções descentralizadas e renováveis ​​para sistemas de água, energia e resíduos. Com painéis solares e bombas de aquecimento ligadas à uma rede elétrica inteligente, os moradores podem trocar energia.

As águas residuais dos banheiros e chuveiros são convertidas de volta em energia e muitos moradores também têm um telhado verde, onde podem cultivar seus próprios alimentos.

Do ponto de vista social e econômico, os moradores trabalham juntos para otimizar o uso de recursos e repensam seus hábitos, criando soluções para o dia a dia. Todos aceitaram abrir mão de ter um carro próprio e compartilham carros elétricos entre a vizinhança, por exemplo.

De acordo com os idealizadores, as soluções apresentadas pela comunidade do Schoonschip são simples, mas eficazes, trazendo benefícios ambientais, sociais e econômicos.

Os aprendizados e propostas podem ser replicados em diferentes contextos o que torna a vila flutuante um protótipo de desenvolvimento urbano para cidades mais resilientes.

Vida na água

Casas flutuantes não são exatamente uma novidade. Existem exemplos de comunidade que vivem sobre as águas em diversas partes do mundo, como o povo Uros e as ilhas flutuantes no Lago Titicaca, no Peru.

Os arquitetos que construíram a vila flutuante em Amsterdã afirmam que com os desafios atuais, a antiga ideia de viver em casas flutuantes deve ganhar espaço. Segundo eles, o Schoonschip protege as pessoas contra ações da natureza e também ajuda a proteger a própria natureza.

Casas flutuantes podem ter pouco impacto no meio ambiente,  principalmente com sistemas inteligentes de energia e água e saneamento.

Construir sobre a água também tem outras vantagens: as casas podem ser fabricadas em outro lugar e rebocadas em direção ao seu destino, permitindo pernoitar na vizinhança sem nenhum incômodo com a construção de seus arredores.

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Via Ciclo Vivo

terça-feira, 11 de maio de 2021

Mercado Matamoros, no México, tem “guarda-chuvas”

O telhado do mercado criado pelo Colectivo C733, grupo de designers chama a atenção pelos volumes localizados sobre as paredes de tijolo do conjunto de lojas. São estruturas que trazem a luz do dia para o interior da construção ao mesmo tempo que permitem a saída de ar quente.

O Mercado Matamoros leva o nome da cidade onde está localizado – Matamoros, no estado nordestino de Tamaulipas. Com a proposta de ser um shopping para uma das áreas vulneráveis do país, o design do espaço foi idealizado para ser durável, flexível e parcialmente pré-fabricado.

O Colectivo C733, formado por Gabriela Carrillo, Carlos Facio, Eric Valdez, Israel Espín e José Amozurrutia, explica que a proposta teve influência de outro mercado mexicano, o El Parián, construído em 1688.

A planta do Mercado de Matamoros é retangular e tem fileiras de bancas, ou lojas, que ficam em volta de um pátio central. O edifício está afastado da rua para dar lugar a jardins e espaços de convívio ao ar livre já que o mercado pretende ser um espaço comunitário.

O Colectivo C733 projetou o telhado para fornecer ventilação e optou pelos tijolos vermelhos das paredes pois o material ajuda a proteger o interior do calor intenso da região, que pode chegar a mais de 38°C no verão.


O telhado distinto do edifício é composto por módulos invertidos em forma de trapézio que os designers chamam de “guarda-chuvas”. As estruturas também funcionam como claraboias.

Os topos dos módulos de nove por nove metros são abertos para o céu, permitindo que a luz do dia seja canalizada para o mercado abaixo, ao mesmo tempo que permite a fuga de calor.

Os módulos do telhado são pré-fabricados em um depósito externo e usam dois materiais. O exterior é feito de tijolos, para garantir o isolamento térmico. A parte interna é coberta com chapas de metal em tons claros – material que favorece a coleta da água de chuva e a reflexão de calor. Colunas sustentam o teto do mercado coberto e todo o sistema foi projetado para resistir a furacões e inundações.

As lojas no interior do mercado têm portas de garagem e piso de concreto. Os corredores conectam o prédio com as instalações recreativas vizinhas e, no centro do mercado, está um jardim ao ar livre com vegetação de clima seco que é irrigado com água da chuva, chamado de Oásis pelos idealizadores.

Projeto premiado

O projeto do Mercado Matamoros surgiu de uma competição que pedia ideias de protótipos para infraestrutura pública em áreas vulneráveis, especialmente em cidades ao longo da fronteira norte do México. O briefing previa instalações que poderiam ser projetadas em três meses e construídas em mais três meses. O design também precisava ser replicável em diferentes áreas.

O C733 diz que seu design foi guiado por três estratégias abrangentes – o uso de elementos pré-fabricados leves; a capacidade de variabilidade do material, para que o edifício possa se adaptar a diferentes locais; e flexibilidade em termos de configuração espacial.

Via Ciclo Vivo

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Arquitetos constroem Escola Montessouri na Espanha




Localizado no limite da área residencial de Valterna, no município de Paterna, Valência, o projeto da escola montessoriana é assinado por Gradolí & Sanz Arquitectes. O empreendimento incorpora um barranco próximo, reconhecendo seu papel como espinha dorsal natural do território.

O escritório construiu o projeto em uma faixa de terreno entre os edifícios residenciais e a ravina que separa Valterna de uma área de expansão urbana chamada ‘La Pinada’, pertencente aos mesmos proprietários da escola. A entrada principal do colégio pode ser acessada pelo barranco e não pela cidade, a fim de evitar congestionamentos, bem como facilitar o acesso do novo bairro no futuro.

Os alunos chegam à escola por meio de passarelas elevadas de madeira que cruzam a floresta de pinheiros, deixando a cidade para trás.

O edifício tem uma planta em S que formula dois espaços exteriores com orientações diferentes: uma praça de acesso à poente e um parque infantil à nascente. Todas as áreas exteriores são concebidas ou mantidas como espaços naturalizados, com raízes, troncos, ramos, folhas secas e pinhas. A interação com a natureza é priorizada, enquanto não existem quadras de esportes ou campos de futebol, pois o projeto busca criar relações serenas e iguais entre os alunos.

Por dentro, todas as salas de aula mantêm conexão visual com a natureza, que passa a ser o centro das atenções por não haver quadro-negro ou mesa do professor. Elas estão divididas em cinco áreas que os alunos podem acessar livremente de acordo com suas preocupações e necessidades: sensorial, de vida prática, de linguagem, de matemática e de estudos culturais.

A entrada de cada sala de aula é feita por um saguão com armários e bancos onde as crianças tiram os sapatos e tiram os casacos. O arco de baixa altura na parede indica que se está entrando em espaços projetados para a escala de uma criança.

Os espaços verticais de pé direito triplo permitem a entrada de luz e ventilação natural na escola, proporcionando espaço adicional e uma conexão visual transversal entre as salas de aula. A paleta do projeto inclui materiais com a menor pegada ecológica: barro cozido e madeira.

As paredes de sustentação do edifício são feitas de tijolo perfurado, enquanto a madeira é utilizada para a estrutura e os painéis da cobertura, bem como nos fechamentos internos e externos. A segunda fase, a cobertura verde ondulante do edifício descerá até ficar apoiada na cerca perimetral, permitindo que toda a construção desapareça sob a ‘manta verde’.

Via Ciclo Vivo

domingo, 9 de maio de 2021

Dispositivo converte qualquer bicicleta em bike elétrica

Imagine transformar qualquer bicicleta comum em um modelo elétrico. É o que possibilita o novo acessório portátil desenvolvido pelo designer de produto Somnath Ray nos Estados Unidos.

Batizado de Clip, o dispositivo deve ser acoplado na roda dianteira. Um controlador, conectado ao guidão, possibilita aumentar ou reduzir a velocidade conforme a necessidade. Ainda há um minúsculo motor e bateria. Desta forma, o equipamento pode ser guardado na mochila e levado para qualquer lugar. 

Um exemplo seria usá-lo para trabalhar. O ciclista se beneficiaria da função elétrica para subir ladeiras, o que evitaria muito esforço e, consequentemente, transpiração. Ao chegar ao destino, bastaria removê-lo da bicicleta e carregá-lo para ser utilizado novamente no retorno para casa. Em 40 minutos, o Clip é recarregado completamente.

O modelo foi pensado justamente para viajantes urbanos, sendo projetado para percorrer uma distância de 16 a 24 quilômetros em cerca de 45 minutos.

Além disso, o Clip foi criado para ser compatível com todas as bicicletas urbanas, inclusive para os modelos dos sistemas de compartilhamento de bike. Esta particularidade não é à toa, a empresa espera fazer parcerias com tais serviços em Nova York.

Mas uma má notícia para moradores de locais chuvosos: não é recomendado o uso do dispositivo em dias de chuva. Para tais casos, a empresa promete criar um segundo modelo mais adaptado a intempéries. 

Via Ciclo Vivo

sábado, 8 de maio de 2021

UFMT lança livro sobre tecnologias e arquiteturas indígenas em Mato Grosso






O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Tecnologias Indígenas, o Tecnoíndia, criado pelo professor da UFMT, José Afonso Botura Portocarrero, arquiteto com doutorado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, e pela antropóloga aposentada pela UFMT, Maria Fátima Roberto Machado, doutora pelo Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, está lançando uma nova obra, reunindo artigos produzidos ao longo de 20 anos de pesquisa e ensino sobre tecnologias e arquitetura indígenas em Mato Grosso.

Vinculado ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFMT, o Núcleo é coordenado pela professora Dorcas Araújo, chefe do Departamento, que também assina a obra como organizadora, e conta com mais 7 autores, entre professores como Ricardo Castor, professor-doutor pela USP, e Yara Galdino, professora-doutora pela UFRJ, e alunos da graduação e pós-graduação. Um belo e comovente depoimento de um índio Bakairi arquiteto, Jucimar Ipaikire, primeiro indígena arquiteto do Brasil e colaborador do Núcleo, fecha ricamente as contribuições do livro.

"Nosso livro não fala pelos outros, não representa os outros. Nós falamos por nós mesmos, procurando exercer o diálogo transdisciplinar, em uma universidade pública, em campos científicos que não perdem a sua identidade e são capazes de fazer contribuições coletivas, através do saber acumulado, refletido e renovado. Ele é um olhar sobre a capacidade dos povos indígenas de produzir conhecimento, de produzir tecnologia, expressa no valor arquitetônico das suas habitações." – Maria Fátima R. Machado

A antropóloga lembra que o livro é uma tentativa de ir além dos discursos vazios de inclusão, “que muitas vezes não fazem mais do que enfraquecer as vitórias que temos a obrigação de preservar e de levar adiante”. Ela abre os capítulos com o artigo “O grande cerco à casa ancestral”, um trabalho que reflete tanto sobre as disputas coloniais em Mato Grosso desde o século 18 até o futuro da “arquitetura sem arquitetos”. 

São 10 capítulos compostos por artigos que vão da arquitetura e antropologia às artes e à comunicação. A editora Entrelinhas já publicou outros trabalhos de membros do Núcleo: o já clássico “Tecnologias Indígenas em Mato Grosso: Habitação”, em sua segunda edição e uma primeira edição bilíngue, do professor José Afonso Botura Portocarrero, e duas obras da professora Maria Fátima R. Machado: “Museu Rondon. Antropologia e Indigenismo na Universidade da Selva”, que é o resultado do seu pós-doutorado pelo Museu Nacional, e “Diversidade Sociocultural em Mato Grosso”, organizadora da coletânea e coautora. 

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Via ArchDaily

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Cobertura do Museu de Belas Artes do Arkansas projetado pelo Studio Gang é concluída


Projetado pelo Studio Gang, em parceria com os paisagistas do SCAPE, e ainda com o Polk Stanley Wilcox Architects, o Museu de Belas Artes do Arkansas (AMFA), nos Estados Univos, acaba de atingir uma importante meta ao finalizar a construção de sua cobertura, elemento mais emblemático do projeto. Prolongando-se por toda a extensão do projeto, conectando blocos novos e os antigos, a grande laje de concreto será um símbolo desta que é a maior instituição cultural do estado de Arkansas.

Localizado em Little Rock, o Museu de Belas Artes do Arkansas é o lar de uma renomada coleção de arte, da Escola de Artes de Windgate e, ainda, de uma série de espaços expositivos variados. O edifício original foi construído em 1937, e outros anexos foram sendo adicionados com o passar dos anos, buscando acomodar novos programas e também a demanda crescente de visitantes. O novo projeto de expansão busca criar novas conexões e expandir a capacidade de atividades, enquanto cria novos espaços internos e externos, não só para eventos, mas também para os visitantes e para a comunidade.

"Ao trabalhar junto do Studio Gang e do SCAPE, estamos colocando em prática as ideias mais atuais sobre museus e espaços públicos, criando assim um novo paradigma que é centrado tanto na arte, quanto no público." – Victoria Ramirez, Diretora Executiva do AMFA

O projeto do Studio Gang redesenha a experiência dos museus a partir de uma combinação de novas construções e reformas dos edifícios existentes, construídos entre 1937 e 2000, buscando costurar os vários elementos dentro de uma nova arquitetura que seja coesa, e que demonstre essa nova identidade. A partir de um eixo central, um átrio flexível percorre todo o comprimento do edifício, por onde saem vários espaços expositivos, educacionais e performáticos, enquanto em suas duas extremidades o projeto define dois espaços públicos dedicados aos visitantes. A cobertura complementa esse átrio central e o expande para marcar as entradas do museu.

Os espaços reformados foram adaptados de acordo com os novos programas do museu. As estruturas mais intensas, de acordo com a análise de decomposição de carbono, foram mantidas intactas, enquanto outras foram reconfiguradas. Os arquitetos do Studio Gang deram nova vida à fachada Art Deco do edifício original de 1937, projetado pelo arquiteto H. Ray Burks, a qual foi absorvida pelo espaço interior ao longo dos anos.

Este projeto também adiciona um novo paisagismo no terreno do museu, assinado pelos arquitetos do SCAPE.O projeto paisagístico intensifica a conexão entre o AMFA e seu entorno, também garantindo novos espaços de encontro. O projeto apresenta uma seleção diversa de plantas locais e seu desenho ecoa a linguagem da cobertura. 

Apesar dos desafios da pandemia, a construção conseguiu de manter em dia e o museu tem inauguração prevista para maio de 2022. 

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Via ArchDaily

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Grande Museu Egípcio junto às pirâmides de Gizé está pronto para ser inaugurado



Projetado pelo escritório de arquitetura irlandês Heneghan Peng, o tão aguardado Grande Museu Egípcio—uma estrutura inteiramente dedicada à egiptologia e implantada junto às grandes pirâmides do Egito—, deverá finalmente ser inaugurado no próximo verão. A apenas 2 km de distância das pirâmides de Gizé e considerado o maior museu do mundo dedicado a uma única civilização, o complexo cultural do Grande Museu Egípcio está sendo construído para abrigar uma coleção de aproximadamente 100.000 artefatos antigos, cobrindo uma área total de 24.000m² além de contar com um museu infantil anexo, um centro de conferências, espaços educacionais, um núcleo de conservação e restauração assim como extensos jardins paisagistas dentro e fora do edifício principal.

O projeto para o Grande Museu Egípcio foi escolhido através de um concurso internacional de arquitetura organizado pelo governo egípcio em 2003, no qual o escritório irlandês recebeu o primeiro prêmio. Além da equipe de arquitetura do Heneghan Peng, o projeto inclui também uma equipe de mais de 300 pessoas e 13 empresas de 6 diferentes países. 

Para o desenvolvimento do projeto executivo, o escritório irlandês contou com a colaboração do BuroHappold Engineering e da equipe de engenharia da Arup. A West 8, por sua vez, esteve comprometida com o desenvolvimento do projeto de paisagismo e do plano diretor para o local, enquanto a empresa alemã Atelier Brueckner foi contratada para desenvolver o projeto da galeria expositiva dedicada a Tutancâmon, o projeto da praça e da grande escadaria de acesso assim como do museu infantil.

A topografia do terreno junto ao sítio arqueológico de Gizé, o qual cobre uma área de mais de 500.000 metros quadrados, é definida por uma diferença de nível de até 50 metros–escavada na paisagem pela contínua passagem das águas do Nilo. Enquanto as três pirâmides ficam em pleno deserto, o edifício do museu encontra-se encaixado entre o vale do Nilo e o planalto das pirâmides, operando como um elemento de conexão entre duas zonas geológicas diferentes.

Devido à diferença de nível entre a praça de acesso e o planalto das pirâmides, o projeto do museu foi concebido como uma espécie de “ponte”, o qual é caracterizado por uma extensa fachada translúcida, como um filtro arquitetônico que se transforma ao longo do dia e da noite. O projeto do edifício foi estruturado a partir de uma série de eixos visuais importantes—os quais evidentemente deveriam ser preservados. O desenho da estrutura do museu, por outro lado, procura incorporar a topografia única do terreno e assim, oferecer uma experiência espacial “ascendente”, um percurso que parte do vale e culmina no famoso planalto das pirâmides de Gizé. Na chagada ao local, os visitantes são convidados a entrar no museu através de uma praça seguida de uma escadaria monumental, a partir da qual é possível acessar cada uma das galerias expositivas. Ao final do percurso, no ponto mais alto do museu, os visitantes são premiados com uma estonteante vista panorâmica para as pirâmides.

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Via ArchDaily

quarta-feira, 5 de maio de 2021

4º Prêmio de Design Instituto Tomie Ohtake Leroy Merlin: inscrições abertas

Estão abertas as inscrições do 4º Prêmio de Design Instituto Tomie Ohtake Leroy Merlin, voltado a universitários e recém-formados de todas as áreas. A ideia é premiar propostas que destaquem e concebam a relação do design com outras áreas, como comunicação, arquitetura, biologia, engenharia, moda, tecnologia, economia, física, educação, matemática, química, entre outras. O tema da quarta edição é o verbo acolher.

10 proponentes serão selecionados e ganharão a verba de R$ 6.000,00 cada para a realização do protótipo de seu projeto que será exposto no Instituto Tomie Ohtake. Além disso, três projetos, dentre aqueles presentes na exposição, receberão como prêmio cursos livres em instituições internacionais (com passagem, hospedagem e alimentação inclusos). Compõem o júri da presente edição Cláudia Zacar (Curitiba - PR), Diego Mauro (Salvador - BA), Érico Gondim (Fortaleza - CE), Iran Pontes (Recife - PE) e Sâmia Batista (Belém - PA). As inscrições, que seguem até o dia 31 de maio, são gratuitas e podem ser feitas pelo site do Instituto.

Com perfil distinto das usuais premiações de design, o Prêmio de Design Instituto Tomie Ohtake Leroy Merlin tem uma proposta inovadora: abdicando de categorias, propõe a cada edição um tema-desafio a estudantes universitários. A partir desse tema, projetos podem ser inscritos por universitários e recém-formados de qualquer área, não se restringindo somente a jovens designers. A ideia é premiar propostas que destaquem e concebam a relação do design com outras áreas, como arquitetura, biologia, engenharia, moda, tecnologia e ciências sociais.

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Via ArchDaily

terça-feira, 4 de maio de 2021

Rafael Moneo ganha Leão de Ouro da Bienal de Veneza




O arquiteto espanhol Rafael Moneo vai receber o Leão de Ouro pelo conjunto da sua obra, durante a 17ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza. O anúncio foi feito na última quarta-feira, 28, pela organização. Educador, crítico e teórico, Moneo receberá o prêmio no dia 22 de maio, em uma cerimônia para divulgação de todos os premiados, incluindo a arquiteta Lina Bo Bardi.

“Rafael Moneo é um dos arquitetos mais inovadores de sua geração. Ao longo de sua longa carreira, tem mantido uma proeza poética, lembrando-nos dos poderes da forma arquitetônica para expressar, moldar, mas também para perdurar. Ele também tem sido tenazmente comprometido com a arquitetura como um ato de construção”, diz parte do comunicado de Hashim Sarkis, arquiteto e curador da bienal italiana.

Famoso pelo estilo modernista de suas obras e projetos que consideram o contexto do ambiente, Rafael Moneo foi influenciado por seu pai, um designer industrial, a seguir carreira na arquitetura. Formou-se em 1961 pela Escola Técnica Superior de Madri e, posteriormente, foi nomeado presidente do Departamento de Arquitetura da Escola de Design da Universidade de Harvard,nos Estados Unidos, cargo que ocupou até 1990.

Alguns dos projetos mais conhecidos de Moneo são: a transformação do Palácio Villahermosa em um museu na cidade de Madri; a Fundação Pilar e Joan Miró, em Palma de Mallorca; o Edifício Diagonal em Barcelona; os Museus de Arte Moderna e Arquitetura de Estocolmo, Suécia; o Auditório e Centro de Congressos Kursaal em San Sebastián; a Extensão do Museu do Prado, o Souks, em Beirute; o prédio de ciência da Universidade de Columbia, em Nova York e o Instituto de Neurociência da Universidade de Princeton.

Via Casa Vogue