O design foi inspirado na paisagem do deserto, e conta com cinco cabines diferentes, dispostas em um semicírculo. Cada uma destas cinco estruturas pode ser operada de maneira independente, como se fossem miniterminais, e a ideia é que algumas sejam fechadas durante a baixa temporada para poupar gastos energéticos.
Falando em energia, o aeroporto será 100% operado utilizando fontes renováveis. Além disso, o telhado dos terminais foi pensado para oferecer o máximo possível de sombra e refrescar tanto a área externa quanto o interior do aeroporto, reduzindo também a necessidade de sistemas de ar-condicionado. O Foster+Partners espera que o projeto consiga uma certificação LEED Platinum, a mais alta na escala do ranking.
Cada uma das cabines conterá restaurantes e centros de spa para os passageiros, e os espaços entre elas serão arborizados. Os espaços auxiliares do aeroporto — como centrais de logística e instalações de manuseio de bagagem — ficarão localizados ao longo de duas asas principais, que se projetam em direções opostas a partir das cabines. Segundo o estúdio, esta configuração também foi pensada para reduzir a demanda energética. O Red Sea International Airport deve ser finalizado no próximo ano.
Além do aeroporto, o Foster+Partners também desenhará um hotel flutuante no Mar Vermelho como parte do projeto, o Ummahat AlShaykh Hotel 12. O espaço terá uma série de chalés elevados que contarão com suítes, além de restaurantes e espaços de estar. E não para por aí, o estúdio britânico também desenhará um resort chamado Coral Bloom para o projeto, que englobará 11 hotéis na ilha de Shurayrah e promete se misturar naturalmente à paisagem marinha da região. O Red Sea contará, ainda, com hotéis desenhados por Kengo Kuma.
No ano passado, a construção de aeroportos gerou um desentendimento entre o Foster+Partners e o grupo de conscientização ambiental "Architects Declare", que advoga por práticas sustentáveis na indústria da arquitetura e construção. Apesar de ser um dos membros co-fundadores, o escritório deixou o movimento em dezembro de 2020. O "Architects Declare" não incentiva seus membros a seguirem construindo projetos de aviação, por considerar a indústria altamente poluente, o que levou à discussões públicas entre o grupo e escritórios como o Foster+Partners e o Zaha Hadid Architects.
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