sábado, 29 de fevereiro de 2020

Técnica permite cultivar jardim urbano sem irrigação

Como lidar com a aridez das grandes cidades? É certo que precisa de mais verde, porém como driblar a escassez de água? Quem se responsabiliza pelo cuidado? A falta de manutenção dos jardins verticais no Minhocão, na capital paulista, por exemplo, levaram alguns moradores a pedirem a retirada na Justiça. Um experimento que está sendo realizado em Sharjah, cidade dos Emirados Árabes Unidos, pode servir de inspiração: adaptar técnicas e espécies às condições climáticas.

O clima em Sharjah é desértico quente e seco. A temperatura ultrapassa facilmente os 40°, a mínima não cai mais de 10° e as chuvas são raridade. Em tais condições, como árvores podem sobreviver? A resposta está no próprio deserto. Ao lado de uma escola desativada da cidade, um projeto experimental plantou espécies típicas do deserto. Os cultivos são cercados por bacias de areia de diferentes formas e tamanhos, construídas com solo local e entulhos da escola.

Técnica
Cada bacia forma um microclima perfeito, que otimiza a umidade do ar e a umidade extraída do lençol freático. É uma técnica antiga que garante a não necessidade de irrigação, segundo os idealizadores do projeto – o escritório de arquitetura Cooking Sections, com sede em Londres, e a empresa de engenharia AKT II, também inglesa.

“Ao usar montes de terra ou construções de pedra seca, essas tipologias controlam as variações de vento, umidade e calor para reduzir o estresse hídrico das plantações ou fazer a água condensar naturalmente, afirmaram os co-fundadores da Cooking Sections, Daniel Fernández Pascual e Alon Schwabe, à Dezeen.

Experimento em Sharjah
Batizada de Becoming Xerophile, a instalação usa plantas xerófilas, ou seja, adaptadas aos ambientes muito secos. Para a dupla de arquitetos, o projeto explora maneiras de apreciar as paisagens desérticas, uma vez que consideram as representações ocidentais de tais regiões muito estereotipadas. Geralmente, segundo a descrição do projeto, elas são retratadas como “paisagens mortas ou vazias” e a ideia foi justamente usá-las para trazer vida para a cidade desenvolvendo um novo modelo de jardim ornamental, urbano e sem água.

O modelo foi construído ao lado da Escola Al-Qasimiyah, que serviu como sede principal da primeira edição da Trienal de Arquitetura de Sharjah realizado entre novembro de 2019 a fevereiro de 2020.

Os nove microambientes criados estão equipados com sensores que medem chuva, radiação solar, velocidade e direção do vento, temperatura do ar, umidade relativa, umidade do solo e umidade das folhas. Cada um será monitorado até a próxima trienal em 2022 e o que apresentar melhor desempenho poderá ser replicado em outros locais. “Embora nem todos os experimentos levem a resultados perfeitos, eles sempre fornecem informações valiosas para aplicativos futuros e mais desenvolvidos”, afirmou Adiam Sertzu, do AKT II, à Dezeen.

Via Ciclo Vivo

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Entenda como Veneza foi construída

Seja do ponto de vista do turista francês, da narrativa do filósofo Jean Paul Sartre, ou como ponto de partida das investidas desbravadoras de Marco Polo em suas Viagens, a cidade de Veneza faz parte de um imensurável repertório literário global, ocupando o lugar de objeto misterioso e belo que instiga qualquer um que se disponha a experienciá-la. Ela figura em livros de artes e história, quando o foco está nas grandes obras de arquitetura e artes visuais que a cidade carrega, ou quando há interesse nas divergentes e lendárias narrativas que dizem respeito à sua origem. Nos livros de ficção, a áurea calma de seus canais, as pequenas vielas, as cores e texturas de sua paisagem são plano de fundo para uma miríade de histórias imaginadas.

Apesar disso, Veneza é uma cidade que não se revela de imediato a um olhar desatento de passagem. Ao contrário do que sugere o alto fluxo de turismo de curta permanência que percorre o perímetro da Praça de São Marco em poucas horas e posa para uma foto com a vista da Ponte do Rialto, trata-se de uma cidade com inúmeras situações de interesse, edifícios e coleções artísticas impressionantes, uma população local resistente, tradições que buscam seu espaço de reafirmação, e uma história que fala de uma verdadeira empreitada técnica, isto é, construir uma cidade em um pântano, feito que rende à cidade um lugar em mais uma seção das bibliotecas: a de engenharia.

O relato preciso dessa história retoma o contexto do território que hoje conhecemos como a Itália no século V. Em meio à constante ameaça das guerras de expansão que colocavam em risco o norte desse território, a população se viu coagida a encontrar um novo local para a fundação de uma cidade que pudesse garantir isolamento e segurança em relação a este cenário. Do leste, vinha Átila com seu exército de hunos na empreitada de tomar a Europa central. Cem anos mais tarde, a pressão continuava imposta pelos povos eslavos e lombardos que tomavam direção para o norte. Foi esse contexto de verdadeiro cerco territorial que justificou a escolha por um lugar tão inóspito e aparentemente impossível de ocupar.

A laguna situada entre a terra firme e o Mar Adriático parecia representar um espaço seguro, que dificilmente seria acessado pelo invasor. No entanto, fundar uma cidade representava um desafio enorme em uma região pantanosa com pouquíssimas áreas secas, completamente tomada pela água e suas dinâmicas próprias. Àquela altura, sem dúvidas, a água era o problema a se enfrentar, o maior obstáculo para a consolidação de qualquer ocupação. Para isso, recorrendo a técnicas de antigos produtores de sal, os primeiros envolvidos com a fundação da cidade elegiam porções de terra seca sobre a água (pequenas ilhotas) próximas umas às outras e, no seu perímetro comum, delimitavam quadrantes com estacas de madeira colocadas muito rentes entre si. Essa técnica de recuperação de terra permitia secar as áreas demarcadas no pântano a partir da escavação de canais que permitiam o escoamento da água, estabelecendo, assim, as condições mínimas para a construção.

Para conferir a matéria completa, Vale o Clique!

Via ArchDaily

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

O vencedor do Prêmio Pritzker 2020 será anunciado no dia 3 de março

A Fundação Hyatt divulgou a data do anúncio do Prêmio Pritzker 2020. O reconhecimento mais relevante em arquitetura será anunciado na próxima terça-feira, 3 de março, às 10h EST.

Os premiados anteriores incluem alguns dos nomes mais significativos da arquitetura, entre eles Rem Koolhaas, Zaha Hadid, Philip Johnson, SANAA, Oscar Niemeyer, Norman Foster, Peter Zumthor, Toyo Ito, Alejandro Aravena e, mais recentemente, Arata Isozaki.

Via ArchDaily

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

LEGO da Roma Antiga recria a capital do Império

A obra que você irá ver é uma incrível criação do artista Rocco Buttliere, que chama o set de SPQR (Senatus Populusque Romanus), que significa “O Senado e o Povo de Roma”.

Como podemos observar, é inspirado na planta de uma das mais antigas civilizações da humanidade.

Depois de conferir toda a coleção de imagens desta criação, você certamente ficará impressionado.

São mais de 66 mil peças de LEGO para criar esta representação histórica da cidade italiana. É como se observássemos uma obra de arte em 3D de como era a cidade antigamente.

Foi construída em escala 1:650, medindo 231 x 137 centímetros. Rocco levou mais de 300 para pesquisar e conceituar a construção e mais de 220 horas para concluir.

Você pode conhecer o perfil do artista no Flickr para mais detalhes da construção.

O artista construiu esta peça para ficar em exposição no Museu da Imaginação, em São Paulo. Se você estiver na capital paulista, dá para conferir de perto!

Via Engenharia É


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Aeroporto Internacional de Daxing, em Pequim, foi inaugurado e possui o maior terminal do mundo



Decolou o primeiro e brilhante voo do Aeroporto Internacional de Daxing, em Pequim. A construção só começou há apenas cinco anos.

Projetado pelo renomado arquiteto Zaha Hadid, Daxing é um feito arquitetônico. O aeroporto inteiro se assemelha a um alienígena marrom de seis pernas se visto de cima pra baixo.

É impressionante e elegante por dentro e por fora.

O Daxing se unirá ao Aeroporto Changi de Cingapura ou do Aeroporto Hamad do Qatar, para ser considerado o melhor do mundo?


Aeroporto de Daxing em números

Com um custo de construção de 80 bilhões de yuans (US$ 11 bilhões), o aeroporto se estende por 47 quilômetros quadrados e possui um terminal de 700.000 metros quadrados – o maior do mundo até o momento.

Para manter a eficiência na vanguarda de suas operações, o portão mais distante da zona de verificação de segurança central é uma curta caminhada de oito minutos, ou 600 metros.

Haverá mais de 70 restaurantes diferentes no aeroporto, além de casas de chá e café, e 36 marcas internacionais irão abrigar suas lojas no aeroporto.

Construído para facilitar o tráfego do Aeroporto Internacional da Capital de Pequim (BCIA), conhecido por atrasos e superlotação, o Daxing começará a lidar com 45 milhões de passageiros por ano. Esse número aumentará para 72 milhões em 2025 e para 100 milhões em 2040.

A localização de Daxing, ao sul de Pequim, inicialmente provocou críticas por estar muito longe do centro da cidade. No entanto, a jornada de 46 km não será tão árdua ou demorada quanto os viajantes originalmente pensavam. Um trem expresso do aeroporto, partindo a cada seis minutos e meio da estação Caoqiao de Pequim. Levará apenas 19 minutos para chegar ao aeroporto.

Uma vez no aeroporto, os 400 quiosques de check-in de autoatendimento (mais de 80% de todos os check-ins serão de autoatendimento) tornarão o processo ainda mais rápido. Além disso, como Daxing está localizada ao sul da capital, 10 a 15 minutos serão diminuídos dos vôos direcionados ao sul.


Segundo a Administração da Aviação Civil da China, mais de 600.000 empregos serão gerados graças ao novo aeroporto.

Se alguma dessas figuras não foi suficiente para impressioná-lo com esse feito fenomenal de planejamento, deixe as imagens a seguir falarem por si mesmas – provando que o Daxing é visualmente espetacular, por dentro e por fora.

O visual suave e elegante que Zaha Hadid Architects adotou faz com que o interior do aeroporto pareça pertencer a um filme espacial de ficção científica.

Existem cinco jardins tradicionais chineses no final de cada um dos salões. Seguindo os princípios da arquitetura tradicional chinesa, as estruturas menores são baseadas em um grande pátio central.

Via Engenharia É

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Union Flats é um conjunto habitacional com certificação LEED Platinum

 A arquitetura pré-fabricada e a eficiência energética andam de mãos dadas no Union Flats, um dos maiores empreendimentos habitacionais modulares concluídos no norte da Califórnia. Localizada em Union City, em frente a uma nova praça pública e à estação BART, a comunidade orientada ao trânsito celebra a capacidade de caminhar e o ar livre com suas comodidades e proximidade com o espaço verde. Concluído em agosto de 2018 por David Baker Architects, o projeto movido a energia solar obteve a certificação LEED Platinum e inclui 40 lofts flexíveis de trabalho – um novo tipo de moradia para Union City.

Abrangendo uma área de quase 27 mil metros quadrados, o Union Flats é uma comunidade de alta densidade com 243 casas de aluguel modernas e práticas. O projeto foi desenvolvido como parte de um plano mestre orientado para o trânsito, que inclui o Station Center Family Housing, um conjunto habitacional acessível e premiado, concluído pelo DBA em 2012. Assim como o Station Center Family Housing, o Union Flats enfatiza uma paisagem urbana ativa e vibrante – um passeio paisagístico é compartilhado entre os dois empreendimentos – com recursos que incluem alpendres elevados que se conectam diretamente à calçada, calçadas mais amplas e pátios ao nível do solo.

Há um amplo pátio central, que apresenta uma grande piscina, além de pavilhões com telhados verdes que abrigam bem-estar, trabalho em conjunto, lounge residencial e espaços para lavagem de cães, além de um escritório de leasing. Na parte traseira do local, há uma garagem embutida com 244 vagas para estacionamento e 184 vagas para bicicletas. A garagem é estrategicamente colocada para proteger as unidades do som dos trilhos adjacentes. O projeto do edifício também foi informado por estudos solares para mitigar ganhos solares indesejados.

O Union Flats foi construído com uma variedade de tipos de construção pré-fabricados: conjunto modular sobre uma fundação.. A Guerdon Enterprises fabricou os 388 componentes modulares em Boise, Idaho, enquanto as fundações estavam sendo lançadas em Union City. Um guindaste gigante foi usado para montar os componentes a uma taxa de cerca de 12 por dia. Confira!

Via Engenharia É



sábado, 15 de fevereiro de 2020

Artista celebra o patrimônio moderno de Goiânia com série de ilustrações

O artista André Chiote compartilhou conosco sua mais recente série de ilustrações, desta vez, retratando a arquitetura art déco e moderna de Goiânia. Realizadas a pedido 31º Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, promovido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica na capital goiana, as ilustrações de Chiote fazem uso das cores do logotipo oficial do congresso para representar alguns dos ícones mais celebrados do patrimônio de Goiânia.

Veja, a seguir, a releitura de Chiote de obras como o Teatro Municipal, a Estação Ferroviária, o Centro Cultural Oscar Niemeyer e a Torre do Relógio. Vale o Clique!

Via ArchDaily



sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Nova Iorque aprova a construção do jardim projetado pelo Snøhetta no 550 Madison

A Comissão de Planejamento de Nova Iorque aprovou por unanimidade a construção do 550 Madison Garden, projetado pelo escritório norueguês Snøhetta. O projeto que busca reinventar este espaço público recebeu recentemente aprovação pelo Conselho Comunitário de Manhattan.

O projeto do Snøhetta para este espaço público "repensa a área como um amplo jardim com densa vegetação". O 550 Madison, projetado por Philip Johnson e John Burgee, foi construído originalmente em 1984. O edifício pós-moderno, adquirido pelo Grupo Olayan em 2016, passará por reformas, adaptando seus interiores às necessidades de uma torre de escritórios atual. O projeto, que tem previsão de inauguração para este ano, receberá as certificações LEED Platinum e WELL Gold.

"A ideia de Philip Johnson e John Burgee para o 550 Madison era criar não apenas um edifício corporativo único, mas um equipamento comunitário digno e atraente, com um espaço público convidativo. O Snøhetta está reinterpretando esta visão para o espaço aberto com um novo jardim público que tornará East Midtown um lugar ainda mais vibrante." - Erik Horvat, Diretor Administrativo de Imóveis da Olayan America.

Mais detalhes, Vale o Clique!

Via ArchDaily

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Beatriz Colomina recebe o Prêmio Ada Louise Huxtable

A historiadora e curadora de arquitetura Beatriz Colomina recebeu o Prêmio Ada Louise Huxtable de 2020 do W Awards por sua contribuição ao campo da arquitetura. Professora de História da Arquitetura e co-diretor do Programa de Mídia e Modernidade da Universidade de Princeton, Colomina é uma profissional de renome internacional que vem produzindo uma extensa obra sobre questões que envolvem arquitetura, arte, tecnologia, sexualidade e mídia.

Anteriormente conhecido como Women in Architecture, o W Awards, concedido em associação com o The Architectural Review e o Architects 'Journal, reconhece as contribuições das mulheres para a profissão, promove modelos para as jovens que iniciam suas carreiras e incentiva o respeito, a diversidade e a igualdade na prática arquitetônica. Manon Mollard, editor da The Architectural Review, disse: "A rica e rigorosa carreira de Beatriz Colomina moldou a maneira como pensamos sobre arquitetura, com destaque para Sexuality & Space - um texto ainda muito necessário na educação da arquitetura. Seus escritos, curadoria e ensino têm sido parte da espinha dorsal da teoria da arquitetura por muitos anos e continuarão a inspirar as próximas gerações."

Colomina recebeu diversos prêmios e bolsas, incluindo as bolsas de estudos Samuel H. Kress da CASVA, da SOM Foundation, da Le Corbusier Foundation, da Graham Foundation, da CCA, da American Academy em Berlim e do Getty Center em Los Angeles. Faz parte do conselho consultivo de várias instituições, incluindo a Fundação Norman Foster em Madri, a Bienal de Design de Istambul, o Instituto de Inovação e Estratégias Criativas em Arquitetura em Lyon, ARCH + em Berlim, o Centro de Estudos Arquitetônicos Críticos de Oslo (OCCAS), Beyond Media em Florença e The Storefront for Art and Architecture em Nova Iorque.

Via ArchDaily

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Iphan oferece 10 bolsas de estudo para mestrado profissional em preservação do patrimônio

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan abriu inscrições para 10 bolsas de Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural. Os interessados em participar do processo seletivo podem se inscrever até o dia 02 de março de 2020.

O objetivo do Mestrado é formar, de modo interdisciplinar, profissionais para o campo da preservação do patrimônio cultural, considerando a diversidade de disciplinas, questões e objetos envolvidos, assim como as particularidades regionais. Pretende-se capacitar o aluno para a análise crítica, formulação e desenvolvimento de ações de preservação, a partir de um conhecimento geral e abrangente que envolva aspectos sociais, históricos, jurídicos e tecnológicos aplicados ao campo.

A especificidade da proposta do Programa é a associação de atividades práticas profissionalizantes aos conteúdos teórico-metodológicos. O aluno tem a oportunidade de um contato cotidiano prático com diferentes abordagens de preservação do patrimônio cultural, com uma bibliografia especializada, além de participar dos módulos de aulas e demais encontros.

O Mestrado Profissional associa as práticas de preservação nas unidades da Instituição, distribuídas no território nacional, ao aprendizado teórico-metodológico e à pesquisa. O início das atividades será dia 03 de agosto de 2020.

Para mais informações, acesse o Edital. Vale o Clique!

Via ArchDaily

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Escola de Arquitetura de Taliesin de Frank Lloyd Wright fechará as portas após 88 anos de atividades

A Escola de Arquitetura de Taliesin, um dos ícones da arquitetura moderna americana projetado por Frank Lloyd Wright – onde o arquiteto morou e lecionou periodicamente entre 1937 e 1959 –, anunciou que fechará as suas portas depois de 88 anos de atividades. A notícia, recentemente publicada pela Architecture Magazine, chega como um balde de água fria. Ao longo dos últimos anos a Escola passou por um longo e árduo processo para manter a sua acreditação como Instituição de Ensino Superior, a qual foi renovada no ano de 2017. Entretanto, a Escola de Arquitetura de Taliesin não conseguiu chagar a um acordo com a Fundação Frank Lloyd Wright, responsável pela gestão e manutenção do famoso edifício projetado por Wright no deserto do Arizona.

Este é o comunicado de imprensa publicado recentemente pela Escola de Arquitetura anunciando o encerramento definitivo de suas atividades.

A Escola de Arquitetura de Taliesin, uma das mais inovadoras instituições de ensino e um dos mais icônicos projetos de arquitetura de todos os tempos, está sendo fechada para sempre. A Escola de Arquitetura de Taliesin encerrará as suas atividades no final deste semestre de inverno. Em reunião realizada no último sábado, depois de uma longa batalha e sem chegar a um acordo com a Fundação Frank Lloyd Wright, o Conselho Administrativo decidiu pelo fechamento da Escola.

Fundada em 1932 pelo famoso arquiteto americano Frank Lloyd Wright, a Escola de Arquitetura de Taliesin representa um importante capítulo na história da arquitetura americana. Alguns dos mais importantes e reconhecidos arquitetos dos Estados Unidos e do mundo todo passaram pelas salas de aula da antiga Escola de Arquitetura Frank Lloyd Wright. Em 2017, no crepúsculo da instituição, ela chegou a ser renomeada Escola de Arquitetura de Taliesin. Os alunos da Escola de Arquitetura dividiam seu tempo na estrutura de Taliesin Oeste, em Scottsdale, Arizona, e Taliesin, em Spring Green, Wisconsin.

A Escola de Arquitetura de Taliesin desempenhou um papel fundamental no ensino e desenvolvimento da arquitetura nos Estados Unidos. Taliesin Oeste era a residência de inverno da família Wright. Junto com a sua esposa Olgivanna, Frank Lloyd convidada seus principais pupilos para passar os semestres de invernos em sua casa no deserto do Arizona. Com o tempo, o estúdio de Taliesin Oeste se transformou em Escola de Arquitetura, onde o arquiteto e seus alunos desenvolveram alguns dos mais importantes projetos de Wright, incluindo a Casa da Cascata e o Museu Guggenheim de Nova Iorque.

“Este é um dia triste não apenas para nossos alunos e funcionários. É um dia sombrio para todos os arquitetos e arquitetas. Com muito pesar estamos divulgando esta notícia, de que não chegamos a nenhum acordo com a Fundação Frank Lloyd Wright e por isso a Escola de Arquitetura de Taliesin fechará as suas portas e encerrará as suas atividades de forma definitiva. Sempre estivemos comprometidos em dar continuidade ao trabalho de Frank Lloyd Wright, transmitindo o seu legado às novas gerações de arquitetos. O espaço construído não é o único legado deixado por Wright, mas principalmente a sua maneira de encarar a atividade profissional e educar seus alunos para a vida, era isso que procurávamos transmitir às novas gerações”, disse Dan Schweiker, Presidente do Conselho Administrativo da Escola de Arquitetura de Taliesin.

“O fechamento da escola é uma notícia devastadora para todos os nossos alunos, professores e funcionários, para cada um de nós. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para manter vivo o legado de Frank Lloyd Wright através da Escola de Arquitetura de Taliesin, mas infelizmente, chegamos ao fim da linha”, afirmou Schweiker.

A Escola de Arquitetura de Taliesin seguirá com suas atividades durante o primeiro semestre de 2020 e fechará as suas portas de forma definitiva no final do ano acadêmico, em junho deste ano. Atualmente, existem aproximadamente trinta alunos matriculados em Taliesin. Neste momento, a Escola de Arquitetura de Taliesin está trabalhando em parceria com a Escola de Design da Universidade do Arizona para que seus alunos possam dar continuidade à seus estudos.

Por décadas, os estudantes de Taliesin dividiam seu tempo entre o Arizona e o Wisconsin, morando e estudando na própria estrutura da Escola. Em Scottsdale, eles passavam os meses de inverno. Esta estrutura organizacional da escola era exatamente o que diferenciava Taliesin das outras instituição de ensino de arquitetura do país e do mundo. Aqui os alunos projetavam mais do que apenas edifícios. Taliesin era uma escola para a vida. Aqui, os alunos viviam como uma família.

A Escola de Arquitetura de Taliesin funcionava como uma entidade independente e separada da Fundação Frank Lloyd Wright e havia sido credenciada pela Comissão de Ensino Superior dos Estados Unidos, pelo Conselho Nacional de Arquitetura e pelo Conselho Estadual de Educação do Arizona. A Escola gozava de todos os direitos de uma Instituição de Ensino Superior, tanto no estados do Arizona quanto em Wisconsin. “Neste momento histórico tão complexo, a escola e nossos alunos nos proporcionaram muita paz. Fico realmente abatido com o fato de que não conseguimos chegar à um acordo para dar continuidade a este trabalho”, disse Jacki Lynn, membro do Conselho Administrativo da Escola de Arquitetura de Taliesin.

Via ArchDaily

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Tadao Ando divulga imagens do Museu de Arte He em construção na China

Tadao Ando Architect & Associates revelou o projeto para o He Art Museum (HEM), o primeiro museu de arte dedicado à cultura regional de Lingnan, no sul da China. Com abertura prevista para 21 de março de 2020 e com uma exposição inaugural com curadoria de Feng Boyi, intitulada From The Mundane World, o museu projetado por Tadao Ando se tornará uma porta de entrada para as artes.

Localizado em Shunde, província de Guangdong, no sul da China, o HEM, fundado por He Jianfeng, abrigará a extensa coleção particular da família He, composta por mais de 400 obras de arte e encomendas de renomados artistas internacionais e chineses. O Museu de Arte também incluirá uma ópera cantonesa e um restaurante de culinária também cantonesa.

"Quero criar um museu que possa sintetizar as diversas culturas ricas do sul da China, que se estendem por muitos milênios ,e as influências que deram origem à arquitetura Lingnan. Imaginei o HEM como um ponto de ancoragem central e energético para todos os costumes artísticos e regionais, clima, paisagem e civilização de Lingnan. Espero que o HEM possa se tornar o coração da cultura Lingnan, não apenas em Shunde, mas em toda a Grande China. Estou ansioso para ver as obras de arte e os programas ativarem o edifício, estimulando pensamentos provocantes com espaços e arte de alta qualidade." - Tadao Ando

Inspirando-se no contexto arquitetônico e cultural local, Tadao Ando imaginou um lugar harmônico. De fato, o arquiteto autodidata, baseou sua abordagem conceitual na "cosmologia chinesa antiga, filosofia, uso da luz no estilo ocidental e o terreno de Lingnan". Em sua composição, a luz natural é proeminente fluindo da abertura zenital central para os espaços de exibição. Com sua forma circular, esse átrio que abriga duas escadas de dupla hélice “remetendo aos princípios da arquitetura tradicional chinesa e criando uma interpretação moderna que pode revigorar o patrimônio arquitetônico do leste e do oeste”.

Replicando os pavilhões à beira-mar encontrados no patrimônio de Lingnan, o arquiteto criou um lago que envolve o edifício e marca o caminho de entrada. Além disso, todos os espaços para exposições são circulares, exceto a galeria quadrada no térreo, que inclui uma livraria de planta livre e um café. O projeto possui um espaço educacional flexível de 300 metros quadrados. Finalmente, o HEM é servido pela estação ferroviária de alta velocidade sul de Guangzhou e está situado próximo a quatro aeroportos internacionais. Vale o Clique!

Via ArchDaily



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

7 Concursos anuais que todo estudante de arquitetura deveria participar pelo menos uma vez

Quando você está acostumado com o ritmo árduo na escola de arquitetura, as férias podem bater em você como a chuva em um dia quente - bom no início, mas terrivelmente irritante após algum tempo. Enquanto os primeiros dias passaram com você recuperando o do sono perdido e os episódios de Game of Thrones, você percebe que, em breve, você estará enlouquecendo com nada para absorver toda a sua energia contida.

É aqui que os concursos de arquitetura são úteis. Eles fornecem uma saída construtiva enquanto são profundamente cativantes, evitando que fosse passe o dia no Youtube vendo se o Buzzfeed carregou um novo vídeo. Além disso, o fato de você não estar mais limitado pelo seu professor de projeto ou pelo currículo da escola, permite que você experimente de forma criativa. Com diversos concursos internacionais acontecendo o tempo todo, você pode escolher de acordo com seus interesses individuais e da quantidade de tempo que deseja dedicar. No entanto, o grande número de concursos disponíveis pode também ser altamente confuso. Confira a Lista de Concuros que, Vale o Clique!

Via ArchDaily

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Instituto global elege BRT de Curitiba um dos projetos mais influentes do mundo

Rede Integrada de Transporte de Curitiba foi listada como um dos 50 projetos mais influentes dos últimos 50 anos, de acordo com o Instituto de Gerenciamento de Projetos – o Project Management Institute (PMI), uma organização global com presença em mais de 160 países. O sistema curitibano chegou a influenciar mais de 200 outras cidades, que adotaram a mesma lógica de mobilidade implantada durante a gestão do ex-prefeito Jaime Lerner, arquiteto e urbanista, nos anos 1970.

Idealizada sob o comando do arquiteto e urbanista Carlos Ceneviva, com atuação de diversos outros arquitetos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, a rede de transportes é usada como exemplo até hoje, em cidades como Seoul, Bogotá e a Cidade do México. De acordo com Jonas Rabinovitch, conselheiro do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas (ONU) que atuava como arquiteto e urbanista na cidade durante a implantação do BRT, o sistema contempla soluções para o transporte público mesmo quando a população da cidade está perto de atingir as duas milhões de pessoas.

“Com paradas elegantes, faixas dedicadas e opções de pré-pagamento, o sistema de transporte rápido de ônibus (BRT) de Curitiba então deu à luz o que agora é um grampo de infraestrutura em cidades ao redor do mundo”, diz o texto do PMI. “Os ônibus circulavam em corredores dedicados, ladeados por faixas para outros veículos e complementados por estações semelhantes a tubos e bilhetes pré-pagos.”

Depois que o primeiro corredor de BRT de 20 quilômetros (12 milhas) foi aberto em 1974, o número de passageiros aumentou gradualmente. O BRT de Curitiba agora abrange cinco rotas e 74 quilômetros (46 milhas), com 80% das pessoas na cidade usando o sistema. Com 170 milhões de viagens de passageiros por ano, o BRT reduziu as viagens anuais de automóveis em Curitiba em cerca de 27 milhões por ano. E a influência foi sentida em todo o mundo.

A rede de transporte ocupa 33ª posição na lista do PMI, ao lado de iniciativas que instigaram mudanças ao redor do mundo em diferentes áreas, como a pesquisa do Google (17ª posição) e a moeda digital bitcoin (19ª posição). O Bus Rapid Transit (BRT) de Curitiba também é citado dentre os dez melhores projetos de mobilidade e de governabilidade, ocupando a terceira e a sexta posição, respectivamente.

O Instituto de Gerenciamento de Projetos é uma associação global com representação em mais de 160 países que conecta profissionais de gestão de projetos. Segundo o instituto, que tem sede na Pensilvânia, nos Estados Unidos, a seleção dos projetos se deu a partir de seu sucesso na proposição de boas soluções de fácil replicabilidade nas mais diferentes áreas.

Via CAU-BR

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Prédio em Dubai terá maior ponte cantilever do mundo

Quando o assunto é arquitetura, Dubai não para de lançar novidades. Depois do hotel mais alto do mundo, a cidade anuncia o One Za'abeel: um projeto de uso misto que contará com escritórios, hotéis, residências e lojas de varejo divididas em dois edifícios. Mas o que mais chama atenção na construção é a estrutura de aço com mais de 7 mil toneladas que unirá as duas torres e será a maior ponte cantilever do mundo com 227 metros de comprimento.

Projetado pela empresa japonesa Nikken Sekkei e desenvolvido pela Ithra Dubai, o complexo ocupara uma área de aproximadamente 470 mil m². O edifício A terá 300 metros de altura e abrigará escritórios e um hotel com 497 quartos – o primeiro resort vertical do mundo –, enquanto a torre B com 235 metros de altura será reservada para as unidades residenciais, sendo algumas delas dúplex de luxo.

Já o cantilever será um recurso panorâmico localizado a mais de 100 metros de altura e abrigará atrações, restaurantes, um deck de observação e salões. Também incluirá um terraço na cobertura e piscina. De volta ao térreo, o complexo oferecerá diversas opções de lojas e lazer em um espaço de três andares. A conclusão está prevista para 2021.

Via Casa Vogue

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Aço inoxidável impresso em 3D - Primeira construção do mundo em Singapura

O Parque Gardens by the Bay, em Singapura, acaba de ganhar a primeira construção feita à partir de aço inoxidável impresso em 3D. O pavilhão, feito com 216 barras e 54 conectores, tem estrutura angular assinada pelo Architectural Intelligence Research Lab, o AIRLAB.

A instalação chamada de AIRMESH é fruto de uma pesquisa de cinco anos que resultou na construção rápida feita em apenas dois dias, utilizando somente chaves de fendas hexagonais. Descrito pelos seus criadores como uma "rede neural 3D", o pavilhão de 700 kg suporta até 16 vezes o seu peso.

Além de um espaço aberto para visitação, o AIRMESH também funciona como uma escultura iluminada, já que recebeu LEDs roxos em toda a sua extensão. Embora o pavilhão seja um experimento temporário, com duração de três anos, o grupo de pesquisa espera que muitas das técnicas apresentadas em sua estrutura possam ser aplicadas em projetos futuros.

Via Casa Vogue

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Conheça a história de Tebas, o arquiteto escravizado

Um dos mais talentosos arquitetos de São Paulo do século XVIII era um homem negro escravizado. Joaquim Pinto de Oliveira, ou Tebas, como ficou conhecido, conseguiu a alforria aos 58 anos e deixou sua marca na cidade escravocrata. Responsável pela ornamentação de diferentes igrejas, ele teve participação em obras importantes como os projetos de restauração do Mosteiro de São Bento (1766 e 1798) e da antiga Catedral da Sé (1778).

Especialista na arte e na técnica de talhar e aparelhar pedras, Tebas impactou de forma decisiva uma São Paulo até então erguida principalmente com taipas, construções de barro com possibilidades estéticas muito limitadas. Seu trabalho era requisitado, sobretudo, pelas ordens religiosas presentes na cidade desde a fundação.

"Ele foi um construtor que chegou a São Paulo escravizado, vindo de Santos, trazido por um mestre pedreiro português que identificou na cidade uma oportunidade de trabalho", conta o jornalista Abilio Ferreira, organizador do livro Tebas: um negro arquiteto na São Paulo escravocrata, lançado em 2019 por ele, Carlos Gutierrez Cerqueira, Emma Young, Ramatis Jacino e Maurílio Chiaretti. "Na época, quem tinha recursos eram as corporações religiosas. Por isso, ele atuou nos três vértices do chamado triângulo histórico formado pelos conventos de São Bento, do Carmo e de São Francisco", recorda o escritor. O trabalho cuidadoso com ornamentos transformou o pedreiro de ofício num arquiteto disputado, contratado pelos beneditinos, carmelitas, franciscanos e católicos.

Embora tenha tido seu talento reconhecido em vida, sua história foi perdida com o tempo até cair no esquecimento. Apesar disso, obras como as fachadas da Igreja da Ordem 3ª do Carmo e da Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco, ambas no centro da capital, resistem ao tempo e continuam de pé. Seu trabalho mais conhecido não teve a mesma sorte. O Chafariz da Misericórdia, primeiro chafariz público da capital, foi demolido em 1866 após o processo de canalização de água no centro. A obra, erguida onde hoje está a Rua Direita, funcionava como um ponto de encontro de escravizados que buscavam água para seus senhores.

Longevo e talentoso, Joaquim Pinto de Oliveira exerceu seu ofício até os 90 anos. Morreu no dia 11 de janeiro de 1811, vítima de uma gangrena possivelmente causada por acidente de trabalho. E, apesar de ter definido os traços da arquitetura colonial paulistana, apenas foi reconhecido arquiteto mais de 200 anos depois, em 2018, pelo Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (Sasp), depois que documentos oficiais localizados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) revelaram as relações de trabalho entre o arquiteto escravizado e as ordens religiosas. "É importante ressaltar que Tebas não era uma excessão. Os africanos transplantados para as Américas trouxeram consigo muitos conhecimentos, principalmente sobre o trabalho com pedras e metais", afirma Abilio. "Ele é mais um personagem que nos oferece pistas que dignificam esse segmento da população esquecida".

Após o lançamento do livro, o grupo de pesquisadores agora busca apoio para fortalecer as pesquisas e descobrir mais detalhes da trajetória, do legado e da história de vida de Tebas. "Ainda faltam muitas peças nesse quebra-cabeça. A pesquisa sobre essa figura histórica precisa ser estimulada. Há muitas perguntas sem respostas, como a sua religião, além de muitas outras obras, em São Paulo e Santos, que podem ser de autoria dele e sequer imaginamos". 

Via Casa Vogue

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Bjarke Ingles visita o Brasil para discutir projeto de turismo no Nordeste

O arquiteto Bjarke Ingels, à frente do escritório dinamarquês BIG, esteve no Brasil a convite do Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio para uma visita a Rota das Emoções, roteiro que compreende os estados do Ceará, Piauí e Maranhão.

Conhecido por projetos inovadores e sustentáveis, como a primeira cidade incubadora do mundo, o dinamarquês foi apontado pelo Governo brasileiro em nota oficial como um dos arquitetos mais importantes da atualidade.

Durante os quatro dias no país, Ingels esteve acompanhado de uma comitiva do grupo mexicano Be-Nômade, que planeja investir em turismo ecológico no Brasil e é responsável, por exemplo, pela consolidação de Tulum, na Riviera Maya, no México, como destino sustentável. Ao final da viagem, o arquiteto e os investidores foram recebidos pelo presidente Jair Bolsonaro para discutir o potencial turístico do Brasil.

O ministro Marcelo Álvaro comemorou a chance de expor oportunidades aos empresários e manifestou otimismo quanto à possível atuação do grupo no país. “O encontro com o presidente foi extremamente produtivo, e fico feliz em poder trazer esses investidores para conhecerem todo nosso potencial. Caso se confirme esse interesse, contaremos com um empreendimento que mudará a cara do turismo no Brasil e impulsionará o desenvolvimento nas regiões onde ele estiver presente”, comentou o ministro.

REVÉS
Porém, o encontro parece não ter repercutido como esperado pelo escritório dinamarquês. Em matéria publicada pelo períodico americano The Architect’s Newspaper, as críticas relembram as queimadas na Amazônia e a afirmação do presidente Jair Bolsonaro de que não acredita em aquecimento global.

Em resposta ao veículo, Ingels afirma que "os desafios que o Nordeste brasileiro enfrenta transformam-se em questões ecológicas". O arquiteto também revela que retorna à Dinamarca encorajado pelo Governo brasileiro a colaborar na criação de um plano diretor regional para a comunidades com grande apelo sustentável.

O Dezeen, site britânico especialista em arquitetura e decoração, também repercurtiu o encontro e recebeu uma enxurrada de comentários negativos. Incluindo o questionamento de arquitetos brasileiros sobre a escolha de um nome internacional para o projeto. "Claro! Um arquiteto dinamarquês sabe exatamente como lidar com praias e entende o background brasileiro", disse Edson Maruyama. "Nós temos excelentes arquitetos e urbanistas por aqui. Deveria ser uma vergonha para um presidente 'nacionalista' convidá-los para essa discussão", completa.


Outras reações incluem menções às acusações de corrupção que Bolsonaro recebeu. "Feliz em ver que os arquitetos estrelas não se importam em colaborar com governos corruptos. Contato que o bom pagamento seja bom o suficente", disse o leitor WYRIWYG ao Dezeen.

Ainda que o assunto esteja causando controvérsias, até o momento nem o Governo brasileiro, nem o estúdio BIG confirmaram a parceria. 

Via Casa Vogue