

"Não é apenas mover uma cidade inteira, mas também mover a mente dos cidadãos e criar uma nova casa e identidade", disse a equipe de Henning Larsen. "A abertura da prefeitura marca o início do processo de mudança e a oportunidade de criar uma nova identidade social para a cidade".
"As coisas físicas são fáceis, de certa forma. Pequenos artefatos podem ser muito importantes em termos de algo que é tanto identidade quanto tem história. Estamos movendo a igreja e as pessoas perguntam: "e as bétulas?' Eu não entendi, são pequenas árvores, mas têm 100 anos, são tão antigas quanto a igreja. Então, agora estamos movendo as bétulas", explicou Göran Cars, urbanista do município de Kiruna.
A decisão de mudar a cidade de lugar surgiu em 2004, embora o governo sueco estivesse ciente do problema anos antes. Como o primeiro exemplo do mundo real de uma cidade do seu tamanho a ser realocada, ela poderia servir de modelo para outras cidades ameaçadas pelo mundo - até o final do século, estima-se que algumas das maiores cidades do mundo, incluindo Miami, nos Estados Unidos, Mumbai, na Índia e Cantão, na China, podem desaparecer. Calcula-se que as Ilhas Maldivas já devem ficar inabitáveis até 2100.
"Kiruna não serve como modelo em termos de financiamento. É uma situação muito específica", disse Cars, referindo-se que, pela lei sueca, a mina tem que financiar a realocação das pessoas e tem fundos - e receita futura - para fazê-lo isso. Já para os habitantes de regiões costeiras do mundo, a situaçãonão é tão simples: não há uma organização rica por trás do problema e ninguém está disposto a pagar por sua solução.
Via Casa Vogue
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