

PROJETO
De acordo com Fabrícia Zulin, diante da prolongada situação dessas 11 famílias não havia alternativa senão reavaliar o projeto de reurbanização. A decisão levou em conta a criação de raízes das pessoas que ocupavam o local há tanto tempo. “A dúvida perdurava há anos: consolidar ou não consolidar aquele trecho? Era uma decisão que ninguém tomava e que ninguém se propunha a estudar”, relata.
Para incluir essas famílias na reurbanização, a arquiteta e urbanista propôs a construção de casas cubo, menores dos que as demais em razão do espaço estreito disponível. “O lote resultante foi de 5,5 por 5,0 metros, no qual foi proposto um sobradinho com muita qualidade”. Os 11 sobrados geminados contam com cozinha americana e lavanderia, no térreo, e dois dormitórios e banheiro, no piso superior, além de uma pequena sacada. Cada casa está pintada com uma das cinco cores da paleta e no início e no fim do conjunto geminado há painéis de artistas locais.
Além das 11 casas cubo, outras 13 casas retangulares, mas com tipologia parecida, foram projetadas no setor para as demais famílias que não haviam conseguido concluir as moradias em alvenaria. “No final, os projetos conseguiram atender a essas 24 famílias em condições extremamente precárias”, conta Fabrícia Zulin.
Elaborados em 2012, os projetos começaram a ser construídos em 2013 e foram finalmente inaugurados em janeiro de 2018. Durante esse tempo, os moradores receberam auxílio aluguel da Prefeitura para se manterem em outros lugares. Até a conclusão desta reportagem, entretanto, eles ainda aguardavam trâmites burocráticos da Prefeitura para ocupar definitivamente os imóveis.
“Confesso que toda vez que passava pela Avenida Ulisses Guimarães ficava olhando para ver se algo acontecia. Um dia vi as obras em andamento, trazendo grande alegria. E depois recebi uma mensagem entusiasmada de uma moradora dizendo: “Terminou! Venha visitar a minha casa!”. Foi uma das melhores visitas da minha vida”.
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Via CAU-BR
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