domingo, 26 de fevereiro de 2017

Cidades Invisíveis de Italo Calvino ganham versão ilustrada

Dizem os livros de história que, após 30 meses de viagem, Marco Polo chegou às portas do Extremo Oriente e conheceu a capital do imenso Império Mongol, regido por Kublai Khan. Lá o viajante ficou por 17 anos exercendo funções diplomáticas entre as quais, ao menos na imaginação do escritor Italo Calvino, está a obrigação de relatar ao imperador as maravilhas de suas extensas terras que ele não podia contemplar.

É no livro Cidades Invisíveis, lançado em 1972,  que o escritor vai além dos fatos ocorridos no século 13 e desenvolve um diálogo fantástico entre "o maior viajante de todos os tempos" e o Grande Khan. Nesta conversa, no melhor estilo "Mil e Uma Noites", Polo descreve minuciosamente cada uma das 55 cidades pelas quais passou. São lugares imaginários, sempre com nome de mulheres, como Pentesiléia, Cecília e Leônia, que vêm carregados de alegorias e reflexões.

Com base nestas histórias, Karina Puente, que se descreve como uma urbanista durante o dia e uma ilustradora durante a noite, passou a criar desenhos que refletissem as descrições do livro e também revelassem o seu ponto de vista em relação as várias camadas de significados presente nos relatos.

A cidade de Anastasia, por exemplo, é para a artista a cidade do engano. "Calvino diz que em Anastasia você acha que está feliz por viver lá, mas na realidade não está. Por isso, ao ilustrá-la, pensei em uma cidade que no topo é alegre, com pipas e ruas elevadas, mas no subsolo é como uma mina escura, na qual você está preso e é obrigado a trabalhar o dia inteiro", explica Puente. Mais detalhes, Vale o Clique!

Via Casa Vogue

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