Inaugurada parcialmente em outubro do ano passado, a obra inseriu os pavimentos táteis e desempenados em praticamente todo o largo. Porém, eles não garantem o devido acesso a dois dos cinco prédios públicos situados no local, por parte de deficientes visuais ou pessoas com dificuldades de locomoção. Além disso, desníveis, obstáculos, tampas de caixa de inspeção e danos precoces prejudicam a circulação daqueles que necessitam dos pisos especiais para ir e vir.
Durante a vistoria, realizada em fevereiro, foi verificado que o piso tátil está avariado, por exemplo, próximo à fonte situada diante do Museu Zoroastro Artiaga. Também foi observado que não há pavimentos táteis ou desempenados que conduzam ao prédio, como tampouco ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Em alguns pontos de acesso à praça, como a partir da avenida Goiás, não existem rebaixamentos nas calçadas. Em outros casos, eles existem, mas sem centralização com a faixa de pedestres.
Os dados constam de relatório solicitado pela 39ª Promotoria de Justiça de Goiânia ao Conselho, a fim de atender a uma representação da Associação dos Deficientes Visuais de Goiás (Adveg). Acesse o relatório completo.
As análises realizadas pelos técnicos do Conselho se baseiam nas determinações e medidas da NBR 9050/2015, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Publicada pela primeira vez em 1983, a norma define parâmetros de acessibilidade que devem ser aplicados a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Os critérios visam atender a pessoas com deficiência, mas também idosos, obesos e gestantes, assim como outros indivíduos com dificuldades de locomoção. Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico (IBGE), 18,6% dos brasileiros possuem alguma deficiência visual e 7%, motora. Acesse também o relatório completo referente ao Grande Hotel. Vale o Clique!
Via CAU/GO
Se o poder público fosse sério, esse programa de acessibilidade seria realizado em toda a cidade e não apenas na área do praça cívica.
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