Participar da Deriva Fotográfica do Bem: Praças invisíveis (2015), foi uma experiência que transformou meu olhar. Ver, sentir, ouvir a cidade como uma passante foi refletir sobre tantas praças consideradas "invisíveis" por seus moradores, estas que são cheias de potencial, mas lhes faltam vida. Vida que parece ser percebida pelos olhares entristecedores de diversos grafites encontrados no caminho, como se fossem o olho que tudo vê, o ouvido que tudo escuta, mas a boca que nunca fala. Praças que foram esquecidas e postas de costas para as casas, como um beco abandonado. Através da Deriva pude tornar meu olhar mais perceptível e sensível através da lente da câmera. A sensação de lugar e não lugar, os detalhes que passam despercebidos, como o lixo de alguém, ou simplesmente a alegria de uma criança em destaque nos grafites de uma praça que entre tantas, ainda parece respirar.
Kamylla Gomes Stival
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