Por mais que a manutenção de um edifício seja, na maioria dos casos, preferível no sentido econômico e ecológico à sua demolição e a uma nova construção desde o princípio, a lógica do reaproveitamento de um espaço não costuma ser extendida às suas partes constituintes que tornam-se, assim, entulho. Em processos de demolições, quando as partes da construção já não atendem às necessidades às quais foram pensadas para serem cumpridas, são destruídas e transformadas em entulho. A fim de cumprir cronogramas apertados e agilizar o processo da obra, a demolição tem sido a regra para uma grande parte de projetos de remodelações, eliminando a possibilidade de reemprego dos seus elementos e materiais construtivos.
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É preciso rever a forma de atuação no setor construtivo como um todo e converter o modelo linear de emprego de materiais para um modelo circular: é preciso parar de demolir e começar a desmontar. Com o objetivo de tornar mais acessível o reuso de elementos da construção, nos últimos anos tem surgido uma série de iniciativas e empresas dedicadas ao reuso de materiais de construção, operando desde a desmontagem em si até a comercialização de partes de construção.

Por fim, se a desmontagem é uma saída viável para a demolição (ou para reduzir o entulho por ela gerado), é preciso também pensar em como facilitá-la desde o início do projeto, ao tomar cuidado especial na junção dos materiais e na preferência por encaixes e fixações mecânicas. Enquanto método para preservar não apenas as próprias partes da construção, mas também um fazer construtivo, a desmontagem destes elementos, em detrimento da sua demolição, aponta para novas possibilidades de reinterpretar a construção a partir da desconstrução.
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Via Archdaily
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Editora: Geovana Silva
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