quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Casas na árvore: do imaginário infantil à arquitetura

No dia 21 de setembro o planeta comemora o dia da árvore, uma data que tem como objetivo conscientizar a respeito da preservação da natureza. Ainda na infância estabelecemos algumas relações com a natureza que acabam fazendo parte do nosso imaginário se desenvolvendo e influenciando também na arquitetura.

Por um lado, historicamente, o homem se aproveita de materiais e insumos da natureza para construir seus abrigos e se proteger das intempéries do tempo e do meio natural, por outro, a ação humana no território têm impactado intensamente no planeta, de maneira que cada dia mais é comum a busca por materiais e técnicas que sejam menos violentas para com o meio ambiente. Para além dessa dualidade, a arquitetura muitas vezes busca na natureza inspiração para seu projeto, seja nas questões materiais, na linguagem dos edifícios ou na relação e integração com a paisagem e com a vegetação.
Essa inspiração é algo instintivo, presente em nosso imaginário desde a infância. As tocas e casas na árvore da brincadeira das crianças evoluem para arquiteturas que se inspiram e retiram da natureza interpretações e sua estética. Selecionamos 22 projetos com programas e linguagens variadas que trazem a natureza como protagonista do projeto, indo além da típica casa construída na altura da copa das árvores, recuperando, valorizando e traduzindo esse imaginário da infância para a arquitetura. O Archdaily separou 22 projetos de usos variados que se inspiram na relação com a natureza e com esse imaginário.

Via ArchDaily _________________________________ Editora: Maria Karolina Milhomens


terça-feira, 7 de dezembro de 2021

A evolução da planta residencial nos EUA: o período pós-guerra



Os modos de abordar o tema infantil ao redor da arquitetura são infinitos: desde projetar em outra escala que não a padrão pensada para adultos até campos mais lúdicos como o projeto de brinquedos e artefatos. O olhar arquitetônico para a infância aposta na construção de uma qualidade espacial que, além de representar espaços mais seguros no ponto de vista urbano, também são um investimento para um melhor futuro da sociedade, visto que a arquitetura pode desempenhar papel fundamental no desenvolvimento infantil.

Para além de atividades para os pequenos, como até mesmo escritórios renomados como o Foster + Partners propuseram - o Archdaily apresenta uma série de artigos que ajudam profissionais da arquitetura a pensar o modo como projetam para a infância, passando por exemplos inspiradores que vão desde compreender a autonomia infantil até a concepção de espaços que estimulam e protegem aqueles que mais precisam de cuidado por parte da sociedade.

Para mais informações, Vale o Clique!

















Via ArchDaily
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Editora: Maria Karolina Milhomens

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Casa autossuficiente usa materiais naturais e zera emissões



Projeto foi criado para ajudar a construir moradias sustentáveis de baixo custo em países em desenvolvimento. Foi priorizado a sustentabilidade, usando materiais naturais e reciclados, reaproveitando resíduos e entregando uma casa com emissão zero. A ideia surgiu em 2014, com o arquiteto libanês Nizar Haddad e a jornalista australiana especializada em meio ambiente Nadine Mazloum.

A construção da casa, alia o conforto à métodos construtivos tradicionais, com o uso de materiais naturais combinados com peças e produtos reciclados. O conceito da Lifehouse, como foi chamada a casa, gira em torno da autossuficiência , da redução da pegada de carbono e do menor custo possível. O projeto incorpora painéis fotovoltaicos, turbinas eólicas e hidráulicas, sistema de captação de água da chuva, além de utilizar água reciclada para irrigação. Ainda, inclui uma estufa e um sistema hidropônico para o cultivo de alimentos.

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_______________________________ Via Ciclo Vivo Editora: Geovana Silva

domingo, 5 de dezembro de 2021

OMA projeta uma ponte de dois andares para pedestres em Jojutla, México

O OMA Nova York projetou uma nova ponte de pedestres de 145 metros sobre o rio Apatlaco que busca conectar o lado leste e o centro de Jojutla de Juárez, Morelos, como parte de um esforço de reconstrução do Infonavit após os danos estruturais e ambientais na área após os terremotos de 2017 no México: casas construídas nas margens do rio sofreram colapso, a linha principal de drenagem sofreu fraturas, espaços abertos foram ocupados com aterros sanitários e a dificuldade de atravessar o rio foi agravada pela destruição da ponte principal.

"Estamos começando a enfrentar desastres naturais com maior frequência e os impactos de longo alcance exigem que mais espaços e recursos públicos sejam integrados em um projeto de resiliência. Após os recorrentes terremotos no México, a Ponte Jojutla tem como objetivo restaurar a infraestrutura e o espírito comunitário. Seus dois pontos de referência reconectam simultaneamente não dois, mas três bairros fraturados, antecipam desastres além dos terremotos ao evitar possíveis inundações e oferecem novas instalações para revitalizar o relacionamento das pessoas com um rio que atualmente é temido ou negligenciado.’’
, diz Shohei Shigematsu, sócio do OMA.


Esta ponte linear tem formato curvo por boas razões: ‘’evita propriedades privadas, atravessa o rio duas vezes e está ancorada em três pontos diferentes da cidade: Panchimalco, um bairro ao sul da capital municipal; as quadras da parte baixa de Callejón Pacheco, muito perto do centro histórico; e o bairro Juárez, o mais central, mas mais danificado pelo terremoto", diz o escritório de arquitetura que a projetou em 2018.

A particularidade do projeto está em seus dois andares resultantes da estrutura de concreto em forma de uma grande viga em "I". O andar superior dá lugar a uma passarela mais alta que procura antecipar a elevação do nível das águas, ao mesmo tempo em que fornece sombra para as rotas de pedestres e bicicletas abaixo. Esta parte superior oferece a oportunidade de incorporar um parque linear, uma praça e um mercado para fomentar um novo eixo comercial como um conector entre as comunidades. Por outro lado, as perfurações da viga ao longo de toda a extensão da ponte tornam-se aberturas que emolduram a paisagem local ao mesmo tempo em que servem para diversas atividades e ritmos, funcionando como espaços indefinidos que funcionam como bancos, escadas, portas, entre outros.

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Via: Archdaily
Editora: Carolina Tomazoni Siniscarchio

sábado, 4 de dezembro de 2021

Neurociência ambiental: um campo emergente para cidades mais equitativas




A neurociência ambiental é um campo emergente, dedicado ao estudo do impacto dos ambientes sociais e físicos, sobre os processos e comportamentos do cérebro. Desde várias oportunidades de interação social aos níveis de ruído, e acesso a áreas verdes, as características do meio urbano têm implicações importantes para os mecanismos neurais e o funcionamento do cérebro, influenciando assim nosso estado físico.

O campo ilustra uma imagem diferente de como as cidades impactam nossa saúde e bem-estar, proporcionando assim uma nova camada científica de compreensão, que poderia ajudar arquitetos, urbanistas e tomadores de decisão a criar ambientes urbanos mais equitativos. A diferença entre a psicologia espacial e a neurociência ambiental é o objeto de estudo. Enquanto a psicologia espacial estuda o impacto do entorno sobre o comportamento humano, pensamentos e sentimentos, a neurociência ambiental estuda como o meio ambiente afeta os processos biológicos, o cérebro e o sistema nervoso.

A neurociência ambiental utiliza técnicas de imagem do cérebro, máquinas de rastreamento ocular e modelos estatísticos, para quantificar a relação e as interações entre o indivíduo e o ambiente. Em comparação com a psicologia ambiental ou espacial, o campo é relativamente novo e circunscreve uma ampla gama de tópicos.

Neurociência e ambiente construído

Outra interação entre arquitetura e neurociência é a neuroarquitetura, um campo interdisciplinar, que visa medir as mudanças no cérebro e no corpo, pela interação com o espaço construído.

Ao mesmo tempo, o neuro urbanismo abrange a neurociência, arquitetura, planejamento urbano e sociologia, e visa "compreender os desafios da saúde mental da vida na cidade". Seja qual for o caso, dentro destes variados e sobrepostos campos emergentes, a neurociência está entrando no campo da arquitetura e do urbanismo, com a perspectiva de informar o desenvolvimento de políticas, e criar ambientes construídos mais saudáveis.

Com uma abordagem mais centrada no ser humano, a neurociência ganhou impulso nos últimos anos, visto que há um incentivo para entender como as pessoas percebem e respondem ao seu entorno.

O Centro de Design + Health, da Universidade da Virgínia, utilizou a eletroencefalografia móvel, ou EEG móvel, para explorar "o que acontece no cérebro enquanto o usuário navega na cidade", registrando essencialmente as emoções e comportamentos desencadeados pelo ambiente construído. Ao testar novas ferramentas e métodos de análise urbana, o projeto de pesquisa visa entender como diferentes espaços urbanos são propícios a atividades específicas, assim como o benefício do bem-estar social de elementos como a arte pública.

Instruindo o projeto urbano

É comumente aceito que os espaços verdes nas cidades são fundamentais para o bem-estar dos cidadãos. Ainda assim, o Laboratório de Neurociência Ambiental da Universidade de Chicago descobriu que mesmo breves interações com ambientes naturais, como caminhar no parque, podem melhorar a memória e a atenção dos usuários em 20%. Este impacto quantificável na produtividade pode ter implicações para o projeto de ambientes de trabalho ou para o ambiente urbano de instalações educacionais.

A pandemia deu foco aos espaços ao ar livre e, à medida que as cidades ajustaram a forma, como alocam o espaço público, a iniquidade verde tornou-se dolorosamente aparente. Estudos demonstraram que o acesso a espaços verdes pode ajudar a superar as desigualdades de saúde relacionadas à renda. Portanto, embora o combate à desigualdade de renda não esteja entre os atributos dos arquitetos e urbanistas, a profissão pode resolver o problema através do fornecimento de mais áreas verdes em comunidades de baixa renda.

Alternativamente, embora as cidades tenham uma prevalência maior de problemas de saúde mental do que as áreas rurais, outro estudo conduzido pelo Laboratório de Neurociência Ambiental da Universidade de Chicago, destacou como as grandes cidades fomentam taxas mais baixas de depressão, em comparação com as pequenas cidades ou subúrbios. O fato foi considerado o resultado de oportunidades mais frequentes de interação social no espaço público, característica que arquitetos e urbanistas buscam constantemente facilitar e premeditar por meio do projeto urbano.

Conduzida antes da pandemia, a pesquisa também traz uma nova perspectiva para o êxodo de cidades altamente densas, catalisadas pela crise sanitária, e suas repercussões a longo prazo, não apenas na vida urbana, mas no bem-estar dos habitantes da cidade.

A neurociência ambiental confirma através de dados científicos, o que urbanistas e pensadores como Christopher Alexander, William H. Whyte, ou Jahn Gehl, descobriram através da observação cuidadosa. Com a arquitetura e o planejamento urbano se tornando esforços coletivos e transdisciplinares, e com os processos de projeto sendo informados por campos de conhecimento cada vez mais diversos, a neurociência ambiental fornece mais uma expertise profissional sobre a qual ancorar as decisões de projeto e as políticas urbanas. A pesquisa conduzida neste campo emergente, visa influenciar o projeto de ambientes físicos, para otimizar a saúde e o bem-estar mental e físico.


Via Archdaily
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Editora: Naely
Escrito por Andreea Cutieru | Traduzido por Rafaella Bisineli

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Projetos de Interiores que transformam a experiência espacial com vidros coloridos

O Polivinil Butiral (PVB) é uma resina conhecida por sua resistência, flexibilidade e transparência. Quando inserida ou colada entre dois painéis de vidro, a combinação conhecida como vidro laminado fornece uma camada extra de resistência física, proteção acústica e ultravioleta sem consideráveis perdas na transparência do vidro. Não é por acaso que o vidro laminado é utilizado há décadas na confecção de para-brisas para automóveis. Ao combinar diversas camadas de PVB, um vidro pode ser transformado em uma espécie de caleidoscópio de diferentes cores além de fornecer distintos graus de opacidade e transparência. A enorme gama de cores e acabamentos em PVB permite aos designers e projetistas desenvolver infinitas soluções personalizadas para cada projeto e ambiente. Pensando nisso, apresentaremos a seguir exemplos de projetos que fazem uso de soluções em vidro laminado com PVB:

Centro Educacional para Surdos e Cegos de Utah, Estados Unidos: A Jacoby Architects optou por utilizar detalhes em vidro de alto contraste para destacar algumas das características arquitetônicas específicas do seu projeto para o Centro Educacional para Surdos e Cegos de Utah, uma solução pensada para facilitar e promover a acessibilidade do edifício para seus usuários com visão reduzida. Os projetistas não pouparam esforços e fizeram uso de uma gama quase infinita de diferentes combinações de cores e graus de opacidade, criando um espectro de translucidez que vai do 100% transparente ao completamente opaco. Isso permitiu que que certas áreas comuns do edifício, como a escada, fossem amplamente iluminadas e coloridas, enquanto outras, como as salas de terapia, permaneceram mais privadas e controladas. Centro de Oncologia Pediátrica Princesa Máxima, Países Baixos: Antigamente, os jovens pacientes do Centro de Oncologia Pediátrica Princesa Máxima, na cidade holandesa de Utrecht, eram obrigados a atravessar uma rua bastante movimentada para transitar entre o Hospital Infantil Wilhelmina e o Centro de Tratamento de pacientes com Câncer. Com a tarefa de resolver este problema, os arquitetos e engenheiros da LIAG decidiram criar um túnel naturalmente iluminado e colorido, não apenas para facilitar a transição entre os edifícios, mas assumindo uma função também simbólica, um percurso em direção à recuperação. Além de afetar positivamente o humor dos pacientes, o vidro laminado colorido permitiu criar uma eficiente barreira acústica para minimizar o ruído da movimentada rua entre os dois edifícios.
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Via: Archdaily
Editora: Carolina Tomazoni Siniscarchio

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Um (novo) fim para o entulho na cidade de São Paulo


A cidade de São Paulo é o exemplo clássico de espaço demolido e reconstruído, todavia sem manter qualquer memória do que ali já existiu. O raciocínio desenvolvido pelo sistema econômico é o de que o tempo é a variável que torna ou não um empreendimento rentável. É muito mais rentável destruir um quarteirão todo com retroescavadeira em dois dias e enviar todo esse RCD para um aterro do que uma mão de obra e maquinário que desconstrua estas construções com inteligência e recicle seus materiais.

A questão é paga-se para criar agregados a partir da demolição, paga-se também para descartá-los em um local adequado (ou paga-se ambientalmente com o descarte irregular) e então paga-se mais uma vez para trazer de alguma pedreira sacos de brita em tamanhos específicos para o emprego na nova construção. Afinal de contas, ao falar de RCD, estamos tratando de resíduos cerâmicos e de concreto, grosso modo: pedras. Porque jogamos pedras fora, pagamos por isso, e depois compramos mais pedras numa loja para construir novamente?
Em muitas partes do mundo a reciclagem de agregados gerados a partir da demolição é algo comum. No Brasil, mesmo que comum no âmbito da pavimentação de vias, ignora-se um enorme potencial estético desta tecnologia pouco difundida. E este potencial já foi apresentado ao mundo: em 2019 o Archdaily postou, em parceria com a revista Metropolis, um artigo sobre uma jovem arquiteta francesa chamada Anna Saint Pierre. A arquiteta desenvolveu em Paris um projeto denominado de Granito, que se resume em reapropriar os resíduos de prédios históricos da cidade em placas de revestimento com acabamento próximo ao das pedras calcárias de granito, reutilizando o resíduo como potencial estético. Um novo “fim” para o entulho nada mais é do que um recomeço. Um recomeço no raciocínio vigente de descartar tudo que é ultrapassado e importar para o terreno somente novos produtos, tecnologias e acabamentos, para “comprovar” que é uma nova construção tecnológica e interessantes. Já é sabido e certificado que RCD triturado pode ser empregado como agregado em misturas de concreto, atingindo resistências até estruturais para uma nova edificação. Não é necessário ir tão longe: no lugar de vigas, portais ou pilares, porque o cidadão não se atenta a escalas mais humanas e realidades mais terrestres, como mobiliários? E ainda, porque se contentar sabendo que o RCD está reutilizado dentro da mistura, porém não poder vê-lo? Por que não transformar o causador do problema do abandono e deterioração de muitas áreas públicas de São Paulo pelo descarte irregular de entulho, em sua própria solução? Óbvio que a ampla difusão de um material com potencial para ser industrializado só vem sustentada por longos testes técnicos e estudos. E se pudéssemos mudar de baixo para cima? Das periferias para o centro? Da autoconstrução para a academia? O ponto de partida é claro: educação. E a forma mais fácil de se educar, relembrando as estratégias de Paulo Freire, é por meio da associação. Imagina-se que será muito mais simples educar uma população a não descartar o entulho numa praça abandonada próximo a sua casa se mostrar-lhes o que esse entulho pode se tornar. É necessário devolver às camadas populares o direito de agir, poética e criativamente, sobre o que antes era resíduo, mas pode se tornar recurso.
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Via: Archdaily Editora: Carolina Tomazoni Siniscarchio

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Projeto que ocupa ruas do Centro com restaurantes tem início em SP

O projeto Ocupa Rua, que prevê a utilização de calçadas e vias públicas como área externa para bares e restaurantes, teve início nesta terça-feira, 1. O restaurante A Casa do Porco Bar, localizado no bairro da República, na região central de São Paulo, é o primeiro a utilizar as extensões ao ar livre que fazem parte da iniciativa.

A ideia desenvolvida pelo escritório de arquitetura Metro Arquitetos e pela crítica gastronômica Alexandra Forbes, com apoio da Prefeitura de São Paulo, foi pensada para evitar aglomerações em ambientes internos e respeitar os protocolos de saúde causados pela pandemia do novo coronavírus. O projeto-piloto fará com que mais de 26 restaurantes do Centro de São Paulo aproveitem os espaços públicos para a criação de terraços ajardinados com mesas que serão utilizadas por clientes dos restaurantes. De acordo com Forbes, embora somente o restaurante A Casa do Porco já esteja utilizando a extensão ao ar livre, as obras de alguns dos outros terraços já estão bastante avançadas. Com isso, já é possível esperar que outros dos estabelecimentos abrangidos pelo projeto também inaugurem o espaço externo ao longo dos próximos dias.
Via Casa Vogue
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Editora: Maria Karolina Milhomens