terça-feira, 27 de abril de 2021

Costa do Mar Vermelho ganhará aeroporto gigantesco

Foram iniciadas as obras para a construção do Red Sea International Airport ("Aeroporto Internacional do Mar Vermelho", em tradução livre), assinado pelo Foster+Partners. A estrutura faz parte da colaboração do escritório britânico para o "Red Sea Project", empreendimento turístico que pretende transformar um arquipélago com mais de 90 ilhas no Mar Vermelho em um destino de luxo. Anunciado pela Arábia Saudita em 2017, o Red Sea clama ser o "projeto de turismo mais ambicioso do mundo" e deve ser concluído em 2030, quando o local terá 22 ilhas e seis pontos em terra firme prontos para receber os hóspedes.


Desta forma, o Aeroporto Internacional do Mar Vermelho deverá atender majoritariamente turistas que se hospedarão nos hotéis e resorts do projeto. Ele ficará localizado a cerca de 15 quilômetros da Costa do Mar Vermelho e foi desenhado para, em 2030, conseguir receber 1 milhão de passageiros por ano. 
O design foi inspirado na paisagem do deserto, e conta com cinco cabines diferentes, dispostas em um semicírculo. Cada uma destas cinco estruturas pode ser operada de maneira independente, como se fossem miniterminais, e a ideia é que algumas sejam fechadas durante a baixa temporada para poupar gastos energéticos.

Falando em energia, o aeroporto será 100% operado utilizando fontes renováveis. Além disso, o telhado dos terminais foi pensado para oferecer o máximo possível de sombra e refrescar tanto a área externa quanto o interior do aeroporto, reduzindo também a necessidade de sistemas de ar-condicionado. O Foster+Partners espera que o projeto consiga uma certificação LEED Platinum, a mais alta na escala do ranking. 


Cada uma das cabines conterá restaurantes e centros de spa para os passageiros, e os espaços entre elas serão arborizados. Os espaços auxiliares do aeroporto — como centrais de logística e instalações de manuseio de bagagem — ficarão localizados ao longo de duas asas principais, que se projetam em direções opostas a partir das cabines. Segundo o estúdio, esta configuração também foi pensada para reduzir a demanda energética. O Red Sea International Airport deve ser finalizado no próximo ano. 

Além do aeroporto, o Foster+Partners também desenhará um hotel flutuante no Mar Vermelho como parte do projeto, o Ummahat AlShaykh Hotel 12. O espaço terá uma série de chalés elevados que contarão com suítes, além de restaurantes e espaços de estar. E não para por aí, o estúdio britânico também desenhará um resort chamado Coral Bloom para o projeto, que englobará 11 hotéis na ilha de Shurayrah e promete se misturar naturalmente à paisagem marinha da região. O Red Sea contará, ainda, com hotéis desenhados por Kengo Kuma.

No ano passado, a construção de aeroportos gerou um desentendimento entre o Foster+Partners e o grupo de conscientização ambiental "Architects Declare", que advoga por práticas sustentáveis na indústria da arquitetura e construção. Apesar de ser um dos membros co-fundadores, o escritório deixou o movimento em dezembro de 2020. O "Architects Declare" não incentiva seus membros a seguirem construindo projetos de aviação, por considerar a indústria altamente poluente, o que levou à discussões públicas entre o grupo e escritórios como o Foster+Partners e o Zaha Hadid Architects.

Via Casa Vogue

segunda-feira, 26 de abril de 2021

MAA divulga imagens da nova Torre de TV e Rádio de Istambul



O escritório Melike Altınışık Architects - MAA divulgou mais detalhes e imagens do interior da Torre de TV e Rádio de Istambul, de 369 metros de altura. Fotografada pelo estúdio londrino NAARO, a nova estrutura iniciou suas principais funções de telecomunicações em novembro de 2020 e deverá abrir suas áreas de uso público ainda no primeiro semestre de 2021.
O projeto da torre de telecomunicações, que está em andamento desde 2015, conta com um restaurante com vista em 360 graus, um mirante com vista para a cidade, um foyer, um café, e uma área de exposições. Com abertura ao público programada para este ano, os espaços interiores foram desenvolvidos para atender às nova experiências do espaço em épocas de pandemia. 
“O objetivo maior do projeto é criar encontros, estabelecer relações fortes com o local, utilizar a luz natural, a natureza e os espaços de convívio para mudar a perspectiva das pessoas e incentivá-las a pensar de forma diferente”, explica a equipe da MAA.

“Buscando movimento e ritmo em sua silhueta”, a estrutura é percebida de forma diferente a partir de diversos pontos de vista na capital turca. Reflexo de sua natureza, a torre assume uma forma orgânica, quase inédita no tecido urbano de Istambul. 


Via ArchDaily

domingo, 25 de abril de 2021

Jean Nouvel projeta nova Casa de Ópera em Shenzhen


O Atelier Jean Nouvel, comandado pelo arquiteto francês vencedor do Prêmio Pritzker 2008, divulgou imagens da nova Casa de Ópera de Shenzhen, na China, desenhada para se integrar à paisagem da região. O projeto será construído na baía da cidade, por isso o design do edifício tem formas fluídas e orgânicas, inspiradas nas ondas do mar. Quando finalizada, a Ópera terá 220 mil m² e capacidade para abrigar até 2.300 assentos no salão principal, além de abrigar um teatro para concertos com 1.800 cadeiras.

Como o projeto ficará localizado na Baía de Shenzhen, o estúdio imaginou a edificação como uma forma de celebrar o passado da cidade, que costumava ser uma vila de pescadores. Além disso, o atual calçadão da área será aprimorado, já que o acesso à Ópera criará um longo caminho de mais de um quilômetro à beira-mar. 

Outra forma encontrada pelo estúdio para refletir esta conexão com o Oceano — mais especificamente, com o Mar do sul da China — na arquitetura foi a utilização de materiais iridescentes como a madrepérola, um material luminoso produzido nas conchas de alguns moluscos. O revestimento brilhoso será utilizado no salão foyer principal (área na qual o espectadores de um teatro permanecem até o início de uma apresentaçaõ ou durante os intervalos), e também para decorar as paredes e balcões no auditório principal.


Para desenhar o projeto, o Atelier Jean Nouvel precisou vencer uma competição internacional de peso lançada pelo governo de Shenzhen. O documento, elaborado pelas autoridades locais, pedia a elaboração de um "palácio da arte", e a ideia é que a Ópera seja parte do novo plano urbanístico para a cidade, que prevê a criação de outros nove marcos culturais. Alguns dos concorrentes que enviaram propostas para a construção da edificação foram Kengo Kuma, o estúdio BIG, e o escritório Snøhetta.

Além do salão principal, a Casa de Ópera de Shenzhen também contará com um teatro multifuncional com 400 assentos, espaços culturais para visitação do público e instalações de backstage que incluem dormitórios para os artistas e escritórios.

Como você tem acompanhado aqui em Casa Vogue, a cidade de Shenzhen, na China, vem recendo diversos novos projetos de escritórios de arquitetura globais. Outras construções em curso na cidade incluem um par de arranha-céus futuristas projetados pelo Zaha Hadid Architects, um parque cultural desenhado pela MAD Architects e um edifício com duas torres em formato de DNA criadas pelo escritório de arquitetura Steven Holl.

Via Casa Vogue

sábado, 24 de abril de 2021

Museu do Oscar é concluído e ganha nova data de inauguração


Nove anos depois de anunciar o projeto, o renomado arquiteto italiano Renzo Piano concluiu as obras do Academy Museum of Motion Pictures, o Museu do Oscar. O espaço, situado em Los Angeles, nos Estados Unidos, conecta dois edifícios: um prédio histórico de 1939 e uma estrutura esférica projetada pelo arquiteto. Por conta da pandemia, a inauguração do instituto cultural, que iria ocorrer em abril deste ano, foi adiada para 30 de setembro.
Avaliado em cerca de US$ 500 milhões (cerca de R$ 3,3 bilhões), o museu é inteiramente dedicado ao cinema e às artes visuais. O local, operado pela Motion Picture Academy, ocupa parte do antigo edifício May Company Building, que agora é conhecido como Saban Building. O prédio teve parte de sua arquitetura original preservada pelo arquiteto e recebeu uma chamativa fachada dourada em formato de cilíndro. 
O Museu do Oscar possui dois salões que devem exibir produções atuais e filmes que marcaram a história do cinema. A primeira sala, denominada David Geffen Theatre, conta com 1.000 lugares. Já o segundo espaço, nomeado Ted Mann Theatre, é um pouco mais compacto e pode receber até 288 pessoas. Além de exibir filmes, os dois espaços podem ser utilizados também para apresentações de orquestras.

A instituição cultural conta com uma coleção de 12,5 milhões de fotografias, 237 mil filmes, 65 mil pôsters e cerca de 133 mil peças de arte utilizadas nas produções de Hollywood. Os visitantes poderão transitar ainda por uma sala com estatuetas do Oscar que simula uma noite de premiação do evento.


Com a conclusão das obras e a nova data de inauguração estabelecida, a instituição cultural anunciou uma série de eventos virtuais e gratuitos que começarão em abril e terminarão somente no dia da inauguração, em setembro deste ano. A programação, divulgada no site do museu, inclui a exibição de filmes, uma exposição em homenagem ao animador japonês Hayao Miyazaki e uma conversa com o diretor e vencedor do Oscar, Spike Lee.

Via Casa Vogue

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Maior plataforma estaiada do mundo é inaugurada no Brasil e tem passeio de monotrilho


Quem curte adrenalina já tem um novo destino para acrescentar à lista de lugares para conhecer um dia: trata-se do município de Canela, no Rio Grande do Sul, que inaugurou a maior plataforma de aço e vidro da América Latina. A estrutura também é a maior plataforma estaiada do mundo! Nela, os visitantes podem caminhar sobre um tampo de vidro transparente, que avança 35 metros sobre o Vale da Ferradura e fica suspenso a incríveis 360 metros do Rio Caí. Definitivamente não é para quem tem medo de altura.

A atração faz parte do Parque Skyglass, que conta com três opções de lazer principais: a plataforma Skyglass, o monotrilho Abusado e um museu dedicado ao ferro de passar roupa. Na passarela, os visitantes podem ter a sensação de flutuar, admirando o cenário da serra gaúcha e as vistas para o Vale. Já o monotrilho (que fica logo abaixo da plataforma) conta com dez cadeiras e permite que os visitantes fiquem com os pés suspensos ao longo do passeio. 

Por fim, há ainda o curioso Memorial ao Ferro de Passar. Como nome sugere, a proposta do espaço é contar a história do item, mostrando como o acessório era usado desde as antigas dinastias chinesas até chegar aos tempos atuais. O memorial reúne mais de 300 peças.

Além disso, o parque em si conta com diversas espécies de araucárias e animais silvestres que garantem um passeio agradável. O valor do ingresso para o parque, sem direito a nenhuma atração, sai pro R$ 40. Existe também a possibilidade de visitar somente a plataforma, sem acesso ao parque (o que custa R$ 60) ou apenas o monotrilho (R$ 90). O valor do ingresso completo — com direito à visita ao parque, ao monotrilho e à plataforma — sai por R$ 170. A plataforma Skyglass é assinada pelos arquitetos Adriane Wender e Miguel del Río Francos, do escritório WR Arquitetura. O projeto teve um investimento de cerca de R$ 30 milhões, vindos da iniciativa privada.

Via Casa Vogue

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Último projeto do vencedor do Pritzker Richard Rogers é finalizado na França



Vencedor do Prêmio Pritzker em 2007, o arquiteto Richard Rogers completou sua última construção antes de se aposentar do Rogers Stirk Harbour + Partners (RSHP), estúdio que fundou em 1977. A estrutura é uma galeria de arte nas vinícolas do Château La Coste, no sul da França, que também abriga projetos de Tadao Ando, Jean Nouvel, Renzo Piano e Frank Gehry.

A Richard Rogers Drawing Gallery é uma edificação suspensa que se projeta 27 metros para além da base da colina, onde está apoiada. Além de causar um impacto visual, o projeto foi pensado desta maneira para enquadrar e valorizar a paisagem local. A estrutura de 120 m² toca o solo apenas em quatro pontos, de modo a causar o mínimo impacto possível no terreno.

Uma das principais características do projeto é a estrutura metálica laranja que envolve a galeria, em uma referência clara ao movimento high-tech na arquitetura, do qual Rogers foi um dos expoentes no Reino Unido. A corrente, que surgiu na década de 1970, tem como características o uso de materias de alta tecnologia, cores vibrantes, e elementos estruturais aparentes. 

Outros pontos centrais para o prédio, que também marcam o legado do arquiteto, são os conceitos de acessibilidade e flexibilidade. O primeiro tem como base a ideia de que o prédio e seus componentes devem ser facilmente compreendidos por quem os vê de longe. Já a flexibilidade nos espaços era importante para que a galeria pudesse abrigar diversos tipos de exposições e mostras culturais no futuro.

Nos interiores, vidro e paredes com cores neutras realçam a vista para as montanhas de Luberon ao final da estrutura. A incorporação da paisagem local ao ambiente foi um dos pontos de partida para o projeto.

Ao longo de sua carreira, Rogers, além de ter vencido o Prêmio Pritzker, também conquistou a Medalha de Ouro no RIBA, a Medalha de Ouro do Instituto Americano de Arquitetos e o Premium Imperiale. Alguns de seus projetos mais conhecidos incluem o Centro Georges Pompidou, em Paris, e o edifício Lloyd's Building em Londres.

Via Casa Vogue

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Após Brexit, arquitetos britânicos não serão mais reconhecidos na União Europeia

O Architects Registration Board, que é o órgão responsável pelo licenciamento e registro dos arquitetos do Reino Unido anunciou recentemente que os arquitetos não têm mais validação automática de suas qualificações nos países da União Europeia após o Brexit.

Em Fevereiro de 2020 o Primeiro Ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou que gostaria de "um reconhecimento mútuo das qualificações profissionais do Reino Unido e da UE, como parte das negociações do acordo comercial do Brexit”. O acordo anunciado no início do ano de 2021, entretanto, indica que os profissionais britânicos não serão reconhecidos a partir de 1 de Janeiro de 2021. A República da Irlanda, que é parte da UE, concordou em permanecer fiel ao antigo acordo e reconhecer os profissionais britânicos até que novos acordos entre Reino Unido e União Europeia sejam estabelecidos.

Apesar do acordo, o governo do UK anunciou que irá continuar reconhecendo as qualificações de arquitetos da UE que já trabalham no país. Escritórios de arquitetura que atualmente empregam profissionais do EEA e da Suíça, e que já são reconhecidos pelo Architects Registration Board não precisam tomar nenhuma providência. 

Atualmente a União Europeia exige que os escritórios e órgãos profissionais de arquitetura em toda a União reconheçam automaticamente as qualificações de arquitetura de outros Estados-Membros, com base nas seguintes qualificações:

  • Seja formado por uma universidade ou outra instituição equivalente;
  • A formação tenha pelo menos 4 anos em tempo integral ou 6 anos de estudo, dos quais pelo menos 3 anos em tempo integral;
  • A formação tenha arquitetura como seu principal componente; 
  • A formação tenha conteúdo teórico e prático;
  • A formação atenda uma série de conteúdos e habilidades básicas listadas pela União Europeia no Artigo 46 do Directive 2005/36/EC no tópico recognition of professional qualifications.

Com a saída da União Europeia, porém, o Architects Registration Board do Reino Unido não responde mais às instâncias da UE, e portanto não precisa responder a essas qualificações, enquanto os membros da UE também não são mais obrigados a reconhecer diplomas britânicos.

Muitos arquitetos manifestaram sua preocupação sobre a repercussão do Brexit. Em 2016 Martha Thorne, Diretora Executiva do Pritzker Prize e reitora da Escola de Arquitetura e Design IE, em Madrid, discorreu sobre os riscos que envolviam a saída do UK da UE: "muitas das inovações mais inspiradoras dos projetos de arquiteutra acontecem por conta da colaboração entre disciplinas e países. Qualquer obstáculo entre essas mentes atinge também a alma da arquitetura". Em uma entrevista ao The Guardian, Rem Koolhaas, arquiteto fundador do escritório com sede nos Países Baixos OMA, compartilhou sua experiência ao viver em Londres e estar presente na época em que o país se tornou parte da União Europeia. O arquiteto expressou sua preocupação em relação às decisões políticas, afirmando que por quase 25 anos houve humildade em destacar o impacto positivo que a UE teve no país.

Somando aos obstáculos das práticas e da formação, os arquitetos do Reino Unido também irão enfrentar dificuldades em relação à sua residência ao terem que submeter a vistos de 'curta duração' que apenas lhes permitem permanecer nos países da UE por um período máximo de 90 dias. Se quiserem ficar mais tempo, terão que solicitar o visto de longa duração.

Via ArchDaily

sábado, 10 de abril de 2021

Pintura oculta é descoberta em quadro de Picasso



Pablo Picasso é considerado um dos maiores nomes da pintura em todos os tempos. Até hoje novas descobertas continuam sendo feitas em suas obras. Dessa vez, encontraram um desenho escondido no quadro abstrato “Natureza Morta”, pintado em 1922.

A descoberta foi feita por uma equipe do Instituto de Arte de Chicago, que estava olhando de perto a pintura. O objetivo principal era entender as diferentes camadas de tinta aplicadas na obra, principalmente nas regiões onde parece estar enrugada.

Assim, utilizaram raios X e infravermelho, encontrando “uma jarra, uma caneca e um objeto retangular que pode ser um jornal”, diz o artigo publicado recentemente e que revela a descoberta. Todos eles sobre o que possivelmente é uma mesa ou um assento de cadeira.

Picasso adorava pintar sobre obras prontas

Conforme a equipe, Picasso tinha gosto por pintar sobre obras anteriores. Ainda assim, era mais comum que seus novos traços fossem feitos para compor os trabalhos anteriores. Mas, especificamente neste caso o pintor utilizou uma espessa camada branca de tinta, antes de fazer a obra abstrata.

“Isso parece um tanto incomum na prática de Picasso, pois ele costumava pintar diretamente sobre composições anteriores, permitindo que as formas subjacentes aparecessem e influenciassem a pintura final”, escreveu a equipe.

Dessa forma, o bloqueio de Picasso impediu a visualização de detalhes da pintura anterior. De fato, a equipe acredita que o desenho oculto é do pintor, já que é semelhante a uma obra exposta no Museu de Arte de Gotemburgo, na Suécia.

Os segredos por trás de “Natureza Morta”

A pintura “Natureza Morta” carrega a data de 4 de fevereiro de 1922. Segundo a equipe, ele entregou a obra para Gertrude Stein, que era sua amiga e importante patrocinadora da arte moderna no início do século XX.

Provavelmente a obra foi desenvolvida entre o fim de 1921 e o começo de 1922. Assim, o artista detalhou objetos 3D em diferentes planos geométricos e em variados pontos de vista. O trabalho foi pintado durante a fase linear ou cubista.

A pesquisa indicou que além dos desenhos ocultos, a imagem passou por tentativas de conservação e restauração, com a utilização de uma resina acrílica e tinta colocada em rachaduras na superfície. Isso contribuiu para a conservação moderna, já que foi possível conhecer as cores originais da pintura.


Via Socientífica

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Maior projeto de Energia Solar do mundo será construído na Austrália


A maior usina de energia solar do mundo será construída na Austrália, como parte de um grande projeto renovável. No entanto, a energia gerada não será aproveitada pelo próprio país – ela será transportada para além do mar por meio de cabos.


Da Austrália para Cingapura

A construção solar será tão grande que poderá ser vista até do espaço. O projeto terá cerca de 10 GW de potência instalada, numa área de 15 000 hectares, correspondente a quase 20 000 campos de futebol. A instalação ficará no norte do país e terá custo de AUD$ 20 bilhões.

Apesar de todo o investimento, a energia terá outro destino que não a própria Austrália. O projeto também conta com a construção do maior cabo submerso do mundo, de 4.500 quilômetros, que exportará eletricidade direto para Cingapura por meio de uma rede de corrente contínua de alta tensão (HVDC).

Além disso, para que todo o sistema funcione, a empresa de energia de Cingapura deverá também construir a maior bateria do mundo, localizada em Darwin. A energia irá abastecer Darwin e terá como fim Cingapura, por meio do cabo submarino. Espera-se então que o projeto possa fornecer energia para mais de 1 milhão de pessoas – cerca de 20% da população do país.

O ministro chefe do norte da Austrália, Michael Gunner, já deu o seu apoio ao projeto. De acordo com ele, não há lugar melhor no mundo para liderar a revolução renovável.

A construção está prevista para começar em 2023, com a geração de energia prevista para 2026. Se o projeto der certo, pode enfim demonstrar o compartilhamento internacional de energias renováveis, para além de até oceanos. É, inclusive, uma maneira de aumentar o poder competitivo delas, para que possam entrar mais ainda no mercado.

Seria o futuro?

A energia solar, associada à energia fotovoltaica, é a geração de energia elétrica usando a luz do sol como fonte de energia. A luz do sol, captada por painéis solares, pode gerar corrente elétrica para utilização em residências, comércios e indústrias. Essa energia tem a vantagem de ser limpa e renovável, proveniente de uma fonte considerada inesgotável para nós.

Hoje o estudo na área de energia está bem intenso devido à crescente diligência por um futuro mais sustentável e focado em energias renováveis e alternativas. Portanto, a exigência do desenvolvimento tecnológico mantendo o compromisso com as gerações futuras é imprescindível e inevitável.

Nesse cenário, energias renováveis como a solar têm ganhado destaque, se tornando mais competitivas. A energia solar representa assim uma das três formas de energia renovável emergentes no mercado, em conjunto com a energia eólica e a biomassa.


Via Socientífica

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Museu do Louvre disponibiliza toda a sua coleção de arte para download gratuito


O Louvre, na França, é o maior museu de arte do mundo e abriga algumas das mais famosas obras de todos os tempos. Inaugurado no século 18, recebe milhões de visitantes anualmente. Mas, devido à pandemia da Covid-19, não só as viagens estão proibidas, como o Louvre está com as portas fechadas temporariamente.

A boa notícia é que a instituição está disponibilizando todo o seu acervo de arte gratuitamente na internet. “Pela primeira vez, toda a coleção do Louvre está disponível online, incluindo as obras em exibição no museu, as emprestadas a outras instituições francesas e as que estão armazenadas”, diz o comunicado à imprensa.

Ao todo, são mais de 480 mil obras de arte que fazem parte do acervo do Louvre. Ao entrar no site, é possível explorar as coleções por tipo de trabalho: mobília, têxteis, joias e adornos, escritos e inscrições, objetos, esculturas e, claro, pinturas. O download das obras está liberado, basta clicar no ícone de seta, localizado abaixo da imagem.

Entre as obras mais famosas do Louvre, estão o quadro “A Liberdade Guiando o Povo” (1830), de Eugène Delacroix; a escultura “Vênus de Milo” (130 a.C.), de Alexandre de Antioquia; a pintura “Mulher com Espelho” (1515), de Ticiano Vecellio; e a famosa Gioconda, ou Mona Lisa (1503), de Leonardo da Vinci. 

Para acessar, Vale o Clique!


Via ArchDaily

quarta-feira, 7 de abril de 2021

12 Exposições virtuais gratuitas sobre cidades e urbanismo






Confira a seguir uma seleção de exposições online sobre urbanismo — disponíveis gratuitamente no Google Arts & Culture —, sobre a história do desenvolvimento de grandes cidades ao redor do mundo.

Rio de Janeiro

“Everything the Eye can See: Views of Rio de Janeiro and its Hills”, exposição do Museu Nacional de Belas Artes, apresenta uma amostra de criações artísticas a partir da valorização da serra carioca. São vistas panorâmicas que procuram abranger tudo o que os olhos podem ver.

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Berlim

“Visions of division”, do LIFE Photo Collection, reúne fotos históricas de Berlim “do bloqueio ao muro na Berlim da Guerra Fria.”

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Paris

“The Eiffel Tower in 1900” apresenta uma coleção de fotos e ilustrações do maior símbolo da capital francesa, com vistas fantásticas da cidade na época.

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Tóquio

“Famous Views of Tokyo”, do Museum of Applied Arts and Sciences, traz gravuras feitas entre 1876 e 1882, retratando cenas de Tóquio, no Japão. Também convidamos você explorar o rico acervo do Kobe City Museum, onde irá encontrar diversas referências histórica da cidade.

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Londres

O London Transport Museum faz uma seleção das 10 atrações imperdíveis do seu acervo sobre a história do transporte da capital inglesa.

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Nova York

A exposição “The West Side’s story”, do Museum of the City of New York, faz um tour pela história do Upper West Side, desde seu primeiro assentamento até a construção do Lincoln Center.

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Cidade do México

“A Tour Around Mexico City” nos convida a percorrer as ruas da capital mexicana, revisitando épocas marcantes na história da cidade através das lentes do fotógrafo Gustavo Casasola.

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Teotihuacan

Na primeira metade do primeiro milênio, Teotihuacan, localizada no Vale do México, era o centro cultural, político, econômico e religioso da antiga Mesoamérica. O de Young Museum, de San Francisco, apresenta “Teotihuacan: City of Water, City of Fire”, que revive o legado de seus cidadãos na arte e arquitetura, admirado e estudado por acadêmicos e visitantes de todo o mundo.

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Hong Kong

“Electric City – The Neons of Hong Kong”, do West Kowloon Cultural District, explora a relação de Hong Kong com seus marcantes letreiros em neon. Com início na década de 1920, os tubos eletrificados e cheios de gás de neon viveram seu apogeu entre os anos 50 e 80. Em 1964, um relatório do governo se gabava de que “um milhão de letreiros de neon iluminavam as ruas, proclamando suas mensagens em todas as cores."

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Melbourne

O Public Record Office de Victoria, estado australiano cuja capital é Melbourne, traz a exposição “Streets of Melbourne”, que conta a história do desenvolvimento urbano da cidade de Melbourne a partir das suas ruas, com materiais que abrangem o período de 1836 a 1935.

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Chicago

“Ride Around Chicago: A City in Transition”, exposição do Chicago History Museum, detalha o período de crescimento e transformação vivido pela cidade nas décadas seguintes ao incêndio de 1871.

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Budapeste

“Bridges – Ages – Budapest”, do Budapest History Museum, percorre a história da capital da Hungria através de suas pontes.

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Via ArchDaily

terça-feira, 6 de abril de 2021

Encontrada réplica do Coliseu Romano na Turquia

Arqueólogos encontraram no local da antiga cidade de Mastaura na Turquia ocidental, um grande anfiteatro circular, construído com a mesma forma distinta do famoso Coliseu romano.

Ao explorar o local da antiga cidade de Mastaura na Turquia ocidental no verão passado, os arqueólogos descobriram algo notável. Parcialmente enterrados na terra e ainda mais obscurecidos sob árvores e arbustos, eles foram capazes de identificar o contorno inconfundível de um grande anfiteatro circular, construído com a mesma forma distinta do famoso Coliseu romano.

As escavações iniciais rapidamente confirmaram a verdade. Escondida em uma área atualmente ocupada por olivais e figueiras, a equipe arqueológica da Universidade Adnan Menderes em Aydin, na Turquia, havia de fato encontrado os restos de uma réplica do Coliseu romano, que havia sido construída para abrigar espetáculos de entretenimento durante uma época em que a Anatólia (Turquia moderna) fazia parte do Império Romano. Como sua renomada réplica na capital do império, a réplica recém-fundada do Coliseu também teria sido palco de sangrentas batalhas.

Surpreendentemente, a réplica do Coliseu foi encontrada em grande parte intacta, protegida da decadência e destruição por sua cobertura de terra e vegetação.

As ruínas dos anfiteatros romanos já foram encontradas antes em território turco. Mas apenas vestígios dessas antigas estruturas permanecem, devido às forças erosivas naturais e à devastação dos saqueadores.

A réplica do Coliseu Romano da Turquia

“Não há nenhum exemplo anterior de tal anfiteatro na Anatólia e seus arredores imediatos”, declarou o arqueólogo Sedat Akkurnaz , o líder da equipe de escavação Mastaura. “É o único exemplo que sobreviveu desta forma muito sólida”.

“A maior parte do anfiteatro está sob o solo”, continuou ele. “As seções sob o solo estão muito bem preservadas. É sólido como se tivesse acabado de ser construído”.

Procurando nas seções subterrâneas do edifício, os arqueólogos encontraram muitas salas estruturalmente sólidas e bem conservadas, que teriam sido ocupadas por gladiadores, convidados importantes, administradores do local e organizadores de eventos. As entradas arqueadas e os tetos abobadados revelaram uma ligação indiscutível com o estilo de construção de assinatura dos arquitetos romanos, que estabeleceram padrões que as leais autoridades provinciais fizeram o melhor que puderam para imitar.

O desenho circular do anfiteatro Mastaura é relativamente único. A maioria dos anfiteatros romanos foi construída em meia lua ou em forma semi-circular, mas parece que os arquitetos desta estrutura particular estavam ansiosos para demonstrar sua fidelidade aos princípios clássicos de projeto estabelecidos pelos construtores do Coliseu em Roma no primeiro século DEC.

As dimensões deste edifício há muito perdido são bastante impressionantes. Ele mede aproximadamente 100 metros de diâmetro e apresenta paredes de 15 metros de altura em seus pontos mais altos. Embora seja difícil obter cálculos precisos da capacidade de assentos, Akkurnaz estima que o anfiteatro poderia ter recebido entre 15.000 e 20.000 pessoas quando estivesse completamente lotado. Isto é anão pela capacidade de 50.000 a 70.000 assentos do Coliseu em Roma, mas teria sido perfeitamente adequado para as regiões menos densamente povoadas da Anatólia.

A Dinastia Severan e a iminente decadência da Anatólia

Com base nas técnicas de cantaria e alvenaria utilizadas durante a construção, os arqueólogos concluíram que a réplica do Coliseu havia sido construída em algum tempo durante o reinado da Dinastia Severan, que governou o Império Romano de 193 a 235 DEC.

Nessa época, a pequena cidade de Mastaura fazia parte da província asiática da Anatólia e teria ficado aproximadamente equidistante entre várias cidades maiores da região. Mastaura pode ter sido designada como uma espécie de centro recreativo, onde os anatolianos poderiam assistir a lutas de gladiadores e assistir a peças de teatro ou concertos no teatro local (os restos parcialmente preservados deste último estão localizados acima do solo e foram identificados há muito tempo).

Não há como dizer com que frequência este estádio foi realmente utilizado depois que a construção foi concluída. Presumivelmente, as expectativas eram altas quando o projeto de construção foi inicialmente aprovado, uma vez que a província da Ásia era relativamente próspera no início do terceiro século. Mas depois que o último imperador Severano, Severus Alexandre, foi assassinado por suas próprias tropas em 235, todo o Império Romano entrou em um período de crise extrema que estava destinado a ter um impacto profundo em suas propriedades na Anatólia.

Nos 50 anos após a morte de Severus Alexandre, 26 homens diferentes reivindicaram o trono do Imperador. A crise de legitimidade e a consequente desordem que envolveu o sistema político romano após a queda da Dinastia Severan foi tanto uma causa como um sintoma da Crise do Século III, que quase levou à dissolução permanente do Império.

A decadência do Império Romano e a réplica do Coliseu

A cascata de problemas que atingiu os romanos e os anatólicos incluiu invasões bárbaras, guerra civil e agitação, rebeliões camponesas e a peste Antonina do sarampo ou varíola que varreu as terras romanas e deixou milhões de cadáveres no seu rastro.

Esta confluência de fatores, mais a má administração política em geral, mergulhou o Império em uma prolongada depressão econômica que causou um grande declínio nas fortunas das cidades da Anatólia e da província da Ásia em particular. Esta região do Império nunca mais esteve perto de igualar seu pico de prosperidade, e no quarto século foi dividida em várias províncias menores.

O anfiteatro de Mastaura foi obviamente construído com a expectativa de que os bons tempos continuariam. Dados os problemas econômicos que assolaram a região pouco tempo após sua conclusão, este grande edifício pode ter ficado vazio e sem uso durante boa parte do tempo, uma vez que os espetáculos a que foi projetado para hospedar teriam sido muito caros para os promotores com recursos financeiros para patrocinar. Na era pós-Severana, economicamente desafiada, esta estrutura recém construída pode ter sido descartada como um desperdício e um sinal de decadência romana.

Trabalho de Preservação a continuar nos próximos meses

Durante o restante de 2021, os arqueólogos que desenterraram o anfiteatro Mastaura iniciarão trabalhos de conservação e preservação em suas seções mais vulneráveis.

“Há rachaduras nas paredes do edifício e algumas pedras de alvenaria estão caindo”, explicou Akkurnaz. “Em abril, vamos primeiro conservar as paredes do edifício, protegendo o edifício contra a decadência e a deterioração”.

Após esse processo estar concluído, Akkurnaz e sua equipe lançarão uma série de levantamentos geofísicos no local, para obter mais informações sobre o aspecto da estrutura no subsolo.

Além do apoio que estão recebendo do governo local da cidade vizinha de Nazilli, os arqueólogos também estão cooperando estreitamente com o Ministério da Cultura e Turismo da Turquia neste importante projeto de escavação.

Via Socientífica

segunda-feira, 5 de abril de 2021

No Piauí, maior usina solar da América do Sul cresce ainda mais

A Enel Green Power, subsidiária de energia renovável da Enel, começou as operações comerciais da nova seção da usina solar de São Gonçalo do Gurguéia, no Piauí. A usina é a primeira da Enel no Brasil a usar módulos solares bifaciais, que captam energia de ambos os lados dos painéis. A expectativa é que a geração de energia aumente em até 18%.

A expansão, que começou a ser construída em 2019, teve um investimento de R$ 422 milhões. O valor total de todas as ampliações feitas foi de R$ 1,4 bilhão. Atualmente, o parque de São Gonçalo é composto por 2,2 milhões de painéis solares e é o maior campo de energia solar de toda a América do Sul.

“Apesar dos desafios impostos pelo cenário atual, iniciamos recentemente a construção de 1,3 GW de capacidade renovável no Brasil, incluindo uma nova seção de 256 MW do parque solar São Gonçalo”, afirmou Salvatore Bernabei, CEO da Enel Green Power.

Segundo comunicado da empresa, a inauguração da usina foi adiantada para um ano antes do estabelecido pela licitação vencida pela Enel em 2017. Com mais essa operação, a Enel tem uma capacidade instalada no Brasil de 2,9 GW em energias renováveis, sendo 1.269 MW em usinas hidrelétricas, 845 MW em campos fotovoltaicos e 782 MW em fonte eólica.

Futuro

A Enel também tem planos de criar uma rede de carregamento de carros elétricos no Brasil. A companhia italiana de energia vai criar uma rede própria de carregamento nos centros urbanos, com 250 pontos de recarga em 10 estados e 23 cidades do país. A iniciativa é uma parceria com a rede de estacionamento Estapar.

Via Tec Mundo

domingo, 4 de abril de 2021

Entenda o motivo de Los Angeles pintar suas ruas de branco



A Cidade dos Anjos é um dos únicos lugares nos Estados Unidos onde as mortes relacionadas ao calor ocorrem regularmente durante o inverno. Este risco de saúde pública só deverá piorar à medida que as mudanças climáticas ganharem forças nas próximas décadas.

Localizado em um vale do deserto e dominado por estradas de asfalto para facilitar sua mobilidade, LA é extremamente vulnerável – e, felizmente, inovadora. A extensa paisagem urbana de cerca de 4 milhões de pessoas (mais de 13 milhões na área metropolitana) começou a pintar suas ruas de branco, na esperança de usar as propriedades naturais refletindo assim o calor para reduzir a temperatura e fazer de LA um lugar mais saudável para se viver.

Los Angeles e muitas outras cidades ao redor do mundo, sofrem com o que se denomina efeito da ilha de calor urbano, em que a densa infra-estrutura e atividade da cidade gera calor além do que normalmente poderia ser esperado com base no clima da região. Para combater este efeito, Los Angeles está cobrindo suas ruas com o CoolSeal, uma pintura de cor clara que já produziu resultados positivos. “Descobrimos que, em média, a área coberta com CoolSeal é 10 graus mais fria do que o asfalto preto no mesmo estacionamento”, disse Greg Spotts, o diretor assistente do Bureau of Street Services para o Vale de San Fernando, um dos pontos mais populares da Grande LA.

Moradores de LA esperam que as ruas mais frescas resultem em casas mais frescas, o que, por sua vez, mantém os custos da energia e os riscos para a saúde baixos. “Nem todo mundo tem recursos para usar ar condicionado, então há preocupação de que algumas famílias de baixa renda sofrerão” se algo não for feito para contrariar o aumento do calor”, disse Alan Barreca, professor de ciência ambiental da Universidade da Califórnia em Los Angeles.

“O pavimento [tratado legalmente] proporcionaria benefícios a todos”. O revestimento, que custa US$ 40.000 por milha e dura sete anos, será aplicado às ruas em um programa piloto antes de ser aplicado em toda a cidade. Seu futuro parece brilhante e solucionar muitos problemas com o calor.


Via Engenharia É

sábado, 3 de abril de 2021

EUA terão bairro com todas as casas impressas em 3D

Um bairro inteiro formado somente por casas “construídas” em impressoras 3D vai tomar conta da paisagem desértica da cidade de Rancho Mirage, perto de Los Angeles, na Califórnia (Estados Unidos), em breve.

O empreendimento, que será erguido em uma área de 20 mil m² e terá 15 casas impressas, surgiu por meio de uma parceria entre o grupo de desenvolvimento imobiliário sustentável Palari e a empresa de tecnologia de construção Mighty Buildings. Será o primeiro “bairro impresso” dos EUA.

Cada uma das casas impressas em 3D contará com três quartos e dois banheiros, na residência principal, e mais dois quartos e um banheiro no imóvel secundário, além de quintal com piscina. Os proprietários podem customizar a moradia, adicionando banheiras de hidromassagem, área de lazer e lareira, entre outras coisas. Já a arquitetura segue o estilo moderno, de meados do século passado.

Os interessados em comprar uma casa no bairro formado por casas impressas em 3D na Califórnia terão que desembolsar pelo menos US$ 595 mil, o equivalente a R$ 3,3 milhões pela cotação do dia, valor da moradia padrão. Mas os preços podem chegar a até US$ 950 mil (R$ 5,3 milhões), dependendo da personalização.

Casas impressas em menos de 24 horas

Responsável pela construção do bairro, a Mighty Buildings tem impressoras 3D do tamanho de uma garagem para imprimir as casas. Os imóveis são feitos utilizando material de rápido endurecimento, permitindo adicionar telhado, camadas de isolamento e outras partes em um mesmo processo.

Segundo a empresa, 80% do procedimento é automatizado, reduzindo o prazo de entrega em 95% e os desperdícios de uma construção convencional em 10 vezes. Uma casa de pouco mais de 100 m² pode ser construída em menos de 24 horas, dependendo da sua configuração.

Após a impressão, a casa é transportada em caminhões até a cidade onde ficará o bairro inovador, para ser instalada.


Via Tec Mundo

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Concurso de ideias “Habitação de Interesse Sustentável” recebe inscrições até 26/04




Estão abertas, até 26 de abril, as inscrições para o concurso “Habitação de Interesse Sustentável”, promovido pela empresa de cooperação governamental alemã GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit) e organizado pelo IAB-DF. As propostas podem ser enviadas até 14 de maio.

O foco do certame, que conta com apoio da Secretaria Nacional de Habitação e da Associação Brasileira de Cohabs, são os aspectos técnicos de eficiência energética, sustentabilidade, industrialização na construção e replicabilidade.


Três propostas serão consideradas vencedoras, ou seja, classificadas simultaneamente em 1º lugar.

O total de recursos em premiações e contratos é de R$ 459.900,00, assim divididos:

R$20.000,00 para cada um dos seis finalistas (totalizando R$120.000,00 em prêmios);

Contrato de R$113.300,00 para cada um dos três projetos vencedores do 1º lugar (totalizando R$339.900,00 em contratos).


Cronograma

Inscrições: 16/03 a 26/04/2021

Envio dos projetos: 12/05 a 14/05/2021

Análise das propostas pela Comissão Consultiva: 17/05 a 19/05/2021

Avaliação pela Comissão Julgadora: 20/05 a 22/05/2021

Divulgação do resultado: 24/05/2021

Via CAU-GO

Conceito de parede térmica promete aposentar ar-condicionado

Quando falamos em refrigeração ambiente, o ar-condicionado e o ventilador ainda são os aparelhos que mais usamos, certo? O problema é que o primeiro costuma levar às alturas a conta de luz, enquanto o segundo geralmente funciona com aquele barulho muito irritante. Mas o pessoal do IAAC está desenvolvendo um produto que promete acrescentar mais uma alternativa para amenizar o calor.

Trata-se da cerâmica de hidrogênio, um novo material que interage com a temperatura atmosférica, resfriando o ambiente em dias de calor e aquecendo-o no inverno.

Bolhas carregadas

Batizado de hidrocerâmica, o novo material de construção é formado por bolhas de hidrogel que interagem com o meio ambiente. O que é hidrogel? Hidrogel é um insumo tecnológico com capacidade de absorver até 400 vezes sua massa em água.

De acordo com o site de inivações Springwise, o novo material pode ser ‘carregado’ por água e, em dias de calor, evaporar o líquido refrescante para o ambiente interior.

Em sentido oposto, quando chove e a temperatura torna-se mais amena, as bolhas de hidrogênio são carregadas novamente de água e isolam a parede.

Bom, a ideia ainda é um conceito, mas vamos torcer para que nos próximos anos, você encontre essa parede que refrigera sua casa na loja de materiais de construção mais próxima.


Via Engenharia É

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Startup vai lançar bike com pneus da NASA que não furam



Ter o pneu furado durante um passeio de bicicleta já é chato, quando o veículo é usado para locomoção ao trabalho é ainda pior. Mas já há tecnologia disponível para criar pneus que nunca furam e uma startup na Califórnia está desenvolvendo um modelo de bicicleta com a inovação.


Batizado de METL, o pneu futurístico é feito com um material leve e superelástico conhecido como NiTinol +. Quando dobrado, instantaneamente volta à sua forma original. Ele não precisa de ar para rodar, é elástico como borracha, mas forte como titânio. 


De acordo com a startup SMART, o pneu METL possui 7 benefícios: 

Seguro – Elimina a possibilidade de falha de punção

Forte – Pode suportar deformação excessiva

Robusto – Pode ser configurado para alta tração em vários terrenos

Simples – Elimina a necessidade de ar

Versátil – A rigidez do pneu pode limitar a energia transferida para o veículo

Leve – Não é necessária estrutura interna para o conjunto pneu / roda

Limpo – Ecologicamente correto, sem grandes desperdícios de pneus


Utilizando materiais de longa duração, a empresa também afirma que reduzirá o uso de elastômero ou paredes laterais e invólucros de borracha.

O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a Nasa, a Agência Espacial estadunidense que originalmente desenvolveu e testou o material SuperElastic Tire para futuras missões lunares e em Marte. Anteriormente, eram usados pneus de alumínio finos que eventualmente sofreram rachaduras e buracos devido ao terreno difícil de Marte.

Ao contrário do que sugere as imagens de divulgação do protótipo, o pneu será envolvido em um material de borracha e poliuretano – nenhum metal estará em contato direto com o solo.

Fundada em 2020, a SMART Tire Company também está trabalhando com a empresa de micromobilidade Spin, que faz parte da Ford, para desenvolver pneus para scooters elétricos. Além de uma parceria com a marca de bicicleta Felt Bicycles. Tais cooperações ajudarão em pesquisas, análise de dados, ciência de materiais e desenvolvimento de novos produtos.

A startup afirma estar ciente de que serão necessários mais testes para o produto chegar a veículos de 4 rodas, por isso a estratégia inicial é lançar a bicicleta. Mas, a longo prazo, almeja ser a Tesla da indústria de pneus. “Sabemos que estamos a poucos anos de um produto que está pronto para revolucionar toda a indústria automotiva, em escala global”, garante.

Com o mote “Reimaginando a roda, reinventando o pneu”, a startup lançará a bicicleta com os pneus METL em 2022.

Via Ciclo Vivo