sábado, 20 de fevereiro de 2021

Uso de Conteiner para a expansão de Restaurante em São Paulo




[Descrição enviada pela equipe de projeto]
Para a expansão da boulangérie, os clientes adquiriram o terreno ao lado da edificação existente, uma vez que a antiga casa já não suportava mais o volume de produção. Nessa casa já estava sendo empregada uma infraestrutura que nortearia o novo projeto: um container marítimo que era utilizado como estoque de refrigerados e congelados.



Tomando esta referência, concluímos que a nova edificação deveria ser um parque de containers marítimos. Se um modelo refrigerado atendia momentaneamente a questão do estoque, outros modelos secos poderiam atender ao atualizado programa de necessidades: a nova boutique e sanitários para os clientes, bem como as áreas de serviços: refeitório dos funcionários, ampliação da área de produção e escritórios.


Assim, conforme o arranjo dos containers a ser proposto, poderíamos liberar um pátio onde também proporcionaríamos uma ampliação da área de atendimento. Estes foram dispostos em dois pavimentos, além do térreo e uma cobertura jardim.

A implantação possibilitou um acesso de serviços de abastecimento e escoamento dos produtos. Também foi pensada uma conexão entre a loja existente e a nova área de atendimento, aos novos sanitários e à boutique de produtos exclusivos da casa.

O pátio interno, que agora abriga a nova área de atendimento, é um respiro no centro do arranjo, um clássico pátio central que transporta o usuário a uma nova percepção espacial: se na antiga edificação o tema existente era o de um certo aspecto bucólico francês, o novo local sedimenta uma linguagem contemporânea e racional.

Os contêineres marítimos utilizados são provenientes de descarte, poupando quase 40 toneladas de aço cortén. O arranjo das peças foi orientado para que houvesse o mínimo de intervenção necessária à estruturação, considerando que os pontos de apoio dos contêineres podem ocorrer apenas nos cantos. Nos demais pontos foram estudados reforços estruturais escondidos no isolamento térmico das vedações.

Mais detalhes sobre o projeto, Vale o Clique!

Via ArchDaily

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Casa pré-fabricada e transportável tem autonomia hídrica e energética


Qualquer amante da natureza já sonhou em ter uma casinha no meio do mato. Mas, a proposta batizada de Majamaja vai muito além de um lar rústico: trata-se de um modelo pré-fabricado e transportável, que aproveita o melhor dos recursos modernos. 

Natural de um arquipélago finlandês, o arquiteto Pekka Littow é responsável pelo projeto. Segundo ele, o conceito é impulsionado pela necessidade de repensar e minimizar nosso impacto ambiental. 

Sua pequena unidade habitacional é pré-fabricada com peças de madeira. Isso permite que a Majamaja possa ser montada facilmente, sem a necessidade de pesados equipamentos de construção, e em qualquer lugar.

A obra é livre de grandes dores de cabeça: dispensa trabalhos prévios de construção, sendo inclusive independente de conexões de saneamento básico. Para tanto, nada é desperdiçado. Há captação de água da chuva e toda a água cinza (usada para lavar louça e tomar banho, por exemplo) é coletada e purificada para reutilização, enquanto os resíduos do banheiro seco são compostados e reaproveitados como fertilizante. 

O uso de água pluvial somado ao sistema de tratamento de águas residuais de circuito fechado garantem a autonomia hídrica. Já a energia é fornecida por painéis solares e uma célula de combustível. Uma bateria de armazenamento ainda permite que o abastecimento solar esteja disponível a qualquer momento.

A casa também é transportável, uma vez que rapidamente é possível desmontá-la e levá-la aos cantos mais remotos. 

O primeiro projeto de casas Majamaja está em andamento em Helsinque, capital da Finlândia. A previsão é que as primeiras unidades sejam disponibilizadas para aluguel de curto prazo ainda em 2021. Vale o Clique!

Via Ciclo Vivo

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

SkyTower - a torre residencial mais alta do Canadá

A Hariri Pontarini Architects revelou o que se tornará a torre residencial mais alta do Canadá, com pouco mais de 300 metros de altura. Projetado para o centro de Toronto, o projeto de 95 andares – apelidado de SkyTower – fará parte de um condomínio de luxo com três torres chamado Pinnacle One Yonge.

Um arranha-céu de vidro protegido por um exoesqueleto facetado em forma de cristal, a SkyTower será a âncora do local à beira-mar de mais de 400 mil metros quadrados. Hariri Pontarini concebeu o plano diretor e projetou o trio de prédios altos. A primeira torre, a ‘Prestige’ de 65 andares, está atualmente em construção, enquanto a SkyTower, que acabou de ser divulgada ao público, terá 800 unidades que variam de 50 metros quadrados a 220 metros quadrados e começará sua construção em breve.

Segundo os arquitetos, o megaprojeto visa “adensar e valorizar a paisagem urbana das ruas”. Localizado a poucos metros da CN Tower de Toronto, o arranha-céu mudará dramaticamente o horizonte visto do Lago Ontário. O One Yonge será conectado a um sistema de transporte público reformado e incluirá acesso aprimorado para pedestres e ciclistas por meio de calçadas ampliadas, um parque público de 10 mil metros quadrados e um pátio interno entre os três edifícios.

Na base da SkyTower, The Prestige e a futura estrutura de 80 andares planejada para o canto norte do local, também haverá plataformas de vários níveis conectadas por passarelas de vidro e espaços de encontro internacional, de acordo com Hariri Pontarini. Essas áreas abrigarão 15 mil metros quadrados de varejo, um centro comunitário de 5 mil metros quadrados e um hotel de 250 quartos. Em todas as torres, One Yonge abrigará mais de 2.200 condomínios e 140 mil metros quadrados de espaço para escritórios.

Enquanto a SkyTower está disputando o título de complexo residencial mais alto do Canadá, outros projetos definidos para vários locais em toda a cidade também estão buscando grandes prodígios. Por exemplo, o Sidewalk Labs revelou recentemente um modelo digital do que poderia se tornar a torre mais alta do mundo feita de madeira. O polêmico desenvolvimento Quayside da empresa deve ser um local de alta tecnologia cheio de estruturas sustentáveis de alto design de empresas como Snøhetta, Gensler, 3XN, Heatherwick Studios e Michael Green Architecture, entre outras.

No ano passado, Pelli Clarke Pelli anunciou sua visão para um megadesenvolvimento de 400 mil metros quadrados composto por quatro torres de vidro e um parque urbano. O projeto inicial está definido para ser construído ainda mais perto da CN Tower no adjacente Union Park e envolve uma série de parceiros, incluindo Adamson Associates e OJB Landscape Architecture. As propriedades Oxford da Hudson Yards estão liderando o projeto.

Via Engenharia É

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Contêiner é opção de moradia sustentável, mas necessita de cuidados especiais

Você já pensou em morar em um contêiner? Essa possibilidade pode parecer um pouco distante, mas existem pessoas desenvolvendo projetos que transformam em lar a caixa de metal tão usada em transporte de mercadorias. Além de baixos custos e mobilidade, um dos pontos mais atrativos dessa opção está relacionado à sustentabilidade.

“O reúso do contêiner tira do descarte uma estrutura já montada, tem uma instalação menos degradante ao solo e consome menos materiais de construção, reduzindo a demanda de recursos naturais”, explica Ana Carla Fonseca, doutora em urbanismo e fundadora da Garimpo de Soluções.

Por outro lado, explica, a implementação requer mão-de-obra especializada, estudos de conforto e ergonomia, além de manutenção - fatores que podem afastar novos interessados.

Em países da Europa e nos Estados Unidos, o conceito é utilizado há algumas décadas. No Brasil, no entanto, foi mais recentemente que surgiram empresas especializadas na comercialização do item e atividades de adaptação.

“A maioria dos casos que acompanhamos abrange residências individuais, de alto padrão e com projetos autorais”, sinaliza Ana Clara.

Para o arquiteto Bruno Moraes, essa alternativa de moradia atrai quem busca um estilo de vida contemporâneo e livre. “No Brasil, a gente ainda considera a residência como imóvel, não como um móvel, com a mobilidade de levar para onde quiser. Com o contêiner, você pode colocar a residência em um caminhão e transportar para outro lugar com mais facilidade”, ressalta.

Pensando nos desafios de viver em uma “casa contêiner”, tiramos algumas dúvidas com arquitetos para facilitar a elaboração de projetos.

Quais são os contêineres mais comuns?

Existem basicamente dois tipos: o refeer e o dry. Nos dois casos, existem diversos tamanhos. “Os mais comuns na construção civil brasileira são o dry de 20 e 40 pés e o High Cube. Já os do tipo refeer, não são comumente utilizados por possuírem um tipo de isolamento térmico que não é ideal para ser utilizado em um espaço habitável”, contam Bielly Cardozo, Raphael Fortuna e Rogério Tavares, sócios do Estúdio Quadra.

Cuidados em relação à construção

Um dos pontos cruciais é a localização e o acesso ao terreno: é necessário ter certeza de que a caixa de metal conseguirá ser transportada até o local em que a construção será executada, assim como o guincho responsável pelo içamento do equipamento. “O terreno não pode ter nenhuma obstrução para que o guincho consiga deslocar o contêiner, como árvores, rede elétrica e demais elementos urbanos, por exemplo”, afirmam os sócios do Estúdio Quadra.

Eles também destacam a necessidade de um tratamento termoacústico em todas as áreas. Também é importante se atentar à vedação na parede interna para evitar infiltrações.

Tempo de construção

A possibilidade de ter mais agilidade na construção é uma grande vantagem. Em média, o tempo de execução da habitação em contêiner pode ser até um terço menor quando comparada aos sistemas convencionais. Com uma equipe especializada, é viável concretizar o projeto em um prazo de 60 a 90 dias.

Valores

O preço de um contêiner pode variar entre R$ 7 mil e R$ 13 mil, dependendo do tamanho. Porém, ele precisa de uma série de reformas e cuidados até se tornar habitável e essas mudanças podem encarecer. Se esses cuidados forem respeitados, o custo do metro quadrado é de cerca de R$ 2 mil, representando um valor entre 20% a 30% menor do que uma casa de alvenaria.

Como funciona a regularização?

A casa contêiner tem a mesma tributação de uma casa de alvenaria, como explicam os sócios do Estúdio Quadra: “Há inspeção da prefeitura ou da administração regional para a regularização da casa. Sobre o pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), ele é calculado pela projeção da edificação, assim como qualquer outra construção, através de imagens de satélite”, dizem.

Via Casa Vogue

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

As imagens da cidade de Kevin Lynch através de fotografias aéreas

“Parece haver uma imagem pública de qualquer cidade que é a sobreposição de muitas imagens individuais. Ou talvez exista uma série de imagens públicas, cada qual criada por um número significativo de cidadãos.” – Kevin Lynch

A partir desta observação, Kevin Lynch, em seu livro “A imagem da cidade” (1960), inicia uma análise em torno de quais seriam os elementos constituintes daquilo que considera como imagem da cidade. Ao apresentar, descrever e exemplificar estes elementos como objetos físicos perceptíveis, Lynch pondera que outros fatores não físicos como a memória, a função e o próprio nome da cidade também atuam significativamente na construção dessa(s) imagem(ns).


Enquanto um conjunto de elementos, é impossível que sejam dissociados e aplicados de forma exclusiva para uma situação específica nas cidades. Isto é, a Place Charles-de-Gaulle, em Paris, por exemplo, onde está localizado o Arco do Triunfo, poderia ser ao mesmo tempo ponto nodal e marco visual, assim como o relevo montanhoso nos arredores de Antofagasta, no Chile, pode ser considerado tanto um limite e como um marco. Ou seja, nenhum dos elementos propostos por Lynch existe de forma isolada em uma situação concreta e, portanto, o autor conclui que apesar da sua análise se iniciar pela diferenciação e categorização de dados, deve concluir com a sua “reintegração à imagem total”.



Os elementos constituintes da imagem da cidade também podem ser reconhecidos e interpretados de diferentes maneiras a depender do observador e do contexto em que são analisados. Assim, as imagens aéreas apresentadas a seguir para ilustrar os cinco elementos constituintes da imagem da cidade propostos por Lynch revelam uma categorização mutável, interrelacionada e associada a um ponto de vista específico. 

Vias

Lynch descreve as vias como os “canais de circulação ao longo dos quais o observador se locomove de modo habitual, ocasional ou potencial”. Estes canais podem, portanto, ser não só ruas, alamedas e avenidas, mas também vias aquáticas, ferrovias e qualquer outro meio utilizado para circulação nas cidades. As fotografias aéreas da cidade de Bruxelas (Bélgica) e do subúrbio de Dagenham (Inglaterra) revelam as diferenças nas conformações das suas vias.

Limites

Os limites seriam a quebra da continuidade de determinada área, fronteiras (penetráveis ou não) que determinam uma diferença entre localidades, mas também a relação entre elas. Neste sentido, podem ser considerados limites os muros, paredes, corpos d’água, ferrovias, etc. Dois exemplos distintos de limites são os muros ao redor de Lucca, na Itália, e os limites constituídos tanto pelo relevo montanhoso como pelo litoral na cidade de Antofagasta, no Chile.

Bairros

Determinados por suas extensões bidimensionais, os bairros se configuram como uma divisão formal muito recorrente das áreas da cidade. Estes agrupamentos, orientados pela região que ocupam, mas também por um ou mais critérios obtidos a partir de suas características comuns, são base referencial para muitas cidades. Na região central de Madri (Espanha) é possível perceber os diferentes bairros a partir das mudanças nas dimensões dos lotes e no traçado das vias, assim como na região central da cidade de Thessaloniki (Grécia), onde, após um grande incêndio ter destruído grande parte da cidade em 1917, houve uma reconstrução do traçado a partir de um desenho mais geométrico e ordenado.

Pontos nodais

Junções, cruzamentos e convergências de vias e momentos de passagem de uma estrutura para outra são alguns dos exemplos citados por Lynch como pontos nodais nas cidades. Apesar desses exemplos sempre remeterem à ideia de movimento, o autor afirma que os pontos nodais podem ter natureza tanto de conexões como de concentrações, como é o caso dos pontos de encontro em esquinas e praças. Essas características ficam claras ao observar tanto a imagem aérea de La Plata, na Argentina, como a da Plaça de Tetuan, em Barcelona (Espanha), pois ambas retratam pontos nodais conformados pelo cruzamento de vias e presença de praças.

Marcos

Como pontos de referência externos, os marcos visuais se distinguem dos pontos nodais por não serem penetráveis. Ainda que o marco possa ser um edifício e, portanto, ser possível ser acessado, é utilizado pelo observador apenas como referência visual externa. Os marcos podem ter menores ou maiores escalas, podendo variar de pequenas placas de sinalização a torres, montanhas, ou até mesmo o Sol. Dois exemplos de marcos muito conhecidos são a Estátua da Liberdade, em Nova York (Estados Unidos) e as Torres Asinelli e Garisenda, em Bolonha (Itália).

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Via ArchDaily

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Paris pode ter 'ponte verde' com 3.500 m² de área verde para plantar alimentos sobre o Sena

Um protótipo desenhado para Paris pretende criar uma grande "ponte verde" sobre o Rio Sena, conectando dois dos principais parques da capital francesa — o Parc de Bercy e os Jardins Abbé-Pierre – Grands-Moulins. Muito mais do que uma passagem, porém, a construção promete ser uma espécie de parque suspenso com foco em sustentabilidade: a "linha verde", como é chamado o projeto do escritório Vincent Callebaut Architectures, utilizará energia de fontes renováveis, terá soluções para reaproveitamento de água e sobras, e otimizará o uso de seus recursos por meio da tecnologia. A ideia é que a passagem abrige restaurantes e áreas verdes com hortas para plantio dos alimentos a serem usados pelos estabelecimentos.

Com o design inspirado em um esqueleto de peixe, a "linha verde" propõe uma vista panorâmica que inclui alguns dos principais pontos de Paris, como a Biblioteca Nacional da França. O local também contaria com estufas de horticultura capazes de abrigar 3.500 m² de hortas e pomares. O objetivo é conscientizar e estimular a alimentação saudável seguindo a tendência do "slow food" (movimento de oposição ao fast food). Os alimentos orgânicos cultivados no local podem ser usados pelos restaurantes que ali se instalarem. Segundo o Vincent Callebaut Architectures, a "linha verde" teria capacidade para produzir 87.500 quilos de alimentos por ano.


Do ponto de vista ecológico, o projeto também promete ser autossuficiente em termos energéticos. A ideia é que a ponte abrigue 3 mil m² de painéis solares para produzir eletricidade e água quente. O projeto também será equipado para utilizar energia eólica. Além disso, a "linha verde" também tem como um de seus objetivos principais controlar a poluição gerada na capital francesa, melhorando a qualidade do ar. Pela proposta, a vegetação intensa da ponte seria capaz de capturar até 125 toneladas de CO2 e de outras partículas poluentes por ano.

O projeto foi proposto em 2018 como parte da competição internacional C40 - Reinventing Cities ("Reinventando cidades", em tradução livre), promovida pelo Grupo C40 de Grandes Cidades para Liderança do Clima.  Ainda não foram divulgadas informações a respeito de datas para a construção.

Via Casa Vogue

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Anunciados os vencedores do Architecture Drawing Prize 2020

O World Architecture Festival anunciou os vencedores do Architecture Drawing Prize 2020. As inscrições foram escolhidas nas categorias Digital, Desenho à Mão e Híbrido. O concurso recebeu 165 inscrições de 30 países, e a competição de 2020 também introduziu o ‘Prêmio Lockdown’ com foco na pandemia global, concedido a um desenho relacionado às mudanças arquitetônicas trazidas pelo COVID-19.

WAF é o maior evento arquitetônico anual, internacional e ao vivo do mundo. Inclui o maior programa internacional de prêmios de arquitetura do mundo. Com curadoria de WAF, Museu Sir John Soane e Make Architects, este prêmio abrange o uso criativo de ferramentas digitais e renderizações produzidas digitalmente, enquanto reconhece a importância duradoura do desenho à mão.

Para conferir mais desenhos premiados, Vale o Clique!

Via ArchDairly

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Zaha Hadid Architects projeta par de arranha-céus futuristas unidos por um terraço verde na China

Não é de hoje que a China surpreende com construções futuristas que parecem ter saído de um filme de ficção científica. O novo projeto revelado pelo escritório Zaha Hadid Architects deve se juntar a esta lista. O renomado grupo de arquitetos está trabalhando em um par de arranha-céus que vão se conectar por meio de terraços arborizados. Projetada para um novo centro financeiro da cidade de Shenzhen, a Torre C, como é denominada a construção, deve atingir 400 metros de altura e se tornar um dos prédios mais altos da cidade.

Com uma estrutura de vidro ondulada, a Torre C deve combinar uma proposta futurista com um conceito sustentável. Os dois arranha-céus que formam a estrutura serão conectados por terraços com árvores e jardins aquapônicos, que combinam técnicas de agricultura tradicional com hidroponia. A ideia é fazer com que esta área do edifício seja parte de um parque local e se torne um novo espaço público da cidade.

O edíficio será construído com materiais reciclados ou itens que possuem baixos níveis de carbono incorporado. Além disso, para reduzir os gastos com energia, o prédio foi pensado para contar com grandes vidraças que permitirão a entrada de luz e ventilação natural. Já para incentivar que as pessoas utilizem menos carros, o prédio terá ainda espaços de armazenamento de bicicletas e conexão direta para a rede de metrô da cidade.

A autossuficiência em água e energia também foi um dos pontos considerados pelo escritório. A Torre C contará com um sistema de coleta e reaproveitamento de água, além de painéis de energia solar capazes de alimentar todo o edifício. Haverá ainda uma gestão inteligente para monitorar as condições externas e ajustar automaticamente o sistema de aquecimento do prédio para reduzir o consumo de energia.

O projeto da Torre C apresentado pelo Zaha Hadid Architects foi o vencedor de uma competição local para escolher os edifícios corporativos que formarão o novo complexo financeiro da cidade asiática. A estimativa é que o espaço receba cerca de 300 mil pessoas.

Via Casa Vogue

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Rio Pinheiros vai ganhar parque linear e deve ser totalmente despoluído até 2022

O governo de São Paulo anunciou que o Rio Pinheiros vai ganhar um parque linear com ciclovia, pista de corrida e muita área verde. O projeto faz parte de um contrato para revitalizar as margens do rio, além de aproximar a população do local.

O planejamento faz parte do programa “Novo Rio Pinheiros", realizado em parceria com a iniciativa privada. De acordo com o governador João Doria, o consórcio investirá, nos próximos cinco anos, cerca de R$ 30 milhões para implantação e manutenção do parque, que também terá ciclovia, cafés e banheiros, além de acessos para a entrada do público.

A área de lazer será localizada na margem Oeste do Pinheiros e terá o início das obras em fevereiro deste ano, com previsão de término até fevereiro de 2022. O trecho possui mais de oito mil metros de extensão e a intenção é de que seja interligado a outros parques públicos da região.

Via Casa Vogue

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Centro Pompidou em Paris será fechado por três anos para reformas

O Centro Georges Pompidou em Paris, França, também conhecido como Beaubourg, passará por grandes reformas. Projetado na década de 1970 pelos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers e inaugurado em 1977, uma das principais atrações culturais da capital francesa será totalmente fechada a partir do final de 2023 até 2027. Com claros sinais de envelhecimento, principalmente nos sistemas de aquecimento e refrigeração, escadas rolantes e elevadores, esta não é a primeira reforma do museu – em 1997, no marco de seu 20º aniversário, o Beaubourg foi fechado por alguns anos.

Notícias destacam que o Centro Pompidou fechará totalmente para reformas durante 3 anos. A ministra da cultura da França, Roselyne Bachelot, optou por não manter o centro cultural aberto durante as obras de renovação, para economizar fundos e encurtar a duração dos trabalhos de 7 para 3 anos. Segundo o jornal Le Figaro, as obras de reforma estão estimadas em cerca de US$ 243 milhões. Recebido inicialmente com muitas críticas, o Centro Pompidou foi um grande marco na arquitetura europeia e mundial. Renzo Piano e Richard Rogers, na época ainda pouco conhecidos, venceram o concurso internacional em 1971 com sua proposta high tech.

Com uma abordagem bastante original para a época, o projeto expôs toda a infraestrutura do edifício, tornando visíveis todos os sistemas internos da arquitetura. Os sistemas mecânicos e estruturais foram deslocados para o exterior, "não apenas para que pudessem ser compreendidos, mas também para maximizar o espaço interior". Incluindo uma grande biblioteca pública e um centro de pesquisa voltado à música, o edifício se tornou um dos pontos mais visitados de Paris, atraindo muito mais visitantes do que o esperado ao longo dos anos.

Via ArchDaily

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Roma vai reformar o Coliseu

Já imaginou ver um show ou ir a uma peça de teatro no Coliseu? Em alguns anos, é possível que isso se torne realidade. É que o governo italiano planeja reconstruir o piso original do anfiteatro romano até 2023. Segundo a BBC, o projeto terá um orçamento total de 18,5 milhões de euros (equivalente a cerca de R$ 119 milhões na cotação atual) e deve começar no próximo ano. A ideia é reconstruir o piso retrátil que costumava encobrir o "Hypogeum", ala subterrânea da arena atualmente exposta. 

Nos tempos do Império romano, o "Hypogeum" abrigava jaulas e um sistema de túneis. A arena era usada para combates que geralmente envolviam pessoas escravizadas e animais selvagens. Como tais episódios violentos eram considerados entretenimento, o Coliseu possuía um piso retrátil que encobria o "Hypogeum", permitindo que animais e lutadores emergissem "de surpresa" na arena. A ideia do governo italiano é recriar o piso, com réplicas historicamente precisas dos alçapões e elevadores subterrâneos.

[...] Segundo Dario Franceschini, ministro da Cultura italiano, a ideia é permitir que os visitantes possam apreciar o Coliseu ficando de pé no centro da arena (o acesso ao Hypogeum, hoje, é restrito a visitas que exigem ingressos específicos). Além disso, após os trabalhos serem concluídos, também será possível organizar eventos culturais na arena, como peças de teatro e concertos musicais.  

O principal foco de qualquer firma que queira se candidatar a planejar a reforma do Coliseu deve ser, obviamente, a preservação histórica. Um dos pontos mais cruciais é que o novo piso seja capaz de ser rapidamente fechado para proteger a parte substerrânea do Coliseu em caso de chuvas. 

Via Casa Vogue

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Carros perdem espaço para bikes nas pontes de Nova Iorque

A prefeitura de Nova York planeja fechar uma pista nas pontes de Brooklyn e Queensboro para reservá-las às bicicletas e outros veículos leves movidos a pedal. Os planos cicloviários para as duas travessias do East River – chamadas “Pontes para o Povo” – foi revelado no discurso final do prefeito Bill de Blasio na última quinta-feira (28), segundo a publicação de Emma G. Fitzsimmons e Winnie Hu para o jornal The New York Times.

Os planos são a última vitória dos defensores do transporte ativo, que têm pressionado cada vez mais o prefeito a destruir a cultura automotiva arraigada que sempre predominou nos quase 10 mil km de ruas da cidade.

Durante o mandato de Bill de Blasio, as autoridades de transporte da cidade construíram quase 200 km de ciclovias protegidas, como parte dos esforços da cidade para ter 2.200 km de vias cicláveis, o que será a maior rede urbana para a circulação de bicicletas nos Estados Unidos. A gestão democrata na metrópole também expandiu o sistema de compartilhamento de bicicletas Citi Bike, hoje muito utilizada.

Um desafio novo está sendo enfrentado pelo plano de segurança para bicicletas, após um pico de mortes de ciclistas nas ruas da cidade em 2019. O plano prevê investimentos de 58,4 milhões de dólares inclui a instalação de ciclovias mais protegidas e o redesenho dos cruzamentos para torná-los mais seguros aos ciclistas.

A cidade tinha quase 1,6 milhão de ciclistas antes da pandemia e o ciclismo explodiu nas quatro pontes do East River em Manhattan, aumentando 55% em novembro de 2020 em comparação com no mesmo mês de 2019. O aumento fez com que os defensores da segurança nas ruas pressionassem o prefeito a ir mais longe em um momento em que a necessidade de mais espaço ajudou a impulsionar a maior mudança nas ruas em décadas.

O programa de ruas abertas da cidade se tornou um dos sucessos mais notáveis da pandemia, transformando ruas antes cheias de carros para caminhadas, ciclismo e refeições ao ar livre. Agora, a cidade finalmente resolverá as preocupações de longa data sobre a ponte de Brooklyn, que há muito tempo é conhecida como uma rota particularmente perigosa para ciclistas, e a ponte de Queensboro.

Ao anunciar o plano, a gestão de Blasio afirmou que já era hora de “trazer as duas pontes para o século 21 e abraçar a visão de um futuro sem carros, com um novo plano radical”. De acordo com o plano, a cidade proibirá os carros da faixa interna do lado da ponte do Brooklyn para Manhattan para construir uma ciclovia de mão dupla. A área de passeio existente no centro da ponte (promenade), que é elevada acima das faixas de rodagem, será usada apenas por pedestres.

As novas ciclovias são o resultado de décadas pressões dos ativistas que defendem o transporte ativo. “Converter faixas de carros em ciclovias em duas de nossas pontes mais importantes é um salto gigante para a cidade de Nova York”, disse Danny Harris, diretor executivo da Transportation Alternatives, um dos grupos de pressão da sociedade. “Esperamos trabalhar com a administração de Blasio neste novo projeto vital e em outros esforços para melhorar a infraestrutura para ciclistas e pedestres em pontes e ruas dos cinco bairros”, acrescentou Harris.

Obviamente, como em todo lugar, há quem seja contra as mudanças. O deputado David I. Weprin avalia que a a retirada de uma faixa dos carros nas duas pontes só irá piorar os congestionamentos quando a cidade se recuperar da pandemia e mais pessoas voltarem ao trabalho. “Ainda há muitas pessoas que dirigem para Manhattan, bem como pequenas empresas que dependem dessas pontes”, disse Weprin. “Certamente será um problema quando a cidade voltar.”

Via Ciclo Vivo

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Na Bélgica, a moda é imortalizar os pets em mosaicos na calçada




No distrito de Schaerbeek, em Bruxelas, na Bélgica, a moda é instalar mosaicos em frente às casas retratando os mais amados animais de estimação de cada família. A novidade, que começou como um projeto único da artista Ingrid Schreyers, se tornou tendência e foi além: é hoje política pública. Sim, com o sucesso dos mosaicos de Schreyers, instalados nas calçadas das casas da região, o governo do distrito decidiu participar, e realizar a produção e instalação dos simpáticos mosaicos.

Qualquer mosaico criado por artistas locais ou mesmo pelos próprios residentes podem ser instalados nas calçadas – e ainda que muitos tenham escolhido retratar seus animais, evidentemente que essa não é uma exigência, e algumas famílias escolheram imagens diversas para adornar a entrada de suas casas.

A maioria, porém, imortalizou gatos e cachorros em seus mosaicos, que aos poucos estão se tornando atração na região. 

Via Hypeness




terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Harley-Davidson apresenta nova marca e sua primeira bicicleta elétrica

Conhecida por suas motos, a Harley-Davidson anunciou agora sua nova marca e a primeira bicicleta elétrica da empresa. A Serial 1 Cycle Company é a marca por trás da Serial Number One, que inaugura uma nova divisão da empresa com 117 anos de história.

Segundo o Design Taxi, o visual da primeira e-bike da empresa é inspirado na primeira motocicleta feita pela Harley-Davidson. A Serial Number One tem um conceito elegante e vintage, com rodas brancas, com banco de couro, um motor de acionamento central, além de faróis e lanternas traseiras emoldurados.

Para a Eletrek, a Harley-Davidson afirmou que o projeto ainda está aprimorando seu protótipo, e o design apresentado ainda é um trabalho em progresso. Por ora, a empresa está testando materiais e design para que o produto encontre a melhor alternativa para unir essa ideia de elegância e apelo vintage.

Com uma e-bike, você ainda precisa pedalar, mas a presença de um motor facilita a atividade e faz com que a bicicleta tenha muito mais força própria e facilite que você faça percursos mais longos com menor desgaste. A bicicleta da Harley-Davidson pode percorrer até 45 km/h. O projeto deve apresentar sua versão finalizada já em 2021, em março

Via B9

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Escritório projeta casas de bambu que parecem parte da natureza

O escritório de arquitetura RAW Architecture apostou em artesanato e materiais locais para projetar três propriedades situadas no topo de uma colina de Mekarwangi, na Indonésia. Um único terreno cedeu espaço para uma oficina artesanal, uma casa residencial para uma família e um pequeno edifício que inclui um consultório de dentista e um estúdio de design. As propriedades foram pensadas para parecer parte da paisagem e se encaixar de forma orgânica na natureza.

As três construções feitas pelo escritório utilizam plástico reciclado, bambu e pedra locais. A oficina artesanal, chamada Kujang, consiste em uma estrutura elevada de dois andares. O espaço recebeu estruturas de bambu e um telhado ondulado que é uma referência ao movimento natural dos pássaros.


Já a propriedade central, construída para uma família, é um pequeno edifício de três andares que conta com três quartos, áreas comuns e banheiros compartilhados. A casa foi construída com base na combinação de técnicas de marcenaria tradicionais e bambu. Para preservar a estrutura e protegê-la das chuvas e ventos, os arquitetos cobriraram a madeira com painéis de plástico reciclado. Além disso, o estúdio adicionou janelas estreitas ao redor de toda a construção para garantir a entrada de luz natural e ventilação.

Por fim, o último espaço projetado pelos arquitetos, denominado Saderhana, é a menor construção do terreno. Construído com pedra e bambu, o imóvel conta com um andar térreo e um piso subterrâneo. No térreo, há uma pequena sala de dentista, uma biblioteca e um estúdio de design. Já o subsolo possui um acabamento bastante cru, que parece parte da natureza, e é utilizado como área de orações e meditações.

Via Casa Vogue