Dona de um patrimônio imobiliário de mais de 750 mil imóveis cadastrados, o governo federal pretende arrecadar R$ 30 bilhões até 2022 com as vendas. A Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SPU), do Ministério da Economia, pretende se desfazer de 3,8 mil imóveis.
São apartamentos, salas e lojas, entre outros, que estão vagos e muitos são considerados fora do padrão adequado para o funcionamento da administração pública.
Atualmente, a União tem 53 mil imóveis reservados para uso do governo. Os dados fazem parte de um levantamento exclusivo da SPU, feito a pedido do Metrópoles.
A “esteira de desinvestimento”, como o governo chama o processo, tem dois lados: um, de arrecadação; o outro, de economia. A União tem gastos elevados com manutenção de imóveis desocupados, totalmente sem uso.
O mais recente exemplo é o Edifício Joseph Gire, mais conhecido como A Noite, arranha-céu localizado na Praça Mauá, no centro do Rio de Janeiro, que foi colocado à venda pelo Ministério da Economia.
Com custo mensal de manutenção que chega a R$ 300 mil, o governo pretende arrecadar R$ 90 milhões. O prédio já figurou como o mais alto da América Latina, abrigou o jornal vespertino A Noite — de onde surgiu o apelido — e foi sede da Rádio Nacional. Empresas e órgãos públicos também funcionaram no local.
Segundo a SPU, em 2019 o governo teve um gasto de R$ 3,2 milhões com manutenção de imóveis desocupados. A conservação do Edifício A Noite não está incluído no valor, pois o imóvel só foi transferido para a SPU em 2020.
Fazendas, hotéis e lojas
Mas não só de apartamentos funcionais e sedes desocupadas é composta a carta de imóveis do governo federal. Na lista, segundo a SPU, aparecem com frequência armazéns, galpões, fazendas, lojas e hotéis, entre outros.
As edificações mais comuns são terrenos (56%), apartamentos (10%), casas (10%) e edifícios/prédios (5%). Muitos ainda passarão por avaliação para serem vendidos.
Por fim, 62% dos imóveis se concentram em quatro unidades da Federação: 22% em São Paulo, 18% no Distrito Federal, 12% em Minas Gerais e 10% em Mato Grosso do Sul. Mais detalhes, Confira!
Via Metrópoles
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