terça-feira, 24 de março de 2020

Pelo sétimo ano consecutivo, Campinas é certificada em ranking ambiental

Pelo sétimo ano consecutivo, Campinas é certificada no ranking de gestão ambiental do Estado de São Paulo, por meio do Programa Município VerdeAzul. Com nota 88,7, Campinas ficou em segundo lugar entre as cidades com mais de 500 mil habitantes.

Para o secretário do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Campinas, Rogério Menezes, mudanças nos critérios de avaliação e a evolução dos municípios pequenos no ranking alteraram a posição de Campinas no ranking geral mas, entre os municípios de mesmo porte, o município desponta com ótima classificação.

“Nosso resultado segue excelente, com nota próxima a nove. Vamos seguir trabalhando para nos manter em patamares elevados. Uma coisa é fazer gestão ambiental na metrópole, outra bem diferente é evoluir em pequenos municípios, muitos dos quais cresceram no ranking”, disse Menezes.

Além da SVDS, as secretarias municipais de Transportes; Educação, Serviços Públicos e a Sanasa, entre outras, contribuíram para Campinas crescer e se manter no topo do ranking Programa Município VerdeAzul.

“Trabalhamos juntos para uma cidade mais sustentável, por uma Campinas do futuro, que realmente trabalha com a variável ambiental em busca da melhora da qualidade de vida das pessoas e com o desenvolvimento econômico. Sem ele, não é possível recuperar o meio ambiente. Nós precisamos de um ciclo de prosperidade econômica, mas que considere e preserve o meio ambiente para as atuais e as futuras gerações”, conclui o secretário.

O Programa Município VerdeAzul foi criado em 2007 pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente com o objetivo de premiar os melhores desempenhos e estimular as prefeituras paulistas a executarem políticas públicas em favor do desenvolvimento sustentável.

A pontuação do ranking avalia a qualidade dos serviços prestados em dez diretrizes da agenda ambiental de cada um dos municípios, abrangendo os seguintes temas estratégicos: município sustentável; estrutura e educação ambiental; conselho ambiental; biodiversidade; gestão das águas; qualidade do ar; uso do solo; arborização urbana; e esgoto tratado e resíduos sólidos. Cada uma das áreas leva uma nota de 0 a 10, totalizando, no final, no máximo, 100 pontos.

Via The Greenest Post

segunda-feira, 23 de março de 2020

Usina solar flutuante é testada no reservatório Billings em São Paulo

O projeto piloto da primeira usina fotovoltaica flutuante da cidade de São Paulo começou a operar no dia 28 de fevereiro de 2020 no reservatório Billings, junto à usina elevatória de Pedreira. Foram investidos R$ 450 mil em equipamentos e o empreendimento de 100 kilowatts passa a ocupar uma área de mil metros quadrados.

O projeto piloto vai funcionar como teste durante 90 dias e faz parte de ações para o desenvolvimento de fontes alternativas e sustentáveis na geração de energia elétrica. A instalação é uma parceria entre a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, por meio da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE), e a Sunlution Soluções em Energia Ltda.

Desenvolvimento sustentável

“Nós temos que buscar alternativas em parceria com a iniciativa privada e com a população a fim de mudarmos nossos hábitos e investirmos no desenvolvimento sustentável. Cuidar do meio ambiente é um dever de todos! A SIMA está atenta e buscando desenvolver políticas públicas e ações que contribuem para preservar o nosso meio ambiente”, explica o secretário Marcos Penido.

O teste servirá para avaliar a viabilidade da implantação de usinas fotovoltaicas nos reservatórios da Capital e, se a experiência demonstrar a viabilidade desse tipo de fonte, a EMAE abrirá uma nova chamada pública para implantação de usinas fotovoltaicas flutuantes nas represas Billings e Guarapiranga.

A escolha da empresa Sunlution para implantação do projeto piloto ocorreu por meio de um Chamamento Público, lançado em outubro. A empresa enviou a documentação comprobatória dentro dos critérios técnicos e financeiros exigidos pela companhia. A energia gerada deve alimentar um dos escritórios da EMAE.

Via ArchDaily 

domingo, 22 de março de 2020

Planet Smart City vai lançar 30 projetos residenciais de grande escala até 2023

A Planet Smart City, líder global em cidades inteligentes inclusivas, concluiu sua mais recente rodada de aumento de capital. A empresa, sediada em Londres (Reino Unido) e com escritórios no Brasil, na Itália e na índia, captou € 24 milhões de euros de novos investidores e atuais acionistas, elevando o valor total arrecadado desde a formação da empresa, em 2015, a € 100 milhões de euros.

Os fundos serão utilizados para financiar os ambiciosos planos de crescimento global da empresa, que incluem o lançamento de 30 projetos residenciais de grande escala até ao final de 2023. Os recursos também serão utilizados para desenvolver ainda mais a plataforma digital da empresa, com a criação de novos serviços e experiências para os moradores dos seus empreendimentos.

Para a CEO da Planet Smart City no Brasil, Susanna Marchionni, os fundos facilitarão a expansão no Brasil, mercado-chave para a empresa. “O Brasil está entre os cinco países com maior déficit habitacional em todo o mundo e estamos muito satisfeitos em oferecer um novo conceito de morar, com mais qualidade, tecnologia e serviços. Nosso conceito vem sendo muito bem recebido no Brasil e vamos acelerar o crescimento aqui”.

Entenda o conceito da Planet Smart City
A empresa projeta e constrói cidades e bairros que colocam as pessoas ao centro de cada projeto. Suas equipes multidisciplinares integram soluções inteligentes e inovadoras em arquitetura e planejamento urbanístico, tecnologia, meio ambiente e práticas de inovação social para oferecer residências de alta qualidade, com preço acessível, criando valor de longo prazo para seus moradores.

À medida em que a Planet vê as cidades evoluindo, a empresa entrega mais do que casas, mas empreendimentos ricos em tecnologia, serviços e programas de inovação social, tudo isso apoiado pelo Planet App – o aplicativo gratuito dos seus bairros e cidades inteligentes.

Fundada em 2015 pelos especialistas italianos no mercado imobiliário Giovanni Savio e Susanna Marchionni, e presidida pelo físico e empresário Stefano Buono, a Planet tem a visão de oferecer a todos a oportunidade de viver em um lar melhor.

A empresa atua para transformar a crise global de moradia em países com grande déficit habitacional e também trabalha em parceria com desenvolvedores em todo o mundo para revitalizar construções e comunidades já existentes, por meio de tecnologias inteligentes. Seu know-how é transferido globalmente, sempre atendendo à cultura e às necessidades locais.

Cidades Inteligentes Inclusivas no Brasil
A proposta única da Planet se tornou realidade no Brasil, onde está construindo a Smart City Laguna (Ceará), a primeira Cidade Inteligente Inclusiva do mundo; e a Smart City Natal (Rio Grande do Norte); e recentemente anunciou o Viva!Smart, um projeto com 2.500 apartamentos inteligentes em São Paulo, e a Smart City Aquiraz (também no Ceará). Juntos, esses empreendimentos ofertarão casas de qualidade para milhares de pessoas. 

Saiba mais sobre cada empreendimento. Vale o Clique!

Via Engenharia É 

sábado, 21 de março de 2020

Renzo Piano divulga seu primeiro projeto residencial nos EUA

Recém concluído, Eighty Seven Park em Miami é o primeiro edifício residencial de Renzo Piano nos EUA. O vencedor do Prêmio Pritzker, conhecido por suas obras culturais em todo o mundo, propôs em Miami uma arquitetura que cria a ilusão flutuar acima do oceano e do parque.

Com interiores projetados pelo escritório RDAI de Paris, conhecido por seu trabalho para a companhia Hermès, e projeto paisagístico concebido pela West 8 de Roterdã, o Eighty Seven Park "confunde os limites entre imaginação e ofício."

Projetado para parecer uma estrutura que flutua sobre a orla, o edifício é o primeiro empreendimento residencial do arquiteto italiano nas Américas. Desafiando a gravidade, o complexo conta com 68 unidades e um parque privado de dois acres acessado pelos moradores. O projeto também conta com duas piscinas, um spa com banho turco, um bar de vinhos e uma biblioteca.

Via ArchDaily 


sexta-feira, 20 de março de 2020

Maior piscina em balanço da Europa está sendo construída em Múrcia, Espanha

A Clavel Arquitectos está por trás da construção do Odiseo, um edifício concebido para funcionar como centro recreativo na cidade de Murcia, Espanha. A primeira coisa a chamar a nossa atenção neste oásis urbano é a estrutura da maior piscina em balanço da Europa - e a segunda do mundo.

Texto enviado pelos autores. O arquiteto responsável pelo projeto, Manuel Clavel Rojo, fundador do escritório Clavel Arquitectos, foi quem inaugurou esta piscina suspensa de 42 metros de comprimento e 20 metros de balaço. Ao fazê-lo, Clavel dá continuidade a uma tradição na qual os autores de projetos ousados e inovadores, assumem o risco de comprovar a segurança de suas próprias criações.

Localizado em uma periférica ao centro histórico de Múrcia, o edifício foi concebido de forma a criar um microclima protegido do clima hostil do sul da Espanha. Múrcia é conhecida como uma das cidades com mais horas de sol da Europa e por isso, recebe um enorme contingente de turistas todos os anos. Desta forma, os arquitetos propuseram a construção de um bosque elevado que alcança os trinta metros de altura, o qual encontra-se protegido por uma trama tubular que junto a um espelho d'água, colaboram para criar um microclima controlado e agradável neste cálido cenário mediterrâneo. Esta abordagem é um reflexo dos tradicionais esquemas de casa pátio, os quais remontam o século X e servem para melhor controlar a temperatura dos espaços interiores assim como para aproveitar a ventilação natural. No total, o programa de mais doze mil metros quadrados encontra-se distribuído entre seus diversos elementos: um jardim, espaços recreativos para adultos e crianças, praça de alimentação, espaços expositivos e performáticos.

Devido a sua localização frente as rodovias de circunvalação do centro de Múrcia, o edifício procura se fazer visível em meio a uma paisagem repleta de informações publicitárias e placas de propaganda dos centros comerciais vizinhos. De forma parecida, a estrutura do centro recreativo utiliza a vegetação para chamar à atenção dos transeuntes a respeito do programa que ela abriga. Para a construção do edifício, os proprietários contrataram mão de obra local, promovendo a micro economia da região de forma responsável.

Arquitetura, comunicação e natureza se sobrepõe para dar forma a um espaço acolhedor em meio a uma área inóspita e hostil, criando um oásis urbano de uso público e microclima agradável, aberto à todos os cidadãos.

Via ArchDaily

quinta-feira, 19 de março de 2020

Coronavírus: orientação para profissionais em canteiro de obras





O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal – CAU/DF divulgará uma série de publicações em suas redes sociais que trazem informações essenciais para arquitetos e urbanistas e demais profissionais que trabalham em obras de construção e reforma, e que por algum motivo não podem interromper temporariamente a obra.

A proposta é orientar sobre as medidas preventivas que devem ser adotadas nos canteiros de obras a fim de impedir a disseminação do vírus COVID-19, o Coronavírus. Sabemos da importância em dar continuidade aos serviços prestados por vocês aos seus clientes e à sociedade, mas, neste momento delicado, é preciso redobrar as medidas de segurança e proteção pessoal e coletiva em obras.

Leia as orientações:

1. Afixar cartazes em tamanho compatível à leitura e avisos sobre higiene pessoal e comportamento de risco;
2. Montar equipes fixas com, no máximo, 2 ou 3 funcionários trabalhando ao mesmo tempo, mas nunca no mesmo espaço;
3. Minimizar o trânsito de pessoas entre equipes de obras diferentes;
4. Disponibilizar máscaras a todos, para uso frequente. Os instrumentos de uso pessoal não deverão ser compartilhados;
5. Disponibilizar álcool gel e sabonete líquido a todos na entrada da obra, no barracão e na entrada dos banheiros;
6. Orientar sobre a importância de lavarem as māos e narinas com frequência e corretamente;
7. Disponibilizar copos descartáveis para serem utilizados somente uma vez, evitando o compartilhamento;
8. Instituir o transporte solidário, em que apenas uma pessoa seja o motorista responsável, evitando, assim, o uso do transporte público coletivo;
9. Evitar contato com o público externo (fornecedores, clientes etc), e
10. Comunicar o chefe ou superior ao primeiro sinal de gripe/resfriado (febre, tosse, coriza, falta de ar, dor no corpo e outros sintomas do COVID-19).

Via ArchDaily 

segunda-feira, 9 de março de 2020

Yvonne Farrell e Shelley McNamara recebem o Prêmio Pritzker 2020

Em 41 anos de história, segunda vez que apenas mulheres recebem o prêmio com o mais importante prêmio de arquitetura do mundo

As irlandesas Yvonne Farrell e Shelley McNamara são as vencedoras de 2020 do Pritzker, principal prêmio de arquitetura do mundo.

A dupla foi escolhida, segundo a organização da premiação, por ter um trabalho que se equilibra entre força e delicadeza, com projetos que trazem contemporaneidade ao mesmo tempo em que honram a história do espaço que ocupam.

“Elas demonstram uma incrível força em suas arquiteturas, mostram uma relação profunda com a situação local em todos os aspectos, estabelecem respostas diferentes para cada projeto ao mesmo tempo em que mantêm uma honestidade com as próprias obras”, disse o anúncio oficial da vitória.

Em 41 anos de premiação, esta é a segunda vez que apenas mulheres levam o título. Antes de Farrell e McNamara, apenas a iraquiana-britânica Zaha Hadid tinha sido contemplada com o Pritzker, em 2004, pelo seu “inabalável compromisso com o modernismo”, segundo o júri. Nas outras duas ocasiões que arquitetas foram contempladas -- Carmem Pigem, em 2017; e Kazuyo Sejima em 2010 --, elas dividiram a honraria com seus sócios, homens.


A trajetória da dupla
Yvonne Farrell (1951) e Shelley McNamara (1952) se conheceram na Escola de Arquitetura da Universidade de Dublin, na década de 1970.

As duas se formaram em 1976 e, dois anos depois, montaram o escritório Grafton Architects, batizado com o nome da rua em que era localizado à época. Desde 2015, Farrell e McNamara são professoras adjuntas de arquitetura na instituição na qual se conheceram.

Ao site do Pritzker, as duas contaram que o interesse pela arquitetura começou quando eram crianças.

“Meu despertar para a experiência arquitetônica foi uma visita que eu fiz quando criança em uma casa do século 18 na rua principal da cidade de Limerick [centro-oeste da Irlanda], onde minha tia vivia”, afirmou McNamara. “Isso me deu um senso de deslumbre sobre o que uma casa podia ser, e eu lembro claramente a sensação vívida de espaço e de luz, foi algo revelador para mim”, disse.

Farrell conta que um piano foi fundamental para despertar seu interesse pela arquitetura.

“Uma das minhas memórias mais antigas é a de estar deitada em um colchão no chão, embaixo do piano que tínhamos em casa”, disse. “Minha mãe estava tocando e eu lembro de ficar consciente sobre o espaço que estava preenchido com aquela música”, acrescentou.


A produção da dupla em 3 obras
Farrell e McNamara contam com uma longa carreira. O Nexo destaca abaixo três construções para se conhecer o trabalho da dupla que ganhou o Pritzker 2020.


Universidade de Kingston - Londres, Reino Unido - 2020
Entregue em fevereiro de 2020, o Centro de Ensino da Universidade de Kingston, em Londres, tem três andares e ocupa uma área total de 9.400 m².

O prédio serve como um centro cultural adjunto à Universidade de Kingston e conta com a principal biblioteca da instituição, estúdios, cafés e espaços de convivência entre os alunos.

O centro de ensino londrino aposta no concreto em seu exterior, com as vigas do material formando molduras nos três níveis do prédio.

Ao Arch Daily, as arquitetas afirmaram que o projeto foi feito com o desejo de incentivar o aprendizado informal entre os alunos e conectar a instituição à comunidade local do centro de Londres.




Biblioteca municipal - Dublin, Irlanda - 2018
Em 2018, Farrell e McNamara entregaram o projeto da biblioteca municipal de Dublin, capital da Irlanda.

A aposta também foi no concreto e em angulações inclinadas, seguindo os preceitos da arquitetura contemporânea. O Centro Cultural Parnell, que administra a biblioteca, publicou um comunicado oficial em seu site afirmando que o projeto foi guiado pelo objetivo de revitalizar o centro de Dublin.

O escritório da dupla recebeu 100 milhões de libras e um prazo de quatro anos para entregar o projeto, que ocupa 11 mil m² e tem seis níveis diferentes que abrigam os espaços de estudo e o acervo em si.



Universidade de Engenharia e Tecnologia - Lima, Peru - 2015
Em 2015, Farrell e McNamara entregaram o prédio principal da Universidade de Engenharia e Tecnologia do Peru.

Com 10 andares, o prédio tem seu exterior feito com placas de concreto, formando uma topografia artificial no bairro de Barranco, na orla de Lima.

Em descrição ao site Arch Daily, as arquitetas afirmaram que a inclinação do prédio foi feita para criar “uma ladeira feita pelo ser humano”, com um paisagismo que dá a aparência de um jardim vertical.











Uma breve história do Pritzker
O Pritzker é entregue anualmente desde 1979, e é considerado por muitos o “Nobel da arquitetura”. A iniciativa é até hoje financiada pela família Pritzker, uma das mais ricas dos EUA, proprietária da rede de hotéis Hyatt.

O Japão é o país que mais ganhou prêmios Pritzker – sete, ao total, com o mais recente sendo de Arata Isozaki, em 2019. Isozaki é conhecido por seu estilo futurista, com quantidades significativas de aço e vidro em seus trabalhos.

Os EUA ocupam a segunda posição na lista de países que mais receberam o Pritzker, com cinco prêmios. O mais recente foi em 2005, para Thom Mayne, que tem uma obra prolífica na Califórnia.

Dois brasileiros já ganharam o prêmio: Oscar Niemeyer (1907-2012), responsável por parte do projeto arquitetônico de Brasília, levou o prêmio em 1988. Paulo Mendes da Rocha, autor do projeto do Museu Brasileiro de Escultura, em São Paulo, venceu o Pritzker em 2006.

Via Nexo Jornal

segunda-feira, 2 de março de 2020

Dispositivo gera eletricidade a partir do “ar”

Pesquisadores da Universidade de Massachusetts em Amherst nos Estados Unidos, desenvolveram um dispositivo chamado de “Air-gen” que pode gerar eletricidade usando basicamente nada.

A tecnologia é baseada no fenômeno natural de uma bactéria capaz de criar eletricidade com nada além da presença de ar no meio em que a mesma se encontra.

“Estamos literalmente produzindo eletricidade do nada. O Air-gen gera energia limpa 24 horas por dia, 7 dias por semana”, disse o engenheiro eletricista Jun Yao.

Geobacter sulfurreducens
A bactéria, chamada de Geobacter sulfurreducens, foi descoberta décadas atrás nas margens do rio Potomac, nos Estados Unidos. Os cientistas logo notaram que ela tinha a habilidade de produzir magnetita na ausência de oxigênio.

No entanto, mais tarde, descobriram que o organismo notável também podia produzir outras coisas, como nanofios que conduziam eletricidade.

E é graças a esses nanofios de proteínas eletricamente condutivos da G. sulfurreducens que os pesquisadores conseguiram criar seu gerador movido a ar.

Mas como funciona? 
O Air-gen consiste em um filme fino de nanofios com apenas 7 micrômetros de espessura, posicionado entre dois eletrodos e exposto ao ar.

Devido à exposição ao ar, o filme é capaz de adsorver – sim, com “d”, adsorver significa a adesão de moléculas de um fluido a uma superfície sólida – vapor de água a partir da atmosfera, o que por sua vez permite que o dispositivo gere uma corrente elétrica contínua entre os dois eletrodos.

A carga é criada pela umidade atmosférica. De acordo com os pesquisadores, a manutenção do gradiente de umidade, que é fundamentalmente diferente de qualquer coisa vista em sistemas anteriores, explica a saída contínua de tensão do dispositivo de nanofios.

“Descobri que a exposição à umidade atmosférica era essencial e que os nanofios de proteínas absorviam água, produzindo um gradiente de voltagem no dispositivo”, explicou o engenheiro Yao.

Quais são suas aplicações?
Em estudos anteriores, pesquisadores geraram energia hidrovoltaica usando outros tipos de nanomateriais como por exemplo o grafeno, mas estas tentativas produziram apenas rajadas curtas de eletricidade, algo por alguns segundos.

Já o Air-gen produz uma tensão sustentada de cerca de 0,5 volts, com uma densidade de corrente de cerca de 17 microamperes por centímetro quadrado.

Não é muito, mas diversos dispositivos conectados poderiam gerar energia suficiente para carregar coisas como celulares e outros eletrônicos, necessitando de nada além de umidade ambiente – e isso até mesmo em regiões secas como por exemplo no deserto do Saara.

“O objetivo é criar sistemas em larga escala. Quando chegarmos a uma escala industrial para a produção de nanofios, espero que possamos fazer grandes sistemas que darão uma grande contribuição à produção sustentável de energia”, afirmou Yao, acrescentando que futuros esforços poderiam usar a tecnologia para alimentar casas via nanofios incorporados na pintura de paredes.

Por enquanto, uma das limitações da tecnologia é a quantidade de nanofios que a G. sulfurreducens é capaz de produzir.

Os cientistas já estão trabalhando esta questão. O microbiologista Derek Lovely, que identificou a bactéria pela primeira vez nos anos 1980, está conduzindo uma pesquisa na qual modifica geneticamente organismos como o E. coli para desempenhar a mesma tarefa mas de forma massiva.

“Transformamos o E. coli em uma fábrica de nanofios de proteínas. Com este novo processo escalável, o fornecimento de nanofios não será mais um gargalo para o desenvolvimento dessas aplicações”, afirma o microbiologista Lovley.

Via Engenharia É

domingo, 1 de março de 2020

O custo ambiental dos materiais mais usados na arquitetura

Para todos nós - arquitetos, urbanistas e também cidadãos - que estamos envolvidos com a construção de edifícios e cidades, deve prevalecer um profundo sentimento de responsabilidade, de estar ciente dos impactos que nossos projetos possam causar em relação ao agravamento da emergência climática, não apenas em sua construção mas principalmente na manutenção de tais edifícios. Considerando que 36% de toda a energia global é utilizada para a construção e manutenção de edifícios e que 8% do total de emissões de gases do efeito estufa resultem dos processos de produção do cimento, a comunidade global de arquitetos deve sentir-se profundamente responsável uma vez que seus atos podem contribuir ou minimizar tais mudanças.

Historicamente, a indústria da construção civil é dominada pelo uso copioso de três materiais fundamentais: concreto, aço e madeira. Qualquer tentativa que empreendamos em busca de reduzir o impacto ambiental decorrente da construção de nossos edifícios e cidades, deverá envolver – inevitavelmente – uma revisão dos nossos processos de fabricação, produção e utilização destas três principais matérias-primas. Nesta perspectiva, resolver observar mais de perto os custos e benefícios ambientais incorporados à estas matérias-primas que dominam a industria da construção civil à séculos. Confira mais detalhes que, Vale o Clique!

Via ArchDaily