quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Mitos e verdades sobre vedação para evitar ruídos em casa

Quando o assunto é barulho, todo mundo acha que sabe. A seguir, esclarecemos algumas dúvidas que costumam confundir as pessoas. Ao escolher um imóvel pronto ou na planta, o cliente tem o direito de saber o nível de desempenho acústico definido pela construtora, que pode sofrer ação judicial em caso de não atendimento

Polêmica à parte, na prática, a Norma de Desempenho tem força de lei perante o Código de Defesa do Consumidor. Qualquer material de publicidade usado pela construtora na divulgação de um empreendimento vale como documento para o cliente que se sentir prejudicado. Segundo Fábio Villas Bôas, diretor do Sindicato da Construção (Sinduscon-SP), já existem escritórios de advocacia especializados em contestar o cumprimento das novas regras. “As empresas vão se ajustar à medida que o consumidor estiver mais atento. Será um favor para o mercado se o cliente começar a perguntar sobre o nível de desempenho já no estande de vendas”, diz.

Via Arquitetura e Construção

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Esboços secretos são descobertos em obra de Da Vinci 500 anos após sua morte






As obras de Leonardo da Vinci ainda inspiram amantes da arte ao redor do mundo. 500 anos após sua morte, a descoberta de esboços secretos em um de seus quadros promete desvendar parte de seu processo criativo.

O rascunho foi encontrado sob camadas de tinta da obra “Virgem das Rochas”. Traços do pintor foram descobertos com um sistema de raio-X e imagens infravermelhas e hiperespectrais. Pesquisadores da National Gallery de Londres chegaram à conclusão de que Da Vinci fazia seus esboços com um pigmento à base de zinco.

Os resultados de tais estudos aumentaram a curiosidade sobre as criações do pintor. Especialistas afirmam que Da Vinci teria testado diversas ideias antes de decidir por pintar a cena que conhecemos hoje.

Um dos esboços apresenta uma composição bastante diferente, com Maria ajoelhada sobre o menino Jesus, com um anjo os observando. Outro rascunho se parece bastante ao resultado final, porém com a cabeça de Jesus posicionada em um ângulo diferente.  Essas ideias também ficaram descritas na parte acima do painel.

A Virgem das Rochas, também chamada de Virgem dos Rochedos, é o título dado a duas pinturas que representam cenas semelhantes pintadas por Leonardo da Vinci, estima-se que entre os anos 1483 e 1508. Atualmente uma das versões pode ser vista no Museu do Louvre, em Paris, enquanto a outra permanece na National Gallery, em Londres.

As descobertas estarão em exibição na mostra Leonardo: Experience a Masterpiece, em cartaz na National Gallery de Londres de 9 de novembro a 12 de janeiro de 2020.




Via Hypeness

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Casa minúscula é construída e acoplada em um telhado no Equador

Você já ouviu falar em casa-parasita? Assim como os organismos que vivem em associação com seus hospedeiros, a casa também se associa, estruturalmente, a uma outra.

É o caso desta residência em Quito (Equador). Construída pelo estúdio equatoriano El Sindicato Arquitectura, ela se distribui em 12 m² no topo de um prédio na capital nacional.

O imóvel, que se conecta à laje da estrutura existente por meio de alicerces de aço, é composto por banheiro, cozinha, cama, depósito e espaço para alimentação, trabalho e convívio – tudo dentro de sua área de 12 metros quadrados. Como muitas outras estruturas parasitas, esta também se sustenta no edifício hospedeiro para suporte ou serviços.

“Casa Parásito é um objeto de design minimalista, focado em resolver as necessidades básicas de habitação para uma pessoa ou jovem casal”, diz o El Sindicato Arquitectura na descrição do projeto.

Para montar a estrutura, o estúdio escolheu uma estrutura de madeira em formato de A, que permite um espaço aberto no interior para aproveitar ao máximo a área limitada.

“Seu conceito vem da busca do melhor espaço para viver de acordo com a atividade que realizamos”, acrescenta o estúdio.

O térreo, por sua vez, abriga uma área aberta retangular alocada para várias atividades. Nela, estão a mesa da cozinha, banheiro, cama, despensa e uma mesa de trabalho. Já a cama está localizada em uma plataforma elevada, preenchendo o loft.

“Essas geometrias, além de conter suas próprias atividades, oferecem estabilidade a toda a estrutura”, dizem os responsáveis pelo projeto sobre a estrutura da casa-parasita.

Uma grande janela triangular preenche a fachada norte, permitindo a entrada de muita luz natural e vistas para a cidade circundante, bem como para os vulcões Cotacachi, Imbabura, Mojanda e Cayambe.

Enquanto isso, um vidro fosco mira o sul para oferecer iluminação e ventilação, enquanto mantém a privacidade dos moradores dos vizinhos. Os lados leste e oeste, que recebem luz solar direta o ano todo, são envolvidos por painéis de aço a fim de bloqueá-la.

O El Sindicato Arquitectura pretende que a Casa Parásito seja um exemplo para futuros projetos. “Embora seja possível construir o projeto em terrenos urbanos ou rurais sem construções existentes, o ideal é que sua construção ocorra em telhados subutilizados de edificações urbanas”, disse a equipe.

“Desta forma, podemos contribuir para o adensamento da cidade a partir de uma escala muito pequena, com um mínimo de investimento econômico e uso de recursos, além de contribuir para a conservação do patrimônio arquitetônico”, completam.

Via Casa Abril



segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Pesquisadores de Cingapura desenvolvem concreto flexível

 Há pesquisadores em Cingapura dedicados a criar um novo tipo de concreto. Um estudo da Nanyang Technological University (NTU Singapore) desenvolveu em laboratório um concreto flexível e com mais resistência, que reduziria os gastos com manutenção ao mesmo tempo que teria mais durabilidade. Os resultados deste projeto, em larga escala, devem ser revelados ao público até o fim de 2019.

O material, denominado como Conflexpave, seria pré-fabricado em formato de placas, que permitiriam uma instalação mais simples – o que tornaria o concreto flexível em um grande concorrente do asfalto. “Desenvolvemos um novo tipo de concreto que pode reduzir bastante a espessura e o peso das lajes de pavimento pré-moldadas, permitindo uma rápida de encaixe, onde novas lajes de concreto preparadas externamente podem substituir facilmente as mais desgastadas”, explica o professor Chu Jian.

Para conseguir o efeito, os pesquisadores usaram os materiais tradicionais (cascalho, cimento, areia e água) combinados a polímeros, em laboratório. “Com um entendimento detalhado, podemos selecionar ingredientes deliberadamente e projetar a adaptação de componentes, para que o material final possa atender aos requisitos específicos necessários para aplicações em estradas e pavimentos”, explicou o professor Yang, também envolvido no grupo de pesquisa.

Como o projeto é ambicioso e tem a missão de revolucionar a indústria da construções (responsável por grande movimentação econômica em todo o planeta), o material que foi desenvolvido em 2016 deve passar por mais três anos de testes – desta vez em uma escala mais real –  junto ao JTC, uma agência governamental de Cingapura responsável pelo desenvolvimento industrial e de infraestrutura. Ou seja, até o fim do ano devemos ter um novo capítulo sobre o Conflexpave para descobrir.

Via Casa Abril


quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Artista recria obras icônicas com sacolas plásticas

Eduardo Srur, artista conhecido por suas intervenções urbanas, que fazem o telespectador pensar em temas relacionados ao meio ambiente, dá um novo passo dentro do projeto de mobilização contra poluição marinha por plástico. A convite da cerveja Corona e da iniciativa Parley for the Oceans, o artista fará um museu a céu aberto na região da Paulista, recriando obras icônicas da história da arte, usando apenas plástico.

A iniciativa, intitulada de “Qual legado vamos deixar para o mundo“, recriou obras de mais de 100 anos, usando apenas sacolas plásticas, para mostrar que o plástico dura na natureza da mesma forma que obras primas.

Por meio dos trabalhos, Srur quer passar a mensagem do quão nocivo o material é para o meio ambiente. Mais de oito milhões de toneladas de plástico são despejadas nos oceanos anualmente e as obras fazem um alerta para o descarte correto.

Via Catraca Livre

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Casal realiza sonho com “lar esconderijo” que gera sua própria energia

Para muitos pais ver os filhos crescerem e saírem de casa certamente é doloroso, mas cada fase da vida tem suas vantagens. O casal Lynda e Howard Schultz do condado de Chatham, Carolina do Norte (EUA), quer aproveitar este momento para, segundo suas palavras, “se libertar”. Foi com o pedido de um refúgio de paz para os dois que o escritório de arquitetura Arielle Condoret Schechter projetou este lar único que não depende nem mesmo da rede de energia elétrica externa.

A residência é orientada para maximizar o ganho solar, a luz natural e a ventilação natural. Todas as aberturas de ar podem ser vedadas, há um sistema de recuperação de energia instalado e janelas e portas certificadas para “casa passivas”. No telhado foi instalado painel solar. Tudo isso para garantir que a casa seja autossuficiente energeticamente, gerando toda energia que demanda para seu pleno funcionamento.

O lugar calmo e isolado na floresta fazem do lar um ambiente com total privacidade. As janelas altas e árvores por todos os lados também ajudam a envolver os moradores nesta áurea de tranquilidade, ao mesmo tempo o verde contribui para filtrar a luz natural. Entretanto, do lado oposto, a residência ganha ares modernos e artísticos. 

Figuras geométricas puras com cores primárias remetem quase que automaticamente ao pintor Mondrian. E não é à toa que a residência ganhou detalhes amarelos, vermelhos e azuis em uma das paredes externas: a inspiração veio do movimento De Stijl, que reuniu artistas da vanguarda moderna holandesa e ressaltava as linhas retas e formas simples -, além da beleza das cores primárias acrescidas de preto, branco e cinza. Buscar equilíbrio e harmonia também parece bons definidores desta residência tão singular em meio à floresta.

Seguindo os contornos da terra, a casa é composta por três blocos -, tendo cada um seus próprios telhados para não só fazer a cobertura como também proteger janelas e vidros. Aliás, a transparência do vidro proporciona aos moradores uma exuberante visão do ambiente natural circundante. Uma varanda com cadeiras e poltronas cria um espaço agradável para receber visitas e atende a um desejo particular do casal: sentar e observar a chuva.

Por fim, a área interna segue o estilo do “menos é mais”. Com paredes brancas e móveis em tons neutros, o lar ganha vida com um conjunto vermelho de mesas e cadeiras e alguns quadros espalhados nos cômodos.

Via Ciclo Vivo


terça-feira, 20 de agosto de 2019

Campus na Inglaterra constrói residências estudantis modulares

Casas em forma de cubo “empilhadas” e que formam diversos níveis. É com esse design peculiar que foram feitas as novas residências do vilarejo estudantil do Instituto Dyson de Engenharia e Tecnologia, uma instituição privada de ensino superior na Inglaterra. Se de longe a estrutura chama a atenção, de perto ela ainda é mais interessante: é eficiente energeticamente e construída com peças pré-fabricadas e montadas rapidamente no campus.

Feitas com painéis de CLT (madeira laminada cruzada), cada unidade é envolta em uma camada de super isolamento e revestida em alumínio anodizado -, que reforça a resistência à corrosão, ao calor e ao desgaste. Além disso é projetada com ventilação natural e equipada com amplas janelas de vidro, o que também fornece uma vista para todo o campus. Para criar a sensação de um vilarejo estudantil, cada agrupamento ganhou sua própria porta da frente. O arranjo, com espaços sociais coletivos, foram pensados para os alunos aproveitarem interna e externamente.

Projetado pelo escritório de arquitetura Wilkinson Eyre, com sede em Londres, o edifício é dividido em agrupamentos com até seis unidades residenciais cada, sendo uma cozinha compartilhada e uma área de serviço. Por dentro, o espaço funciona como uma “kitnet”, reunindo em somente um cômodo: cama, duas poltronas, armário, mesa com cadeira. Apenas o banheiro fica em um cômodo separado.

As instalações podem acomodar até 50 estudantes e inclui ainda uma área comum com biblioteca e ampla cafeteria.

Via Ciclo Vivo

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Inscrições abertas para a 47ª Convenção Nacional da AsBEA

A AsBEA - Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, uma entidade independente, composta e dirigida pelos escritórios de arquitetura e urbanismo - realiza a anual Convenção Nacional entre os dias 19 e 22 de setembro que, neste ano, está em sua 47ª edição. Na cidade de Armação dos Búzios, Rio de Janeiro, o tema da vez, “Explorando o futuro dos espaços”, tratará sobre o processo de avanço da tecnologia com reflexões sobre as oportunidades criadas pelos instrumentos virtuais no dia a dia do arquiteto.

Durante quatro dias, arquitetos de todo o país vão se encontrar em Búzios para discutir os desafios do momento de transformação veloz da sociedade. Palestrantes apresentarão um panorama amplo sobre a união cada vez mais sólida entre arquitetura e tecnologia, além de explorar as tendências dos projetos arquitetônicos.

Durante o evento também acontece o “Conexão AsBEA”, espaço especial onde profissionais discutirão sobre questões cotidianas como confecção de contratos, tabela de honorários, gestão, marketing, softwares de produção, gerenciamento de projetos e mais: “O ato de conectar e a troca de experiências são os vetores que possibilitam o crescimento da qualidade da produção arquitetônica. São a razão de existir da Associação”, diz o presidente da AsBEA-RJ, Celso Rayol.

São convidados para palestrar Washington Farjado, arquiteto já ocupante da presidência do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade entre 2009 e 2016; Andrés Passaro, arquiteto e mestre na FAU UFRJ; e Gabriela Bilá, arquiteta mestranda e assistente de pesquisa no grupo City Science, no MIT Media Lab (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).

“Convidamos a todos os arquitetos do Brasil para este grandioso encontro, pensado e construído com empenho e carinho, buscando mapear os caminhos futuros da profissão sem desconectar da realidade”, expresssa Rayol.

Mais detalhes sobre as Palestras, Horários e Inscrições, Vale o Clique!

Via ArcoWeb

Escola modular pré-fabricada em madeira do gmp Architects será inaugurada em Frankfurt

Construções em sistemas pré-fabricados de madeira estão se tornando cada vez mais atraentes. Mais e mais escritórios de arquitetura estão aderindo a esta nova tendencia que está revolucionando a industria da construção civil, como é o caso do gmp Architects. O escritório alemão com sede em Hamburgo é o responsável pelo projeto do Centro Educacional Miquelallee, que está sendo construído em Frankfurt, na Alemanha. Concebido inteiramente com módulos pré-fabricados de madeira, o projeto do centro educacional está muito perto de ser concluído. A opção por este sistema modular pré-fabricado se deve a inúmeros fatores, da sustentabilidade à rapidez de implantação. O fato é que o número de alunos da escola em Frankfurt tem crescido constantemente, forçando a instituição à expandir sua estrutura imediatamente. Por isso, o escritório decidiu desenvolver um projeto que pudesse ser facilmente construído e futuramente desmontado, para então ser reconstruído em outro local conforme as necessidades da instituição.

Como bem colocam os arquitetos do gmp, a cidade de Frankfurt tem incentivado o desenvolvimento de projetos de construção em madeira, uma solução rápida, ambientalmente correta e de alta qualidade. Além disso, o sistema modular pré-fabricado é capaz de reduzir o tempo de construção em até 60% em comparação à métodos mais convencionais. Neste projeto em Frankfurt, por exemplo, todo o planejamento começou à apenas 24 meses, ou seja, dois anos atrás. Ao longo deste período, o projeto foi desenvolvido, a estrutura pré-fabricada, transportada para o local e finalmente, instalada. A cerimônia de inauguração foi realizada ainda no canteiro de obras, uma vez que a escola já deve começar a operar dentro dos próximos meses, inaugurando o calendário acadêmico 2019/20. A Holzhausenschule e o Ginásio Adorno - uma escola de ensino médio e uma de ensino fundamental, respectivamente - irão dividir a estrutura de madeira concebida e construída pelos arquitetos do gmp, um edifício composto por mais de 350 módulos pré-fabricados inteiramente em madeira.

As duas instituições - simetricamente projetadas - foram implantadas em um grande bloco norte-sul com dois jardins interiores, com a escola de ensino médio à leste e a escola de ensino fundamental à oeste. Ambas estruturas compartilham os mesmos escritórios administrativos, localizados no térreo da ala central que divide o grande pátio da escola. Os acessos encontram-se junto a fachada norte do edifício, encaminhando os alunos até o principal núcleo de circulação, responsável por conectar todas as áreas do programa da escola. Conforme solicitado pelo cliente, espera-se que o edifício seja utilizado temporariamente por um período de cinco a dez anos, até que a expansão permanente da escola seja concluída. Embora concebido apenas como uma estrutura temporária, o edifício da escola atende aos mais altos padrões de energia: o consumo previsto é de até 30% abaixo dos valores prescritos pela atual Portaria de Economia de Energia da Alemanha (EnEV).

Com a implantação norte-sul, todas as salas de aula encontram-se orientadas para as áreas mais tranquilas do campus, localizadas à leste e oeste, e também para os  pátios internos, que passam a ser o principal espaço de encontro e socialização - conectando-se plenamente no nível térreo do edifício. Formalmente, a madeira dá ao edifício uma aparência natural, complementada por uma profusão de diferentes cores de pisos que mudam de andar para andar, facilitando assim a orientação dos alunos e a identificação com o novo edifício da escola.

Via ArchDaily

domingo, 18 de agosto de 2019

Um retrato da realidade atual dos refugiados no mundo, por Ai Weiwei

Até a atual data, cerca de 65 milhões de sessões no mundo foram forçadas a abandonar seus lares devido às guerras que se vivem em diversos lugares do mundo, deixando para trás seu patrimônio, anos de história, anos de esforço para se lançar à deriva. Muitas dessas famílias são obrigadas a atravessar oceanos e diversos tipos de territórios em busca de um futuro promissor para começar do zero. Estes trajetos levam consigo assentamentos irregulares onde muitas pessoas morrem devido à abundância de doenças e ao desabastecimento de medicamentos, comida e água potável.

Poderia parecer ficção, mas estas são algumas das realidades que milhões de pessoas vivem cotidianamente em um esforço por sobreviver ao que é este mundo em movimento. Muito se disse nos últimos anos pelos políticos e especialistas acerca dos milhões de refugiados que fogem da guerra, da fome e da perseguição. No entanto, à medida que os debates fazem furor sobre "quem e quantos", continuam sendo erguidos muros ou construídas pontes para dividir ou conectar os sonhos das pessoas que habitam o mesmo planeta, pessoas que longe de construir estatísticas ou massas abstratas, são isso: indivíduos com redes afetivas e anseios como qualquer outro.

É por isso que o artista e ativista Ai Weiwei, mundialmente reconhecido por colocar este tipo de debate sobre a mesa, apresenta o documentário "Human Flow", um retrato lançado em 13 de outubro de 2017, que apresenta a realidade dos refugiados e sua trajetória para alcançar segurança, refúgio e paz. A carreira de Ai Weiwei sempre esteve focada em resistir a fronteiras de todo tipo, assim como unificar a arte e o ativismo.

"Como artista, sempre acredito na humanidade e vejo esta crise como uma crise minha. Vejo estas pessoas que vivem nos barcos como minha família. Poderiam ser meus filhos, poderiam ser meus pais, poderiam ser meus irmãos. Não me vejo diferente deles. Podemos falar idiomas totalmente diferentes e ter sistemas de crenças totalmente diferentes, mas eu os entendo. Da mesma forma que eu, eles também tem medo do frio e não gostam de estar embaixo de chuva ou ter fome. Como eu, precisam de uma sensação de segurança."
- Ai WeiWei

Via ArchDaily

sábado, 17 de agosto de 2019

Itália proíbe grandes cruzeiros de entrarem em Veneza

A partir de setembro, todos os navios com mais de mil toneladas serão proibidos de entrar na lagoa de Veneza. O governo italiano tomou a decisão após protestos em decorrência de acidentes - o mais recente deles ocorrido em junho de 2019, quando 5 pessoas ficaram feridas após a colisão entre um navio de cruzeiro, o cais e um pequeno barco turístico.

Esta não é a primeira vez que a questão é levantada. Em 2013, a proibição para este tipo de embarcação foi revista pela legislação, e em 2017 foram feitos anúncios sobre desviar as rotas do centro histórico, mas não surtiram nenhum efeito legal.

Com essas decisões, o governo também busca reduzir os problemas de erosão nas edifiações e poluição nos canais. Com efeito, alguns especialistas afirmam que os navios de cruzeiro são um risco para a lagoa, criam ondas que corroem as fundações da cidade e trazem muito mais turistas do que a cidade consegue suportar. Os planos visam redirecionar um terço do total de embarcações até o final de 2020.

Via ArchDaily

sábado, 10 de agosto de 2019

2º Seminário De Planejamento, Paisagem Urbana e Sustentabilidade - II SEPPAS (2019)

O 2º Seminário de Planejamento, Paisagem Urbana e Sustentabilidade (2º SEPPAS) será promovido pela Fundação RTVE (TV UFG) por intermédio do Programa de Pós-Graduação Projeto e Cidade (PPG-PC) da Faculdade de Artes Visuais da UFG (FAV-UFG) com patrocínio do CAU/GO. O evento acontecerá entre os dias 04 e 06 de novembro de 2019 e será realizado no Auditório Marieta Telles Machado, localizado na Biblioteca Central do Campus II (Campus Samambaia) da UFG em Goiânia-GO.

O evento, de abrangência nacional, tem caráter técnico-científico e seu público-alvo são estudantes, professores, profissionais e técnicos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia, Planejamento Urbano, Paisagem Urbana e Sustentabilidade e áreas afins.

Nesse sentido, o 2º SEPPAS está vinculado à temática de estudos e análises do PPG Projeto e Cidade, sendo a primeira edição que inclui o Planejamento Urbano como escopo da produção científica, e contribui-se  de forma inédita para o crescimento das discussões já realizadas na instituição, visando principalmente:

fomentar o conhecimento científico a respeito do Planejamento Urbano, Paisagem Urbana e Sustentabilidade;

fortalecer a divulgação científica das temáticas propostas no Brasil, com destaque para o eixo Goiânia-Anápolis-Brasília;

possibilitar palestras, mesas redondas e debates com objetivo de enriquecimento da análise crítica;

compreender as formas de expressão e análise através de atividades temáticas; e

debater a temática por meio de visita técnica

O intuito do evento é fomentar, divulgar e analisar a multiplicidade das produções científicas sobre as linhas temáticas propostas, submetendo artigos científicos de diferentes áreas do conhecimento correlacionadas na temática do 2º SEPPAS.

O prazo para submissão de trabalhos vai de 10 de junho a 10 de agosto de 2019. Encerrado o período dos envios dos artigos, os membros da Comissão de Seleção terão até o dia 15 de agosto de 2019 para concluir a análise e emitir um parecer aprovando total ou parcialmente os trabalhos, ou recusando-os. Aos autores dos trabalhos avaliados e selecionados pela Comissão de Seleção deverão entregar o trabalho final no prazo entre 16 de agosto a 21 de outubro de 2019.

Paralelamente, as palestras e debates sobre as temáticas servirão para difundir conhecimento teórico-científico para membros da graduação e pós-graduação strictu e lato sensu inscritos no evento.

O Seminário é uma realização do Programa de Pós Graduação Projeto e Cidade da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (FAV-UFG), promovido pela Fundação RTVE (TV UFG) com patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU/GO). Mais detalhes, Vale o Clique! (https://seppas2019.wixsite.com/seppas2019/regulamento?utm_medium=website&utm_source=archdaily.com.br)

Via ArchDaily

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Prefeitura de Londres rejeita a Tulip Tower de Foster + Partners

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, aconselhou o a equipe de planejamento municipal a rejeitar a Tulip Tower, projetada pela Foster + Partners. Segundo a BBC, o prefeito destacou uma série de preocupações levantadas em um relatório do London Review Panel e aconselhou os planejadores da City of London Corporation (CLC) a rejeitar o pedido de permissão para construir.

O relatório do London Review Panel destacou vários problemas no projeto, dizendo que o edifício “não representa uma arquitetura de classe mundial, falta qualidade e quantidade de espaço aberto público, e sua sustentabilidade social e ambiental não correspondem à ambição de sua altura e impacto no horizonte de Londres."

Por meio de um porta-voz, o prefeito expressou "uma série de preocupações sérias com o pedido e, depois de estudá-lo em detalhes, recusou a permissão para o projeto que, segundo ele, resultaria em benefícios públicos muitos limitados".

Em resposta, a Foster + Partners e a incorporadora J Safra disseram estar "desapontados com a decisão do prefeito de Londres de recusar diretamente a permissão" e que "tomariam um tempo para considerar possíveis próximos passos para o Projeto Tulip".

O projeto de 305 metros de altura em forma de botão de tulipa pretendia se tornar uma “nova atração cultural pública” ao lado do The Gherkin: uma das estruturas mais icônicas de Foster e Londres. Como parte do projeto, o edifício ofereceria um programa educacional administrado pelo J. Safra Group.

Com 300 metros de altura, as galerias oferecem aos visitantes uma experiência envolvente com passarelas suspensas, escorregadores de vidro e passeios de gôndola na fachada do edifício, enquanto um bar e restaurante na cobertura oferecem vistas de 360 graus para a cidade.

Em abril deste ano, o projeto deu um grande passo em direção à realização, quando um relatório do diretor de planejamento da CLC disse que o esquema daria a Londres “um novo edifício icônico” com uma forma “ousada e marcante”.

Via ArchDaily

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Cervejaria em Ribeirão Preto reduz 15°C com técnica vernacular

A Cervejaria Colorado inaugurou, em sua cidade natal, Ribeirão Preto (SP), a Toca do Urso – um espaço que simula uma caverna para receber visitantes. Com projeto do SuperLimão Studio, o grande diferencial deste projeto está na utilização de diversas técnicas vernaculares e passivas para se criar um microclima agradável em uma região extremamente quente e pouco ventilada, sem enclausurar o ambiente e sem depender de técnicas ativas de condicionamento.

Situado em frente à fabrica da Cervejaria, o antigo estacionamento saiu para dar lugar à Toca do Urso. Buscou-se aproveitar o que já existia no entorno, como a copa de duas grandes árvores que sombream a área boa parte do dia. O grande salão circular foi enterrado 1,5m e a terra retirada do solo foi realocada criando um talude de 3m ao redor do salão central, criando uma grande barreira de inércia térmica como nas cavernas. A cobertura circular em formato de asa com clarabóia otimiza a circulação natural e capta vento em qualquer direção, como captadores de vento comuns em construções islâmicas.

No centro do salão foi construído um espelho d´água e um conjunto de canais. Todo o retorno da ventilação e ar condicionado acontece por grelhas no piso que ligam estes canais de forma que o ar é renovado e umidificado, diminuindo a temperatura naturalmente como nos antigos castelos medievais. A somatória destas medidas ajudou a reduzir a temperatura interna em cerca de 15 graus em relação à área externa, sem a necessidade de uso de ar-condicionado (que existe no projeto, mas é utilizado apenas em casos extremos de calor). Além disso, foram plantadas árvores nativas no entorno com o propósito de diminuir a temperatura ao redor do projeto e reduzir a bolha de calor.

Espaço aberto
O formato circular do salão da Toca do Urso é constituído de paredes de gabião, que possuem ótima absorção e garantem conforto térmico dentro do salão, mesmo quando lotado, com mais de 150 pessoas. Além disso, o ângulo da cobertura ajuda a refletir o som e direcioná-lo para a área externa – como uma placa de rebatimento – o que não só reduz o ruído interno, mas distribui de forma uniforme o som das bandas que se apresentam. Semi-enterrado e rodeado de vegetação, o formato também ajuda a bloquear o ruído da rodovia que está próxima à entrada da fábrica.

O projeto não possui fechamentos, de forma que é sempre possível visualizar o jardim e o céu de qualquer ponto do espaço. O balanço entre luz natural e artificial se dá através de clarabóias e bandejas de luz. Há um alto índice de iluminação natural e, ao mesmo tempo, um bloqueio de radiação que ajuda a diminuir a temperatura interna.

O ambiente é aberto, de forma que o ar é renovado através de ventilação cruzada ou convecção. Um espelho d´água e dutos subterrâneos alagados ajudam a umidificar, filtrar o ar e reduzir a temperatura. Amplo e livre de paredes, exceto na região dos banheiros e cozinha, o projeto pode ser utilizado de inúmeras formas –, a infra-estrutura foi prevista no jardim para futuros usos ou expansões.

Além dos recursos bioclimáticos já descritos, do ponto de vista estrutural a Toca do Urso se destaca em sua forma. Por ser circular, permitiu que a terra do talude fosse suportada através do uso conjunto de aduelas de concreto pré-fabricadas (normalmente utilizadas para canalização de corrégos) e muros de gabião, substituindo grandes estruturas e valorizando técnicas de baixo custo que evitam desperdício e valorizam a mão-de-obra e matéria prima local.

A cobertura leve de telhas sanduíches com PU permitiram uma estrutura leve feita com vigas de lâminas coladas, que ajudou a diminuir a profundidade das fundações. Os anexos foram construídos através da reutilização de containers e até mesmo de um ônibus municipal que circulava na região.

Como um todo, o projeto buscou criar um ambiente que otimizasse os recursos naturais (ventilação natural, bandeja de luz, captadores de vento, umidificação natural, captação e reuso de água, pisos permeáveis) e também o combate ao desperdício e reaproveitamento de materiais. As paredes de tijolos foram assentadas utilizando uma parte da areia inerente do processo de filtragem da cerveja. Diversos itens foram reaproveitados, como os barris que são os “dutos” de ar-condicionado do salão, não apenas pela estética, mas pela grande capacidade de carga de sua forma, o que permitiu abrir um furo no gabião sem desestabilizá-lo.

A maior parte dos materiais foram adquiridos num raio de, no máximo, 20km da obra. O jardim é constituído por espécies nativas, boa parte frutíferas e que serão utilizadas na fabricação das cervejas. Destaque para a área kids, formada por uma horta em formato de labirinto onde os
pequenos brincam e aprendem em contato com a natureza. Vale o Clique!

Via Ciclo Vivo

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Uber lança oficialmente serviço de bicicletas elétricas em Londres

A Uber lançou oficialmente seu serviço de bicicletas elétricas em Londres. Inicialmente, a cidade recebe 350 bicicletas da Jump, que ficarão disponíveis para aluguel em alguns pontos específicos da capital.

Os valores para usar o serviço são de 1 libra para desbloquear a bike e 0,12 libra por minuto, com seus primeiros cinco minutos gratuitos.

Agora, no aplicativo, os usuários podem ver as opções de compartilhamento de viagens, transporte e bicicleta em um só lugar, já que no mês passado a empresa passou a oferecer informações sobre o transporte público da cidade em seu app.

Londres já conta com um serviço de bicicletas elétricas oferecido pela Lime. Em dezembro, a empresa de 2018 já contava mil bikes disponíveis nas ruas da capital britânica. Com a Uber entrando na concorrência, o número de bicicletas vermelhas deve superar as da Lime até o fim do ano.

Via B9

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Toyota revela frota de veículos elétricos e autônomos para Olimpíada de Tóquio

Os Jogos Olímpicos de 2020 estão chegando e já estão sendo anunciadas as primeiras novidades tecnológicas que darão as caras por lá. Modelo carrega até cinco pessoas e pode percorrer até 100 quilômetros a partir de uma única carga.

Uma das marcas que havia prometido algumas novidades para o grande evento esportivo quando foi definida a sede em Tóquio, a Toyota anunciou o primeiro modelo que inaugurará durante a Olimpíada de 2020. É uma frota de carros elétricos e autônomos que carregam até cinco passageiros, andam a 20 km/h e com uma única carga de eletricidade conseguem fazer trajetos de até 100 quilômetros. Nomeado APM (Acessible People Mover), serão produzidos 200 carros do modelo, que serão utilizados para facilitar a logística de transporte entre as diferentes arenas do evento esportivo.

O APM, porém, não foi feito para transportes de massa. O veículo foi planejado pela Toyota para complementar trechos de viagens – como o transporte que conecta pessoas que estão no ponto final de uma estação de metrô até um lugar específico. É a princípio um carro planejado exatamente como alternativa para essas corridas curtas dos atletas até o local do evento, mas também para transportar pessoas como gestantes e idosos.

Mesmo que não haja nenhum planejamento para lançar o modelo fora dos Jogos Olímpicos, o anúncio do APM é mais uma das novidades tecnológicas a ser testada em Tóquio durante as Olimpíadas e que pode estar sinalizando tecnologias importantes no futuro. Vale lembrar, Tóquio também será o laboratório de testes de um veículo da mesma montadora que carrega sua bateria de forma autônoma e também de um novo sistema de reconhecimento facial.

Via B9

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Londres inaugura a primeira etapa do parque linear projetado por Diller Scofidio + Renfro

A primeira fase do parque linear projetado por Diller Scofidio + Renfro em Londres acaba de ser inaugurada. Desenvolvido em parceria com o escritório londrino de arquitetura Neiheiser Argyros, o primeiro parque linear de Londres está implantado na península de Greenwich às margens do Tâmisa na zona leste da capital britânica. Chamado de "The Tide", o parque linear é mais um espaço de lazer aberto à comunidade local, contando ainda com uma série de instalações urbanas e obras de arte de rua, oferecendo um ambiente agradável e acessível a todos.

Projetado em colaboração com os paisagistas da GROSS.MAX, o parque linear The Tide conta com uma plataforma elevada, uma espécie de um trampolim que se projeta em direção ao rio. Esta estrutura suspensa conta com um deque de observação de madeira, o qual se eleva sobre uma paisagem verde e árvores nativas, proporcionando aos visitantes um momento de pausa no dia-a-dia da grande cidade, um mirante para o Tâmisa e o centro de Londres. O primeiro trecho do parque linear conta com uma série de passagens elevadas a nove metros de altura que parecem fluir organicamente por entre as árvores e esculturas gigantes criadas pelos artistas Damien Hirst e Allen Jones. Além disso, o mais novo parque urbano assinado pela DS+R conta ainda com um jardim rebaixado e uma mesa de piquenique ao ar livre com 27 metros de comprimento e um pier sobre o rio Tâmisa. O parque linear de Greenwich se transforma em um momento de descontração em meio a esta paisagem densa e comprimida pela verticalidade de seus edifícios.

Um dos principais responsáveis pelo projeto e sócio da Diller Scofidio + Renfro, Benjamin Gilmartin, disse que “com a inauguração da primeira fase do The Tide, Londres contará com uma nova tipologia de parque urbano que futuramente, conectará todos os bairros ao longo do Greenwich oferendo uma vibrante rede de espaços públicos, ativados por instalações e obras de arte urbana, restaurantes e áreas de lazer ao ar livre. Neste primeiro trecho, vinte e oito plataformas suspensas de aço definem uma segunda camada de espaços públicos, o primeiro parque elevado de Londres. No térreo, a plataforma elevada abriga uma série de portais e áreas para mesas e cafés. Percorrendo os mais de cinco quilômetros do The Tide, os londrinos poderão experimentar um percurso espacial único, que vai da vida cotidiana do leste de Londres e o burburinho do coração de um dois bairros mais agitados da capital até o sussurro meditativo dos barcos e das ondas na beira do rio Tâmisa”.

Como a equipe de arquitetura afirma, o The Tide irá crescer ao longo dos próximos anos, conectando todos os bairros do Greenwich em um percurso contínuo de mais de cinco quilômetros de extensão. As listras pretas e brancas que marcam o caminho ao longo do parque linear criam uma identidade visual clara e uma sensação dinâmica de ritmo, mas um ritmo não apenas físico como as ondas na superfície da água mas também como ondas culturais que penetram e ecoam no interior do bairro. O “The Tide trará para Londres uma nova forma de experimentar os espaços públicos de nossa cidade”, comentou Kerri Sibson, diretora do distrito da Península de Greenwich. “Este arrojado projeto de arquitetura e paisagismo servirá para reaproximar as pessoas, o The Tide inspirará a população do Greenwich através da arte pública e proporcionará novos espaços de lazer ao ar livre e juntos à natureza e o nosso querido Tâmisa. E o que é mais importante, acessível a todos.”

Diversas esculturas monumentais e obras de arte de rua encontram-se instaladas ao longo do percurso do The Tide. O artista britânico que já morou no Greenwich, Damien Hirst, foi um dos convidados a participar do projeto desenvolvendo duas mega estruturas que fazem referência à paisagem litorâneas do bairro: Hydra & Kali e Mermaid from Treasures from the Wreck of the Unbelievable. Além de Hirst, um dos artistas pop mais renomados do Reino Unido, Allen Jones, foi contratado para criar uma obra de arte site specific. A sua escultura vermelha de oito metros de altura chamada de Head in Wind foi projetada para ser vista desde cima, convidando os espectadores a interagir com o espaço e descobrir novas perspectivas do seu próprio bairro. Chegando até a passarela elevada do The Tide, os visitantes se deparam com uma instalação criada por Morag Myerscough - Siblings - a qual ilumina os arcos do The Tide com projeções gráficas. Para finalizar esta seleta lista de artistas, a dupla de arquitetos Heather Peak e Ivan Morison do Studio Morison foram os responsáveis pela criação da enorme mesa escultórica do parque, convidando os visitantes a interagir e compartilhar o espaço público.

Com a inauguração desta primeira etapa, um percurso temporário de 3 km foi aberto para que os visitantes possam passear e ter uma idéia do todo. Quando o parque estiver finalmente concluído, o The Tide contará com mais de 5 km de extensão.

Via ArchDaily

domingo, 4 de agosto de 2019

Goiás aprova lei que autoriza extração de amianto

Desde 2017, a extração e venda de amianto está proibida no Brasil pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A decisão não impediu que, na última terça-feira (16), fosse autorizada a extração do material da variedade crisotila em todo o estado de Goiás. A lei regula que o uso do amianto seja exclusivo para exportação.

A lei foi proposta pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Ronaldo Caiado. Goiás possui a única reserva mineral de amianto crisotila no Brasil e o interesse econômico em explorar o recurso nunca foi escondido. Inclusive, recentemente, senadores visitaram a empresa mineradora Sama, no município de Minaçu, e pediram a liberação da exploração do material.

O caso é mais complexo do que se imagina à primeira vista. A empresa Sama começou a produção comercial de amianto no Brasil em 1938, na Bahia, e nos anos 60 passou a investir em Goiás. Outros estados também produziram, em menor escala, até 1995. O amianto é um nome comercial para um grupo variado de minérios, que são divididos em dois grupos: a crisotila e os anfibólios. O segundo tipo, foi proibido no mundo inteiro por ser comprovadamente cancerígeno, e no Brasil uma lei de 1995 permitia a exploração do amianto do tipo crisotila. Somente em 2017, os ministros do STF declararam a inconstitucionalidade do artigo de lei que permitia seu uso.

Por conta da decisão, em fevereiro deste ano as operações da Sama em Minaçu foram paralisadas e em maio os 400 funcionários foram demitidos. Desde então, a empresa busca na justiça formas de contornar a proibição. Sem alternativas de emprego, logicamente muitos moradores são favoráveis à companhia.

Mas, afinal o crisotila não é tão prejudicial, como alegam seus defensores? A discussão é antiga. Não à toa, países europeus baniram completamente o uso de amianto e o INCA (Instituto Nacional de Câncer) relaciona-o à ocorrência de diversas doenças, inclusive de câncer, sem fazer distinção de tipos. Diversas pesquisas já mostraram que ambos causam tantos problemas, que os argumentos em defesa de qualquer tipo não se mantêm. “Ambos causa igualmente asbestose, câncer de pulmão, mesotelioma de pleura ou de peritônio, afora outras tantas doenças. Trata-se de substância química cancerígena confirmada no ser humano de forma ampla e desnecessariamente redundante”, afirma o médico René Mendes em artigo que traz um resumo dos efeitos da inalação de fibras de asbesto (amianto) na saúde humana. O material retoma diversos estudos nacionais e internacionais ao longo do texto.

Via ArchDaily

sábado, 3 de agosto de 2019

Edifícios modulares mais altos do mundo são concluídos em Singapura

A construtora Bouygues Batiment International, em colaboração com seu laboratório de construção modular Dragages Singapore, celebrou a conclusão das torres mais altas do mundo construídas a partir de elementos modulares, os edifícios Clement Canopy em Singapura.

Com 40 andares, o Clement Canopy é um projeto habitacional no coração de um bairro residencial e estudantil em Singapura. Cada uma das duas torres de 140 metros de altura é composta por 1.899 módulos e abriga 505 apartamentos residenciais de luxo. A maior parte do projeto foi pré-fabricada - um desafio que combinou perícia técnica, digital e estética.

A produção industrial do projeto foi dividida. Em Senai, na Malásia, as estruturas dos módulos foram pré-fabricadas, enquanto em Tuas, no oeste de Singapura, foram realizados os trabalhos internos e complementares, como encanamentos, sistema elétrico, ladrilhos, pintura e impermeabilização. Os módulos foram então transportados para o terreno e empilhados segundo uma sequencia precisa para formar compor a estrutura final.

A equipe embarcou no desafio da construção modular devido aos muitos ganhos potenciais desse tipo de construção. Ao industrializar e construir 50% do projeto fora do canteiro, a perda de tempo devido às más condições meteorológicas no é mitigada. Cada módulo também pode ser fabricado com grande controle de qualidade - defeitos podem ser identificados e gerenciados antes da entrega. A equipe estima que, usando este método, o desperdício no canteiro pode ser reduzido em 70%.

A equipe planeja dar seguimento a este tipo de construção em projetos no Reino Unido, Austrália, EUA e Hong Kong.

Via ArchDaily